Jovens de direita e extrema-direita

posicionamentos políticos no ensino médio

Autores

DOI:

https://doi.org/10.26512/lc27202136319

Palavras-chave:

Juventude, Geração, Ensino médio, Cultura política, Direita

Resumo

O artigo analisa jovens autoidentificados como direita e extrema direita, tendo como base a teoria das gerações de Karl Mannheim e suas análises sobre o conservadorismo como um estilo de pensamento. Os dados originam-se de pesquisa quantitativa realizada em escolas de ensino médio de três municípios do Rio Grande do Sul, com 2.169 respondentes. O desfecho do estudo parte da resposta à autoidentificação política, na escala de 1 (extrema esquerda) a 10 (extrema direita). Identificou-se como estatisticamente significativos para a identificação como direita ou extrema direita o perfil masculino, branco, presente sobretudo em escolas privadas e que professam a religião católica ou evangélica.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Ricardo Gonçalves Severo, Universidade Federal do Rio Grande, Brasil

Doutor em Ciências Sociais pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (2014). Professor da Universidade Federal do Rio Grande. Membro do grupo de pesquisa Gerações e Juventude. E-mail: rgsevero@furg.br

Wivian Weller, Universidade de Brasília, Brasil

Doutora em Sociologia pela Freie Universität Berlin, Alemanha (2001). Professora Associada IV da Faculdade de Educação da Universidade de Brasília. Líder do grupo de pesquisa Gerações e Juventude. E-mail: wivian@unb.br

Gabrielle Caseira Araujo, Universidade Federal do Rio Grande, Brasil

Mestra em Saúde Pública pela Universidade Federal do Rio Grande (2020). E-mail: gabriellecaseira@gmail.com

Referências

Avritzer, L. (2019). O pêndulo da democracia. Todavia.

Bobbio, A. (2011). Direita e esquerda: razões e significados de uma distinção política. Unesp.

Chauí, M. (2019). Manifestações ideológicas do autoritarismo brasileiro. Autêntica.

Córdova, Y. (2019). Como o YouTube se tornou um celeiro da nova direita radical. The Intercept Brasil. https://theintercept.com/2019/01/09/youtube-direita/

Costa, M. R. D. (1992). Os carecas do subúrbio: caminhos de um nomadismo moderno. Vozes.

Dayrell, J. (2005). A música entra em cena: o rap e o funk na socialização da juventude. UFMG.

Diógenes, G. M. D. S. (1998). Cartografias da cultura e da violência: gangues, galeras e o movimento hip hop. Annablume

Fuks, M. (2011). Efeitos diretos, indiretos e tardios: Trajetórias da transmissão intergeracional da participação política. Lua Nova, 83, 145-178. https://doi.org/10.1590/S0102-64452011000200006

Fuks, M. (2012). Atitudes, cognição e participação política: padrões de influência dos ambientes de socialização sobre o perfil político dos jovens. Opinião Pública, 18(1), 20. https://doi.org/10.1590/S0104-62762012000100005

Fuks, M., & Marques, P. H. (2020). Contexto e voto: o impacto da reorganização da direita sobre a consistência ideológica do voto nas eleições de 2018. Opinião Pública, 26, 401-430. http://doi.org/10.1590/1807-01912020263401

Groppo, L. A. (1996). O rock e a formação do mercado de consumo cultural juvenil: a participação da música pop-rock na transformação da juventude em mercado consumidor de produtos culturais, destacando o caso do Brasil e os anos 80. [Dissertação de mestrado, Universidade Estadual de Campinas]. Repositório da produção científica e intelectual da Unicamp. http://www.repositorio.unicamp.br/handle/REPOSIP/281418

Herschmann, M. (2000). O funk e o hip-hop invadem a cena. UFRJ.

Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). (2018) Censo Escolar. Ministério da Educação.

Klüppel, G. de S (2020). Raízes de uma “nova direita”: um estudo sobre a posição política de jovens brasileiros. XI Encontro nacional Perspectivas do Ensino de História. https://www.perspectivas2020.abeh.org.br/resources/anais/19/epeh2020/1606185210_ARQUIVO_a47d0fcad9d4a41f816711e01db3c467.pdf

Lacerda, M. B. (2019). O novo conservadorismo brasileiro: de Reagan a Bolsonaro. Zouk.

Limongi, F., & Figueiredo, A. (1998). Bases institucionais do presidencialismo de coalizão. Lua Nova, 44, 28. https://doi.org/10.1590/S0102-64451998000200005

Mannheim, K. (1981). O pensamento conservador. Em Martins, J. S. Introdução Crítica à Sociologia Rural (pp. 77-131). HUCITEC.

Mannheim, K. (1986). Conservatism: a contribution to the Sociology of Knowledge. Routlege & Kegan Paul.

