DE PRESSUPOSTOS SOBRE O CONHECIMENTO E A APRENDIZAGEM À PRÁXIS NA FORMAÇÃO DO TRADUTOR
DOI:
https://doi.org/10.26512/belasinfieis.v5.n1.2016.11379Palavras-chave:
Construtivismo, Emergentismo, Empirismo-racionalismo, Abordagem pedagógica popular, Epistemologia pedagógicaResumo
Este artigo discute o problema da ausência de programas acadêmicos de qualificação para professores de tradução que têm de recorrer à s suas próprias intuições e à abordagem pedagógica popular. Objetiva identificar os entendimentos subjacentes da natureza do conhecimento e da aprendizagem que estão por trás da tradicional prática de ensino do “Quem quer vai fazer a primeira sentença?”, bem como das abordagens didáticas alternativas. Embora existam algumas publicações inspiradoras e motivadoras sobre metodologias inovadoras de ensino centradas no aluno, estas ainda carecem de discussões sobre a epistemologia pedagógica ou quaisquer princípios gerais ou teoria da educação. A principal tese proposta neste artigo é que, a fim de seguir em frente, docentes de Tradução precisam estabelecer um diálogo mais amplo com a área da teoria e da práxis educacional, tendo na epistemologia da educação um ponto de partida imprescindível para este diálogo. De modo a preparar o cenário para esse diálogo, este artigo oferece um breve resumo de três grandes tendências epistemológicas: o empirismo-racionalismo, o construtivismo e o emergentismo.
Downloads
Referências
BEREITER, Carl;SCARDAMAGLIA, Marlene.Surpassing Ourselves ”“An Inquiry into the Nature and Explications of Expertise. Chicago eLasalle, Illinois: Open Court, 1993.
BRUNER, Jerome.In Search of Pedagogy Volume II. New York: Routledge, 2006.
DAVIS, Brent. Inventions of Teaching. Mahwah, EUA:L. Erlbaum Associates, 2004.
DAVIS, Brent; SUMARA, Dennis. Cognition, complexity, and teacher education. EUA: Harvard Educational Review, 1997, v.67, n. 1, p.105”“125.
______. Complexity Science and Education: Reconceptualizingthe Teacher’s Role in Learning.EUA: Interchange, 2007, v.38, n. 1, p.53”“67.
______.Complexity as a Theory of Education.Rio de Janeiro, Brasil:Transnational Curriculum Inquiry, 2008, v.5, n. 2. Disponível em:http://ojs.library.ubc.ca/index.php/tci/article/view/75/278.Acesso: 31 mar. 2016.
DOLL, William E. A Postmodern Perspective on Curriculum. New York: Teachers College Press, 1993.
______. Ghosts and the Curriculum.In: DOLL, William; GOUGH, Noel (eds.).Curriculum Visions.New York, Peter Lang, 2002.
______. Complexity and the Culture of Curriculum. In: MASON, Mark (ed.). Complexity Theory and the Philosophy of Education. Malden, Georgia, EUA: Wiley-Blackwell, 2008, p.181”“203.
ECHEVERRI, Álvaro. Énième plaidoyer pour l’innovation dans les cours pratiques de Traduction. Préalables à L’innovation?. Montréal, Canadá:TTR: Traduction, Terminologie, Rédaction, 2008, v. 21, n. 1, p.65”“98.Disponível em: http://id.erudit.org/iderudit/029687ar. Acesso: 31 mar. 2016.
ENNS-CONNOLLY, Esther.Translation as an Interpretive Act: A Narrative Study of Translation in University Level Foreign Language Teaching. (Tese de doutorado). Toronto, Canadá: University of Toronto, 1986.
GABRIAN, Britta. Ziel oder Zeillosigkeit des Übersetzungsunterricht.Heidelberg,Alemanha:TextKontext, 1986, v.1, n.1, p. 48”“62.
HANSEN-SCHIRRA, Silvia; KIRALY,Don (eds).Projekte und Projektionen in der translatorischen Kompetenzentwicklung. Frankfurt, Alemanha: Peter Lang, 2012.
HOUSE, Juliane. Übersetzen im Fremdsprachenunterricht. IN: POULSEN, S. O.; WILSS, Wolfram (eds). Angewandte Übersetzungswissenschaft.Arhus, Dinamarca:Wirtschaftsuniversität Arhus,1980, p. 7”“17.
KENNY, Anthony.A New History of Western Philosophy:Oxford, Inglaterra: OUP, 2010.
KIRALY, Don.Pathways to Translation: Pedagogy and Process. Kent, Ohio, EUA: Kent State University Press, 1995.
______.A Social Constructivist Approach to Translator Education. Manchester, Inglaterra: St. Jerome, 2000.
______. Growing a Project-Based Translation Pedagogy. Montréal, Canadá: Meta: journal des traducteurs /Meta:Translators’Journal,2012a, v. 57, n.1, p. 82”“95.Disponível em: http://www.erudit.org/revue/meta/2012/v57/n1/1012742ar.pdf. Acesso: 31 mar. 2016.
______. Skopos Theory Goes to Paris: Purposeful Translation and Emergent Translation Projects.Atenas, Grécia: MTM, 2012b, v.4, p. 119”“144.Disponível em: http://www.mtmjournal.gr/datafiles/files/MTM_4.pdf. Acesso: 31 mar. 2016.
