Epistemologia Qualitativa: base de uma práxis revolucionária na formação de pesquisadores
DOI:
https://doi.org/10.26512/lc30202453246Palavras-chave:
Formação de pesquisadores, Epistemologia Qualitativa, EducaçãoResumo
O artigo objetiva apresentar as contribuições da Epistemologia Qualitativa ao processo de formação stricto sensu de pesquisadores(as) em Educação, apoiado por uma discussão sobre os desafios atuais que envolvem a produção de conhecimento científico na pós-graduação. A metodologia envolveu pesquisa bibliográfica de teses de doutorado em Educação do repositório Institucional da Universidade de Brasília, dos últimos dez anos, ancoradas pela Epistemologia Qualitativa. Como principais resultados, consideram-se as seguintes contribuições: a) mudança em representações relacionadas à origem e natureza do conhecimento científico; b) compreensão da pesquisa como um momento indissociável entre teoria e prática; c) implicação diferenciada do(a) pesquisador(a) no curso da pesquisa por meio de processos de reflexão e crítica; e, d) compromisso social e posicionamento singular do(a) pesquisador(a) em relação à sua atuação e aos contextos educativos.
Downloads
Referências
Almeida, R. (2019). Bolsonaro presidente: Conservadorismo, evangelismo e a crise brasileira. Novos Estudos Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), 38(1), 185–213. https://doi.org/10.25091/S01013300201900010010
André, M. E. D. A. (2006). Pesquisa em educação: Desafios contemporâneos. Pesquisa em Educação Ambiental, 1(1), 43–57. https://doi.org/10.18675/2177-580x
André, M., & Gatti, B. A. (2008). Métodos qualitativos de pesquisa em educação no Brasil: Origens e evolução. Simpósio Brasileiro-Alemão de Pesquisa Qualitativa e Interpretação de Dados. Brasília, DF, Brasil. https://www.uffs.edu.br/pastas-ocultas/bd/pro-reitoria-de-pesquisa-e-pos-graducao/repositorio-de-arquivos/arquivos-do-programa-de-formacao/modulo-vii-pesquisa-qualitativa-parte-ii/@@download/file
Arocho, W. C. R. (2022). La teoría de la subjetividad de Fernando L. González Rey en el contexto de tendencias críticas actuales en el enfoque histórico-cultura. Em A. Mitjáns Martínez, R. C. Tacca, & R. V. Puentes (Orgs.), Teoria da subjetividade como perspectiva crítica: Desenvolvimento, implicações e desafios atuais (pp. 47–64). Alínea.
Arruda, T. S. (2014). A criatividade no trabalho pedagógico do professor e o movimento em sua subjetividade. [Tese de doutorado, Universidade de Brasília]. Repositório Institucional da UnB. http://repositorio.unb.br/handle/10482/17574
Bezerra, M. S. (2019). Educação, subjetividade e desenvolvimento humano: Construindo alternativas para a avaliação psicológica das dificuldades de aprendizagem, em uma perspectiva investigativa. [Tese de doutorado, Universidade de Brasília]. Repositório Institucional da UnB. http://repositorio2.unb.br/jspui/handle/10482/37266
Bittencourt, M. C. A. (2020). A construção da figura política de Bolsonaro no El País: Um exercício metodológico para análise sobre produção de sentido no jornalismo. Galáxia (São Paulo), 43, 168–187. https://doi.org/10.1590/1982-25532020143054
Egler, V. L. P. (2022). Aprendizagens de professoras na ação pedagógica: Compreensões a partir da teoria da subjetividade. [Tese de doutorado, Universidade de Brasília]. Repositório Institucional da UnB. http://repositorio2.unb.br/jspui/handle/10482/44162
Freire, P. (2004). Pedagogia da autonomia: Saberes necessários à prática educativa. Paz e Terra.
Gatti, B. A. (2002). A construção da pesquisa em educação no Brasil. Editora Plano.
