Intérpretes de si: narrativas identitárias de jovens em conflito com a lei

Autores

  • Nilda Stecanela Universidade de Caxias do Sul - UCS
  • Carmem Maria Craidy Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS

DOI:

https://doi.org/10.26512/lc.v18i36.3929

Palavras-chave:

Narrativas identitárias, Escritas de si, Jovens em conflito com a lei, Processos de socialização juvenil, Pesquisa qualitativa

Resumo

As reflexões deste texto são produzidas em meio ao crescente interesse pela juventude como objeto de estudo em pesquisas desenvolvidas pelas ciências humanas e sociais. Nossos argumentos centram-se nas identidades narrativas dos jovens em privação de liberdade, decorrentes de pesquisa realizada num Centro de atendimento socioeducativo. O intuito é dar relevo aos processos identitários de uma juventude específica, que narra seu cotidiano a partir do espaço de confinamento. Numa perspectiva microssociológica, as palavras dos jovens constituem matéria privilegiada para organização, análise e interpretação dos dados construídos no campo, por meio da troca de cartas, fazendo ressoar os seus ecos nas interpretações que apresentamos.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Nilda Stecanela, Universidade de Caxias do Sul - UCS

Doutora em Educação. Diretora do Centro de Filosofia e Educação e Docente do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade de Caxias do Sul (UCS). Coordena o Grupo de Pesquisa no diretório do CNPq “Observatório de Educação da UCS”. Possui três livros de sua autoria intitulados:  “Mulheres e Direitos Humanos: desfazendo imagens (re)construindo identidades”; "Jovens e cotidiano: trânsitos pelas culturas juvenis e pela escola da vida" e “Mulheres e narrativas identitárias: mapas de trânsito pela violência conjugal”. Desenvolve pesquisas sobre os processos de socialização de: jovens em conflito com a lei e com percursos pelo insucesso escolar; e mulheres em situação de violência. Endereço eletrônico: nildastecanela@terra.com.br

Carmem Maria Craidy, Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS

Doutora em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Professora titular do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Coordena o Grupo de Pesquisa no diretório do CNPq “Núcleo de educação, exclusão e violência social: adolescentes em conflito com a lei, meninos de rua e violência nas escolas”. É organizadora dos livros: “Educação nos Presídios do Rio Grande do Sul e Características da População Carcerária” e “Medidas Sócioeducativas da Repressão à Educação - a experiência do PSC/UFRGS”.  Desenvolve pesquisas com ênfase em Educação Infantil e nos processos educativos de jovens em conflito com a lei. Endereço eletrônico: cmcraidy@terra.com.br

Referências

BOBBIO, Norberto. A era dos direitos. Rio de Janeiro: Campus, 1992.

CHARTIER, Roger. A historia cultural: entre práticas e representações. Trad. de Maria Manuela Galhardo. 2. ed. Lisboa: Difusão Editorial, 1988.

CHARTIER, Roger. O mundo como representação. Estudos Avançados, São Paulo: Instituto de Estudos Avançados/USP, v. 5, n. 11, jan./abr.1991.

DUBAR, Claude. A crise das identidades: a interpretação de uma mutação. Porto: Afrontamento, 2006.

ELIAS, Norbert. A sociedade dos indivíduos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 1994.

FOUCAULT, Michel. A ordem do discurso.São Paulo: Loyola, 2001.

FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir:nascimento da prisão. Petrópolis: Vozes, 2009.

GOFFMAN, Erving. Manicômios, prisões e conventos. 8. ed. São Paulo: Perspectiva, 2008.

GOFFMAN, Erving. Estigma: notas sobre a manipulação da identidade deteriorada. 4. ed. Rio de Janeiro: Editora Guanabara, 1988.

HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. Rio de Janeiro: DP&A, 2003.

HONNETH, Axel. Luta por reconhecimento: a gramática moral dos conflitos sociais. São Paulo: Ed. 34, 2003.

LIMA, Cezar Bueno de.Jovens em conflito com a lei:liberdade assistida e vidas interrompidas. Londrina: Eduel, 2009.

MELUCCI, Alberto. O jogo do eu. São Leopoldo: Ed. da Unisinos, 2004.

______. Vivencia y convivencia: teoría social para una era de lainformación. Madri: Trota, 2001.

RICOEUR, Paul. Teoria da interpretação: o discurso e o excesso de significação. Lisboa: Biblioteca de Filosofia Contemporânea, 2009.

Downloads

Publicado

10.09.2012

Como Citar

Stecanela, N., & Craidy, C. M. (2012). Intérpretes de si: narrativas identitárias de jovens em conflito com a lei. Linhas Crí­ticas, 18(36), 299–318. https://doi.org/10.26512/lc.v18i36.3929

Edição

Seção

Artigos

Artigos Semelhantes

<< < 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.