Reificação e reconhecimento: reflexões para a pesquisa em educação
DOI:
https://doi.org/10.26512/lc.v16i31.3613Palavras-chave:
Reificação;, Reconhecimento;, ; Axel Honneth;, Pesquisa educacionalResumo
Neste artigo, propomos desvendar o “reconhecimento prévio do outro” como uma condição não-epistêmica fundamental das pesquisas em educação, evitando certos problemas ocasionados pela reificação, isto é, a atitude de não reconhecer o saber da alteridade. Percebemos, a partir das reflexões de Axel Honneth, a existência de uma instância fundamental: subjacente à perspectiva do conhecimento existe uma condição não-epistêmica que pode se orientar pelos motivos dos outros. Trata-se de uma proposta que foge, portanto, da disputa entre diferentes perspectivas epistemológicas e da polarização ou da contraposição entre elementos subjetivos e objetivos, ambos reificados. Assumir a postura de reconhecimento do outro implica, enfim, o reconhecimento de sua alteridade por intermédio da sua vivência em plenitude. Nesse aspecto, a teoria de Honneth vem preencher uma lacuna no acontecer das pesquisas educacionais, pois até poderíamos arriscar dizer que, sem este acolhimento do outro, qualquer iniciativa estaria sujeita a recair nas malhas da reificação.
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