Gewehr, D., Strohschoen, A. A. G., & Schuck, R. J. (2020). Projetos de pesquisa e a relação com a metacognição: Percepção de alunos pesquisadores sobre a própria aprendizagem. Ensaio Pesquisa em Educação em Ciências, 22, e19937. https://doi.org/10.1590/1983-21172020210144
González Rey, F. (1995). Acerca de lo social y lo subjetivo en el socialismo. Temas, 3, 93–101. https://doi.org/10.1177/0959354315587783
González Rey, F. (1997). Epistemología cualitativa y subjetividad. Editora da PUC-SP, EDUC.
González Rey, F. (2003). Sujeito e subjetividade: Uma aproximação histórico-cultural. Pioneira Thomson Learning.
González Rey, F. (2004). O social na psicologia e a psicologia social: a emergência do sujeito. Vozes.
González Rey, F. (2005). Subjetividade, complexidade e pesquisa em Psicologia. Pioneira Thomson Learning.
González Rey, F. (2008). Subjetividad social, sujeto y representaciones sociales. Diversitas, 4(2), 17–35. https://doi.org/10.15332/s1794-9998.2008.0002.01
González Rey, F. (2010). Pesquisa qualitativa e subjetividade: Os processos de construção da informação. Cengage Learning.
González Rey, F. (2011). Pesquisa qualitativa em Psicologia: caminhos e desafios. Cengage Learning.
González Rey, F. (2012). O social como produção subjetiva: Superando a dicotomia indivíduo-sociedade numa perspectiva cultural-histórica. Estudos Contemporâneos da Subjetividade, 2(2), 167–185. http://www.periodicoshumanas.uff.br/ecos/article/view/1023/714
González Rey, F. (2013). O que oculta o silêncio epistemológico da psicologia? Pesquisas e Práticas Psicossociais, 8(1), 20–34. https://www.ufsj.edu.br/portal2-repositorio/File/revistalapip/Volume8_n1/PPP-8Abstract-Art_2.pdf
González Rey, F. (2019a). The rescue of subjectivity from a cultural-historical standpoint. In R. K. Beshara (Ed.). A critical introduction to psychology (pp. 9–25). Nova Science Publishers. https://psycnet.apa.org/record/2020-06439-002
González Rey, F. (2019b). A epistemologia qualitativa vinte anos depois. In A. Mitjáns Martínez, F. González Rey, & R. V. Puentes (Org.). Epistemologia qualitativa e teoria da subjetividade: Discussões sobre educação e saúde (pp. 21–46). EDUFU.
González Rey, F., & Mitjáns Martínez, A. (2017). Subjetividade, teoria, epistemologia e método. Alínea.
González Rey, F., & Patiño-Torres, J. F. (2017). La epistemología cualitativa y el estudio de la subjetividad en una perspectiva cultural-histórica. Conversación con Fernando González Rey. Revista de Estudios Sociales, 120–127. https://doi.org/10.7440/res60.2017.10
González Rey, F., & Pavón-Cuéllar, D. (2018). Subjectivity, psychology, and the Cuban Revolution. Psychotherapy and Politics International, 16(2), Article e1448. https://doi.org/10.1002/ppi.1448
González Rey, F., Goulart, D. M., & Bezerra, M. S. (2016). Ação profissional e subjetividade: Para além do conceito de intervenção profissional na psicologia. Educação, 39(4), 54–65. https://doi.org/10.15448/1981-2582.2016.s.24379
González Rey, F., Mitjáns Martínez, A., & Goulart, D. M. (Orgs.). (2019). Subjectivity within cultural-historical approach: Theory, methodology and research. Springer.
Goulart, D. M. (2022). A teoria da subjetividade como referencial crítico-propositivo: Caminhos, inovações e desdobramentos. Em A. Mitjáns Martínez, R. V. Puentes, & M. C. Tacca (Orgs.), Teoria da subjetividade como perspectiva crítica: desenvolvimento, implicações e desafios atuais (pp. 65–86). Alínea.
Jiménez-Domínguez, B. (Org.). (2008). Subjetividad, participación e intervención comunitária: Uma visión crítica desde América Latina. Ed. Paidós.
Lima, M. S. M. (2018). Comportamentos indisciplinados na sala de aula: Um estudo na perspectiva da subjetividade. [Tese de doutorado, Universidade de Brasília]. Repositório Institucional da UnB. http://icts.unb.br/jspui/bitstream/10482/34196/1/2018
Mainardes, J., & Stremel, S. (2019). Aspectos da formação do pesquisador para o campo da política educacional na pós-graduação do Brasil. Educação & Sociedade, 40, Article e0203826. https://doi.org/10.1590/ES0101-73302019203826
Maldonado-Torres, N. (2007). Sobre la decolonialidade del ser: Contribuciones al desarrollo de un concepto. Em S. Castro-Gomez & R. Grosfoguel (Orgs.), El giro decolonial: reflexiones para una diversidad epistémica más allá del capitalismo global (pp. 127–167). Instituto Pensar.
Miranda Beltrán, S., & Ortiz Bernal, J. A. (2020). Los paradigmas de la investigación: Un acercamiento teórico para reflexionar desde el campo de la investigación educativa. RIDE Revista Iberoamericana para la Investigación y el Desarrollo Educativo, 11(21), Article e064. https://doi.org/10.23913/ride.v11i21.717
Mitjáns Martínez, A. (2009). Processos de ensino na pós-graduação: Um estudo exploratório. In A. Mitjáns Martínez & M. V. R. Tacca (Orgs). A complexidade da aprendizagem: Destaque ao ensino superior (pp. 213–262). Editora Alínea.
Mitjáns Martínez, A. (2019). A epistemologia qualitativa: Dificuldades, equívocos e contribuições para outras formas de pesquisa qualitativa. In A. Mitjáns Martínez, F. González Rey, & R. V. Puentes (Orgs.). Epistemologia qualitativa e teoria da subjetividade: Discussões sobre educação e saúde (pp. 47–70). EDUFU.
Mitjáns Martínez, A. (2021). González Rey’s work: Genesis and development. In D. Goulart, A. Mitjáns Martínez, & A. Megan (Ed.). Theory of subjectivity from a cultural-historical standpoint: González Rey’s legacy (pp. 19–36). Springer. https://doi.org/10.1007/978-981-16-1417-0_2
Mitjáns Martínez, A., & González Rey, F. (2017). Psicologia, educação e aprendizagem escolar: Avançando na contribuição da leitura cultural-histórica. Cortez.
Mitjáns Martínez, A., & Tacca, M. V. R. (2009). A complexidade da aprendizagem: Destaque ao ensino superior. Editora Alínea.
Mitjáns Martínez, A., Puentes, R. V., & Tacca, M. C. (Orgs.). (2020). Teoria da subjetividade como perspectiva crítica: Desenvolvimento, implicações e desafios atuais. Alínea.
Molina, G. R. de A. M. (2022). Psicologia escolar e subjetividade: articulando abordagem teórica e prática profissional. [Tese de doutorado, Universidade de Brasília]. Repositório Institucional da UnB. http://www.realp.unb.br/jspui/handle/10482/46732
Moncayo Quevedo, J. E. (2017). Educación, diversidad sexual y subjetividad: Una aproximación cultural-histórica a la educación sexual escolar en Cali – Colombia. [Tese de doutorado, Universidade de Brasília]. Repositório Institucional da UnB. http://www.realp.unb.br/jspui/handle/10482/23565
Mori, V. D., & González Rey, F. (2012). A saúde como processo subjetivo: Uma reflexão necessária. Psicologia: Teoria e Prática, 14, 140–152. http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-36872012000300012
Mundim, E. D. A. (2016). Movimentos da ação docente: Recursos subjetivos na produção de saberes pedagógicos. [Tese de doutorado, Universidade de Brasília]. Repositório Institucional da UnB. http://repositorio.unb.br/handle/10482/22050
Nascimento, A. D. (2018). Formação em pesquisa na pós-graduação: Práticas e desafios. A formação do pesquisador na Universidade do Estado da Bahia. Educar em Revista, 34(71), 19–33. https://doi.org/10.1590/0104-4060.62550
Oliveira, C. T. (2018). Subjetividade social da sala de aula e criatividade na aprendizagem. [Tese de doutorado, Universidade de Brasília]. Repositório Institucional da UnB. http://repositorio.unb.br/handle/10482/33860
Pavón-Cuéllar, D. (2021). Rumo a uma descolonização da psicologia latinoamericana: Condição pós-colonial, virada decolonial e luta anticolonial. Brazilian Journal of Latin American Studies, 20(39), 95–127.
