Cartas ao mar... De experiências que nos habitam: Narrativas de formação docente
DOI:
https://doi.org/10.26512/lc.v23i51.8226Palavras-chave:
Narrativa, Formação, LeituraResumo
Este trabalho pretende, através de um relato parcial de seu desenvolvimento e resultados, discutir e analisar a importância das narrativas de formação de professores no âmbito da pesquisa educacional. Nessa perspectiva, a pesquisa aqui relatada foi realizada em uma escola da rede pública de ensino do DF, Brasília, que atende o segmento do ensino fundamental de primeiro ao quinto ano e buscou identificar e analisar concepções de professores de ensino básico sobre suas experiências de leitura ao longo de sua trajetória escolar, bem como compreender a existência ou não de um diálogo destas com suas práticas pedagógicas atuais no ensino de leitura. Nessa direção, utilizou-se um enfoque de pesquisa baseado em narrativas de formação e escritas de si através de temas e propostas relacionados aos objetivos da pesquisa. Uma dessas propostas consistiu num pedido aos professores que escrevessem uma carta a professores que tenham sido, de alguma forma, marcantes no que diz respeito ao ensino e à aprendizagem da leitura. Nesta perspectiva, para ampliarmos essa discussão, traremos a contribuição de Benjamin, que vai aprofundar as relações entre experiência e narrativa, e de Vygotsky e Bakhtin, que compreendem a linguagem como organizadora do pensamento e planejadora da ação, permitindo um distanciamento dos acontecimentos imediatos e da nossa própria vida. O fato dos professores terem privilegiado situações não diretamente relacionadas a processos de ensino e aprendizagem da leitura, mas a aspectos da relação professor e aluno, pode indicar que para estes docentes tais relações parecem ter um maior peso nas suas trajetórias de formação.
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