KIRALY,Don;HANSEN-SCHIRRA,Silvia;MAKSYMSKI, Karin(eds). New Prospects and Perspectivs for Educating Language Mediators.Tübingen, Alemanha: Narr Verlag, 2013.
LADMIRAL, Jean-Réné. La traduction dans le cadre de l'institution pédagogique.Alemanha: Die Neueren Sprachen, 1977, v.76, p.489”“516.
LEWIS, Nancy S. The Intersection of Postmodernity and Classroom Practice.Califórnia, EUA: Teacher Education Quarterly, 2004, p. 119”“134.
MACKENZIE, Rosemary; NIEMINEN, Elina. Motivating students toachieve quality in translation. IN: KLAUDY, Kinga; KOHN, Janós (eds). Transferre Necesse Est. Budapeste, Hungria: Scholastica, 1997, p. 339”“344.
MANDELBROT, Benoît B.The Fractal Geometry of Nature.New York,EUA: Henry Holt & Company, 1983.
MATURANA, Umberto; VARELA, Francisco.Autopoiesis and Cognition: the Realization of the Living. Boston, EUA: D. Reidel Publishing Co., 1980.
MORÇÖL, Göktu. What is Complexity Science? Postmodernist or Postpositivist?. Cambridge, Massachusetts, EUA: Emergence: A Journal of Complexity Issues in Organizations and Management, 2001, v.3, n. 1, p.104”“119.
NORD, Christiane. Wer nimmt denn mal den ersten Satz? Überlegungen zu neuen Arbeitsformen im Übersetzungsunterricht. IN: GERZYMISCH-ARBOGAST,H.;HALLER, J.; STEINER, E.(eds).Übersetzungswissenschaft im Umbruch, Festschrift für Wolfram Wilss.Tübingen, Alemanha: Narr, 1996, p. 313”“327.
PINAR, William. Curriculum theory since 1950: Crisis, reconceptualization, internationalization. IN: CONNELLY, F.; HE, M.; PHILLION, J. (eds).The SAGE Handbook of Curriculum and Instruction.Los Angeles, EUA: Sage Publications, 2008, p.491”“514.
RISKU, Hanna.Translatorische Kompetenz.Tübingen, Alemanha: Stauffenberg, 1998.
______. A Cognitive Scientific View on Technical Communication and Translation. Do embodiment and situatedness really make a difference?. Amsterdam, Países Baixos:Target, 2010, v.22, n. 1, p.94”“111.
RÖHL, Monika.Ansätze zueiner Didaktik des Übersetzens. (Dissertação de Mestrado). Mainz, Alemanha: Johannes Gutenberg-Universität Mainz, 1983.
ROSKELLY, Hephzibah. Teaching Like Weasels. IN:SHAPIRO, Sri (ed.). Education and Hope in Troubled Times, in Education and Hope in Troubled Times.London,Inglaterra:Routledge, 2009, p. 198”“209.
SUMARA, Dennis; DAVIS, Brent. Enactivist Theory and Community Learning: toward a complexified understanding of action research.Abingdon, Inglaterra: Educational Action Research, 1997, v. 5, n. 3, p.403”“422.Disponível em: http://www.tandfonline.com/doi/pdf/10.1080/09650799700200037. Acesso: 31 mar. 2016.
TOURY, Gideon. The Notion of Native Translator and Translation Teaching. IN: WILSS; Wolfram; THOME, Gisela (eds).Die Theorie des Übersetzens und ihr Aufschlußwert für die Übersetzungs-und Dolmetschdidaktik.Tübingen,Alemanha:Gunter Narr, 1974, p.186”“95.
TRICHE, Stephen; MCKNIGHT, Douglas. The Quest for Method: the Legacy of Peter Ramus. Abingdon, Inglaterra:History of Education, 2004, v. 33, n. 1, p.39”“54.
TRUEIT, Donna.Pragmatism, Postmodernism, and Complexity Theory.New York, EUA. Londres, Inglaterra: Routledge, 2012.
VARBELOW, Sonja. Instruction, Curriculum and Society: Iterations Based on the Ideas of William Doll.Eskisehir, Turquia. International Journal of Instruction, 2012, v.5, n. 1, p.87”“94.Disponível em: http://www.e-iji.net/dosyalar/iji_2012_1_5.pdf. Acesso: 31 mar. 2016.
VIENNE, Jean. Toward a Pedagogy of Translation in Situation.Abingdon, Inglaterra: Perspectives, 1994, v. 1, p. 51”“59.
WEAVER, Warren. Science and Complexity.Durham, EUA: American Scientist, 1948, v. 36, n. 4, p. 536”“544.
WHITEHEAD, Alfred North.The Aims of Education and Other Essays. Londres, Inglaterra: E. Benn, 1950.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Dado ao acesso público desta revista, os textos são de uso gratuito, com obrigatoriedade de reconhecimento da autoria original e da publicação inicial nesta revista
A revista permitirá o uso dos trabalhos publicados para fins não comerciais, incluindo direito de enviar o trabalho para bases de dados de acesso público. As contribuições publicadas são de total e exclusiva responsabilidade dos autores.
Os autores, ao submeterem trabalhos para serem avaliados pela revista Belas Infiéis, mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, sendo o trabalho licenciado sob a Creative Commons Attribution License Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0).