Entre a crise pandêmica e a invisibilidade política

educação das crianças quilombolas

Autores

DOI:

https://doi.org/10.26512/lc.v26.2020.33972

Palavras-chave:

Infâncias Quilombolas, Pandemia, Educação, Resistência

Resumo

Grande parte das famílias brasileiras não tem acesso aos recursos tecnológicos. Entre elas, as famílias quilombolas que possuem parcas condições financeiras e vivem distantes, o que implica o não acesso à internet. Este texto discute as ambiguidades decorrentes de um ensino fragmentado, improvisado e excludente, resultante da crise pandêmica. Trata-se de um estudo etnográfico de análise documental sobre as crianças quilombolas, que considera a crise política neoliberal, a qual aumenta a vulnerabilidade das infâncias que são vilipendiadas pelos governantes, principalmente quando se trata de educação.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Luciete Bastos, Universidade do Estado da Bahia, Brasil

Doutora em Educação pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais - PUC-Minas (2018). Membro do Núcleo de Pesquisa Social: Teoria Crítica da Sociedade, Cultura e Infância - DGP/CNPq. Email: lbastos@uneb.br

Referências

Bahia. (2013). Resolução nº 68, de 30 de julho de 2013 (Estabelece normas complementares para implantação e funcionamento das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Escolar Quilombola na Educação Básica, no Sistema Estadual de Ensino da Bahia). Secretaria da Educação. Conselho Pleno. https://semanapedagogica.educacao.ba.gov.br/wp-content/uploads/2019/01/Resolu%C3%A7%C3%A3o-CEE-N%C2%BA-68.2013-EDUC-QUILOMBOLA.pdf

Bastos, L. de C. S. L. (2018). Educação: culturas das infâncias e identidades em construção no quilombo Sambaíba, Caetité-BA/Brasil. [Tese de doutorado, Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais]. Plataforma Sucupira. https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=6548553

Borgato, J. S., Lima Paniago, M. C., & Morales-Morgado, E. M. (2020). Pensar o professor de educação online em tempos de cibercultura. Linhas Críticas, 26, e30960. https://doi.org/10.26512/lc.v26.2020.30960

Bornheim, G. (2005). Os filósofos pré-socráticos. Cultrix.

Brasil. (2003). Lei no 10.639, de 9 de janeiro de 2003 (Altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática "História e Cultura Afro-Brasileira", e dá outras providências). Presidência da República. Casa Civil. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/l10.639.htm

Brasil. (2020a). Medida Provisória nº 934, de 1º de abril de 2020 (Estabelece normas excepcionais sobre o ano letivo da educação básica e do ensino superior decorrentes das medidas para enfrentamento da situação de emergência de saúde pública de que trata a Lei nº 13.979, de 6 de fevereiro de 2020). Diário Oficial da União. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2020/mpv/mpv934.htm

Brasil. (2020b). Lei nº 13.979, de 6 de fevereiro de 2020 (Dispõe sobre as medidas para enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus responsável pelo surto de 2019). Diário Oficial da União. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2020/lei/l13979.htm

Brasil. (2020c). Lei nº 14.040, de 18 de agosto de 2020 (Estabelece normas educacionais excepcionais a serem adotadas durante o estado de calamidade pública reconhecido pelo Decreto Legislativo nº 6, de 20 de março de 2020; e altera a Lei nº 11.947, de 16 de junho de 2009). Diário Oficial da União. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2020/lei/L14040.htm

Candau, V. M. M. (2013). Reinventar a escola. Vozes.

Cifuentes-Faura, J. (2020). Consecuencias en los niños del cierre de escuelas por Covid– 19: el papel del gobierno, profesores y padres. Revista Internacional de Educación para la Justicia Social, 9(3e). https://revistas.uam.es/riejs/article/ view/12216/12089

Congresso em Foco. (2017, abril 05). Bolsonaro: “Quilombola não serve nem para procriar”. https://congressoemfoco.uol.com.br/especial/noticias/bolsonaro-quilombola-nao-serve-nem-para-procriar/

Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (CONAQ). (2020a, agosto 20). Boletim epidemiológico. http://conaq.org.br/noticias/boletim-epidemiologico-28-de-agosto/

Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (CONAQ), Instituto Socioambiental (ISA). (2020b, setembro 02). Quilombo sem Covid-19. Vidas quilombolas importam! https://quilombosemcovid19.org/

Coutinho, M. (2020, agosto 31). Brasil tem quase 121 mil mortes e mais de 3,8 milhões de casos de Covid [vídeo]. Jornal Hoje. https://globoplay.globo.com/v/8819727/

Cruz, P., & Monteiro, L. (Orgs.). (2019). Anuário Brasileiro da Educação Básica. Todos pela Educação. As lições que devemos aprender. Moderna.

