Em gênero e sexualidade aprende-se pela repetição com diferença: cenas escolares
DOI:
https://doi.org/10.26512/lc.v23i52.23614Palavras-chave:
Heteronormatividade, Norma, Diferença, RepetiçãoResumo
O artigo traz cenas ocorridas no ambiente escolar em que a heteronormatividade é propagada não só a partir da marginalização das expressões de gênero e sexualidade não-hegemônicas, mas principalmente pela minuciosa atuação da norma que induz pressupor a heterossexualidade como a sexualidade verdadeira. Há um conjunto sutil de pedagogias que nos convida a repetir a norma, acenando com benefícios de inserção social. Mas há contingências, indagações, interpelações, confrontos que nos fazem repetir com diferenças o que a norma prescreve, e este é o espaço da educação, sempre tensionada pela repetição da norma com diferenças, fruto dos novos contextos e das demandas das culturas juvenis.
Downloads
Referências
André, Marli Eliza D. A. de. (1995). Etnografia da Prática Escolar. Campinas: Papirus.
Butler, Judith. (2000). Corpos que pesam: sobre os limites discursivos do ‘sexo’. In: Louro, Guacira Lopes (org). O Corpo Educado: pedagogias da sexualidade. 2. ed. Belo Horizonte: Autêntica. p. 151-172.
Butler, Judith. (2002). Problemas de Gênero. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003.
Costa, Marisa Vorraber. Apresentação. In: Butler, Judith. Caminhos Investigativos: novos olhares na pesquisa em educação. Rio de Janeiro: DP&A. p. 9-12.
Deleuze, Gilles. (2000). Diferença e Repetição. Lisboa: Relógio d’Água.
Ewald, François. (2000). Foucault, a Norma e o Direito. Alpiarça (Portugal): Vega.
Fischer, Rosa Maria Bueno. (2003). “Foucault revoluciona a pesquisa em educação?” Perspectiva, Florianópolis, UFSC, v. 21, n. 02, p. 371-389, jul.-dez. Disponível em: <http://www.perspectiva.ufsc.br/perspectiva_2003_02/07_artigo_rosa_maria.pdf >. Acesso em: 31 jan. 2017.
Foucault, Michel. (1999). História da Sexualidade I: a vontade de saber. 13. ed. Rio de Janeiro: Graal.
Foucault, Michel. (2004). Michel Foucault, uma entrevista: sexo, poder e a política da identidade. Verve, São Paulo, PUC-SP, n. 05, p. 260-277. Disponível em:
<http://revistas.pucsp.br/index.php/verve/article/viewFile/4995/3537>. Acesso em: 31 jan. 2017.
Gagnon, John. (2006). Uma Interpretação do Desejo ”“ ensaios sobre o estudo da sexualidade. Rio de Janeiro: Garamond.
Louro, Guacira Lopes. (2000). Pedagogias da sexualidade. In: Louro, