A retomada da Educação Profissional - O caso da Formulação do Pronatec

Autores

DOI:

https://doi.org/10.26512/lc.v25.2019.26422

Palavras-chave:

Educação Profissional, Pronatec, Política Educacional

Resumo

A retomada da Política de Educação Profissional ocorreu em um contexto de recuperação do crescimento econômico do país onde se demandavam crescentes volumes de mão-de-obra especializada em contraste com um baixo nível de qualificação de parcela majoritária dos trabalhadores brasileiros. Assim, foi instituído, a partir da Lei n. 12.513 de 26 de outubro de 2011, o Programa de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego, o Pronatec, com o objetivo democratizar a oferta de cursos de educação profissional e tecnológica a partir de um conjunto de ações aumentando a produtividade e a competitividade do país, com inclusão social. O artigo se propõe assim a fazer uma reflexão sobre o processo de formulação do programa e sobre as mudanças que vêm ocorrendo na política educacional do país quanto à educação profissional.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Fabiana Carvalho da Silva Bispo, Universidade de Brasilia

Mestre em Administração Pública e aluna do curso de Doutorado em Administração, ênfase em Administração Pública e Políticas Públicas, da Universidade de Brasília. Docente do Instituto Federal de Brasilia, atuando nos cursos Técnico e Tecnológico da área de Gestão e Negócios.

Referências

Allison, G., & Zelikow, P. (1999). Essence of Decision: Explaining the Cuban Missile Crisis. 2. ed. New York: Longman.

Baltar, P. (2015). Crescimento da economia e mercado de trabalho no Brasil. Texto para discussão - IPEA, Brasilia, v. 2036, 2015.

BRASIL. (1996). Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm

BRASIL. (2011). Lei nº 12.513, de 26 de outubro de 2011. Institui o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec); altera as Leis no 7.998, de 11 de janeiro de 1990, que regula o Programa do Seguro-Desemprego, o Abono Salarial e institui o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), no 8.212, de 24 de julho de 1991, que dispõe sobre a organização da Seguridade Social e institui Plano de Custeio, no 10.260, de 12 de julho de 2001, que dispõe sobre o Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior, e no 11.129, de 30 de junho de 2005, que institui o Programa Nacional de Inclusão de Jovens (ProJovem); e dá outras providências. Brasília. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2011/lei/l12513.htm

Boito, A. Jr. (2012). Governos Lula: a nova burguesia nacional no poder. In: Boito Jr & Galvão, A. Política e classes sociais no Brasil dos anos 2000. São Paulo: Alameda

Cassiolato, M. M. C., & Garcia, R C. (2014). PRONATEC: Múltiplos arranjos e ações para ampliar o acesso à Educação Profissional. Rio de Janeiro: IPEA. Texto para discussão 1919

Ciavatta, M. (2002). A construção da Democracia pós-ditadura militar. Políticas e planos educacionais no Brasil. In: Fávero, Osmar; Semeraro Giovanni (orgs). Democracia e construção do público no pensamento educacional brasileiro. Petrópolis: Vozes.

CNTE, Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação. (2011). Os riscos do Pronatec para a educação técnica profissional. Revista Retratos da Escola, Brasilia, p. 179–184, 2011.

Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 (2003). 13 ed. Rio de Janeiro: DP&A.

Fauconnet, P. (1978). Educação e Sociologia - Com um estudo da obra de Durkheim. São Paulo: Melhoramentos.

Filho, F., Porto, R., & Delfino, D. L. (2015). Pronatec Bolsa-Formação: uma avaliação inicial sobre reinserção no mercado de trabalho formal. Relatório Técnico - SPE, Brasília, DF.

Fischer, f., Miller, D. J., & Sidney, M. (2007). Handbook of Public Policy Analysis: theory, politics, and methods. Florida: CRC Press.

Flexor, G. (2010). Políticas Públicas, atores e regras: uma perspectiva neoinstitucionalista da dinâmica do Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel. Desenvolvimento em Debate, v. 1, n. maio-agosto, p. 24– 45.

Frigotto, G. (2005). A política de educação profissional no governo Lula: um percurso histórico controvertido. Educ. Soc., Campinas, vol. 26, n. 92, 10871113, Especial - Out.

Gelinski, C. R. O., & Seibel, E. (2008). Formulação de Políticas Públicas: Questões Metodológicas Relevantes. Revista de Ciências Humanas, v. 42, n. 1, p. 227–240.

Gomes, A. V. A. (2016). Que podemos dizer sobre o Pronatec. Consultoria Legislativa, Brasília, p. 1–39.

Gomes, H. S. (2013). Os modos de organização e produção do trabalho e a educação profissional no Brasil. In: BATISTA, E. L; MÜLLER, M. T. (Eds.). A educação profissional no Brasil. Campinas, São Paulo: Alínea, p. 286.

Gomes, R. C. (2004). Who are the relevant stakeholders to the local government context? Empirical evidences on environmental influences in the decision-making process of english local authorities. Brazilian Administration Review, v. 1, n. March, p. 34–52.

Gramsci, A. (2000). Cadernos do cárcere. Volumes 1 e 3. Introdução ao estudo da filosofia. A filosofia de Benedetto Croce. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.

Kingdon, J. W. (2011). Agendas, Alternatives ad Public Policies. Boston: Longman.

Kuenzer, A. Z. (2010). As políticas de educação profissional- uma reflexão necessária. In: Educação profissional e tecnológica no Brasil contemporâneo. 01. ed. Porto Alegre: Molls, Jaqueline (org.), pp. 253–270.

Lima, M. (2012). Problemas da educação profissional do Governo Dilma: PRONATEC, PNE e DCNEMs. Trabalho & Educação, Belo Horizonte, v. 21, n. 2, p. 73–91.

Moura, D. H. (2010). Ensino médio e educação profissional. In: Moll, J. (Ed.). Educação profissional e tecnológica no Brasil contemporâneo. Porto Alegre: Artmed, p. 312.

Neves, L. M. W. (2010). Direita para o social e esquerda para o capital: intelectuais da nova pedagogia da hegemonia no Brasil. São Paulo: Xamã.

Neves. (2000). Por que dois planos nacionais de educação? In: Neves, L.M. (org). Educação e política no limiar do século XXI. Campinas: autores Associados.

Oliveira, D. A. (2009). Regulação e avaliação de políticas públicas educacionais. In: DOURADO, L.F. (org). Políticas e gestão da educação no Brasil. São Paulo: Xamã., 11-30.

Otranto, C. R. (2012). Reforma da Educação Profissional no Brasil: marcos regulatórios e desafios. Revista Educação em Questão, Natal, v. 42, n. 28, p. 199-226, jan./abr.

Rawls, J. (1997). Uma teoria da justiça. São Paulo: Martins Fontes.

Romanelli, O. O. (2005). História da Educação no Brasil. 29ª Ed. Petrópolis, RJ: Vozes.

Rua, M. G. (2000). Estado, Governo e Administração Pública e a questão social brasileira. Brasília: Ministério da Fazenda, Escola de Administração Fazendária – ESAF.

Sabatier, P. A. (2007). Theories of the Policy Process. Colorado, USA: Westview Press.

Saviani, D. (2007). História das ideias pedagógicas no Brasil. Campinas, SP: Autores Associados.

Teodoro, A. (2008). Novos modelos de regulação transnacional de políticas educativas. Evidências e possibilidades. In: Teodoro, António (org.) Tempos e andamentos nas políticas de educação. Estudos ibero-americanos,19-38.

Wittaczik, L.S (2008). Educação Profissional no Brasil: histórico. E-Tech: Atualidades Tecnológicas para Competitividade Industrial, Florianópolis, v. 1, n. 1, 77-86

Downloads

Publicado

24.03.2020

Como Citar

Bispo, F. C. da S. (2020). A retomada da Educação Profissional - O caso da Formulação do Pronatec. Linhas Crí­ticas, 25, e26422. https://doi.org/10.26512/lc.v25.2019.26422

Artigos Semelhantes

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.