Pereira K. R. C. (2018). O movimento de reconfiguração do papel do diagnóstico no espaço escolar e suas implicações na ação pedagógica. [Tese de doutorado, Universidade de Brasília]. http://educapes.capes.gov.br/handle/capes/604300
Pérez, M. R., Fossa, P., & Barros, M. (2020). Emotions in the theory of cultural-historical subjectivity of González Rey. Human Arenas, 3, 500–515. https://doi.org/10.1007/s42087-019-00092-8
Pochmann, M. (2017). Estado e capitalismo no Brasil: A inflexão atual no padrão das políticas públicas do ciclo político da nova república. Educação & Sociedade, 38(139), 309–330. https://doi.org/10.1590/ES0101-73302017176603
Rocha, P. C. S., Jucá, S. C. S., Silva, S. A., & Monteiro, A. O. (2019). Pesquisa qualitativa em educação no Brasil: Consolidação e desenvolvimento. Research, Society and Development, 8(6), 1–8. https://doi.org/10.33448/rsd-v8i6.1082
Salvador, A. D. (1986). Métodos e técnicas de pesquisa bibliográfica: Elaboração de trabalhos científicos. Ed. Sulinas.
Santos, B. S. (2013). Pela mão de Alice: O social e o político na pós-modernidade (14ª ed.). Editora Cortez.
Santos, E. B. (2015). O professor em situação social de aprendizagem: Autoctonia e formação docente. [Tese de doutorado, Universidade de Brasília]. Repositório Institucional da UnB. http://repositorio2.unb.br/jspui/handle/10482/13823
Sousa, J. R., & Santos, S. C. M. (2020). Análise de conteúdo em pesquisa qualitativa: Modo de pensar e de fazer. Pesquisa e Debate em Educação, 10(2), 1396–1416. https://doi.org/10.34019/2237-9444.2020.v10.31559
Souza, E. C. (2013). Tonalidades emocionais emergentes nas produções de sentidos subjetivos configuradoras da aprendizagem musical [Tese de doutorado, Universidade de Brasília]. Repositório Institucional da UnB. http://icts.unb.br/jspui/bitstream/10482/19113/1/2015
Subero Tomás, D, & Esteban-Guitart, M. (2020). Más allá del aprendizaje escolar: El rol de la subjetividad en el enfoque de los fondos de identidad. Teoría de la educación. Revista Interuniversitaria, 32(1), 213–236. https://doi.org/10.14201/teri.20955
Teles, A. M. O. (2015). Por uma pedagogia com foco no sujeito: Um estudo na licenciatura em educação do campo. [Tese de doutorado, Universidade de Brasília]. Repositório Institucional da UnB. http://icts.unb.br/jspui/bitstream/10482/19305/1/2015
Zanette, M. S. (2017). Pesquisa qualitativa no contexto da educação no Brasil. Educar em Revista, 65, 149–166. https://doi.org/10.1590/0104-4060.47454
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Luciana Oliveira Lemes, Telma Lopes, Maristela Rossato
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, sendo o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License, o que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.