Mannheim, K. (1993). El problema de las generaciones. REIS, (62), 193-242.

Melo, C. (2018). Pesquisa traça perfil conservador do jovem goianiense. Jornal UFG. https://jornal.ufg.br/n/109186-pesquisa-traca-perfil-conservador-do-jovem-goianiense

Miranda, A. (2016). Transiciones juveniles, generaciones sociales y procesos de inclusión social en Argentina post-neoliberal. Linhas Críticas, 22(47), 130-149. https://doi.org/10.26512/lc.v22i47.470

Nascimento, F. dos S. (2019). Juventude e política: conversas com o jovem eleitor de Jair Bolsonaro. [Dissertação de mestrado, Universidade Federal do Sergipe]. Repositório institucional da Universidade Federal do Sergipe. http://ri.ufs.br/jspui/handle/riufs/12444

Nishimura, K. M. (2009). Paradoxos da experiência democrática brasileira: conservadorismo na sociedade e apoio à democracia (Valores, opiniões e atitudes dos brasileiros em 2002). [Tese de Doutorado, Universidade Estadual de Campinas]. Repositório da produção científica e intelectual da Unicamp. http://repositorio.unicamp.br/jspui/handle/REPOSIP/280846

Pierucci, A. F. (1987). As bases da nova direita. Novos Estudos Cebrap, 19, 26-45.

Pinheiro-Machado, R., & Scalco, L. M. (2018). Da esperança ao ódio: juventude, política e pobreza do lulismo ao bolsonarismo. Caderno IHU ideias, 16(278), 1-13. http://www.ihu.unisinos.br/images/stories/cadernos/ideias/278cadernosihuideias.pdf

Setton, M. da G. J., & Bozzetto, A. (2020). Notas Provisórias Sobre a Noção De Socialização: Uma Leitura Em Periódicos da Educação (1998–2018). Educação & Sociedade, 41, 1-25. https://doi.org/10.1590/es.227930

Severo, R. G., & Campos, R. D. E. (2020). Breves notas sobre o estudo da extrema-direita: introdução ao dossiê especial. Revista Interações Sociais, 4(1). https://periodicos.furg.br/reis/article/view/12344/8299

Severo, R. G., & Gonçalves, S. da R. V., & Estrada, R. D. (2019). A rede de difusão do movimento escola sem partido no facebook e instagram: conservadorismo e reacionarismo na conjuntura brasileira. Educação e Realidade, 44(3). http://doi.org/10.1590/2175-623684073

Silva, R. O. (2018). Um mapa da «direita» no YouTube do Brasil através dos métodos digitais. [Dissertação de mestrado, Universidade Nova de Lisboa]. Repositório Universidade Nova. http://hdl.handle.net/10362/79654

Singer, A. (2000). Esquerda e direita no eleitorado brasileiro. Edusp.

Singer, A. (2012). Os sentidos do lulismo: reforma gradual e pacto conservador. Companhia das Letras.

Singer, A. (2018). O Lulismo em crise: um quebra-cabeça do período Dilma (2011-2016). Companhia das Letras.

Soares, G. (1968). Ideologia e participação política estudantil. Sociologia da Juventude, 1, 243-266.

Souza, J. (2017). A elite do atraso: da escravidão à lava jato. LeYa.

Souza, J. (2018). Subcidadania brasileira: para entender o país além do jeitinho brasileiro. LeYa.

Sposito, M. (2018). Knowledge about youth in Brazil and the challenges in consolidating this field of study. Handbook of the Sociology of Youth in BRICS Countries (pp. 3-18). World Scientific. https://doi.org/10.1142/9789813148390_0001

Tomizaki, K., & Daniliauskas, M. (2018). A pesquisa sobre educação, juventude e política: reflexões e perspectivas. Pro-Posições, 29(1), 214-238. https://doi.org/10.1590/1980-6248-2016-0126

Weller, W., & Bassalo, L. de M. B (2020). A insurgência de uma geração de jovens conservadores: reflexões a partir de Karl Mannheim. Estudos Avançados, 34(99). https://doi.org/10.1590/s0103-4014.2020.3499.023

Woodman, D., & Wyn, J. (2013). Youth policy and generations: Why youth policy needs to “Rethink Youth”. Social Policy and Society, 12(2), 265–275. https://doi.org/10.1017/S1474746412000589

Publicado

28.07.2021

Como Citar

Gonçalves Severo, R., Weller, W., & Caseira Araujo, G. (2021). Jovens de direita e extrema-direita: posicionamentos políticos no ensino médio. Linhas Crí­ticas, 27, e36319. https://doi.org/10.26512/lc27202136319

Edição

Seção

Dossiê: As dimensões educativas da luta

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)

Artigos Semelhantes

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.