Daros, T. (2020, março 20). Covid-19 impulsiona uso de metodologias ativas no ensino a distância. https://desafiosdaeducacao.grupoa.com.br/coronavirus-metodologias-ativas/

Dias, E., & Pinto, F. C. F. (2020). A educação e a Covid-19 sociedade. Ensaio: Avaliação e Políticas Públicas em Educação, 28(108), 545-554. https://doi.org/10.1590/s0104-40362019002801080001

Faria, A. L. G. de, & Finco, D. (Orgs.). (2011). Sociologia da Infância no Brasil. Autores Associados.

Garcia, G., Gomes, P. H., & Viana, H. (2020, abril 28). “E daí? Lamento. Quer que eu faça o quê?”, diz Bolsonaro sobre mortes por coronavírus; “Sou Messias, mas não faço milagre”. Globo.com. https://g1.globo.com/politica/noticia/2020/04/28/e-dai-lamento-quer-que-eu-faca-o-que-diz-bolsonaro-sobre-mortes-por-coronavirus-no-brasil.ghtml

Gomes, N. L. (2012). Relações étnico-raciais, educação e descolonização. Currículo sem Fronteiras, 12(1), 98-109. http://www.curriculosemfronteiras.org/vol12iss1articles/gomes.pdf

Gonçalves, L. A. O., & Silva, P. B. G. (2000). Movimento negro e educação. Revista Brasileira de Educação, (15), 134-158. https://www.scielo.br/pdf/rbedu/n15/n15a09.pdf

Hicks, H. L. (1969). The invisible curriculum. The Phi Delta Kappan, 50(10), 602-603. https://www.jstor.com/stable/20372486

Ministério da Educação (MEC). (2010, outubro 26). Professores fazem curso sobre educação quilombola no Maranhão. http://portal.mec.gov.br/ultimas-noticias/222-537011943/15983-professores-fazem-curso-sobre-educacao-quilombola-no-maranhao

Moura, G. (2005). O direito a diferença. Em Munanga, K. (Org.). Superando o racismo na escola. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade.

Oliveira, P. de S. (2010). O que é brinquedo? Brasiliense.

Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO). (2020, abril 16). A Comissão Futuros da Educação da UNESCO apela ao planejamento antecipado contra o aumento das desigualdades após a COVID-19. https://pt.unesco.org/news/comissao-futuros-da-educacao-da-unesco-apela-ao-planejamento-antecipado-o-aumento-das

Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS). (2020, agosto 30). Folha informativa COVID-19 - Escritório da OPAS e da OMS no Brasil. https://www.paho.org/pt/covid19

Rosa, J, G. (1986). Grande Sertão: veredas. Nova Fronteira.

Sarmento, M. J. (2005). Notas realizadas durante a palestra infâncias, culturas infantis e educação. Fundação Universidade do Rio Grande.

Silva, M. (2003). De Anísio Teixeira à Cibercultura: desafios para a formação de professore ontem, hoje e amanhã. Boletim Técnico do SENAC, 29(3), 30-41. https://www.bts.senac.br/bts/article/view/512/435

Souza, M. L. A. de (2015). Ser quilombola: identidade, território e educação na cultura infantil. 2015. [Tese de Doutorado, Universidade Estadual de Campinas]. Repositório da Produção Cientifica e Intelectual da Unicamp. http://repositorio.unicamp.br/jspui/handle/REPOSIP/305006

Teixeira, T. G., & Sampaio, C. A. M. (2019). Análise orçamentária do Programa Brasil Quilombola no Brasil e no Maranhão: o ocaso de uma política pública. Revista de Administração Pública, 53(2), 461-480. https://doi.org/10.1590/0034-761220170323

Torres, M. (2019, dezembro 21). Um balanço do primeiro ano da política educacional do governo Bolsonaro. Esquerda Online. https://esquerdaonline.com.br/2019/12/21/um-balanco-do-primeiro-ano-da-politica-educacional-do-governo-bolsonaro/

Downloads

Publicado

17.11.2020

Como Citar

Bastos, L. (2020). Entre a crise pandêmica e a invisibilidade política: educação das crianças quilombolas. Linhas Crí­ticas, 26, e33972. https://doi.org/10.26512/lc.v26.2020.33972

Edição

Seção

Dossiê: Tempo de pausa ou de crise?

Artigos Semelhantes

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.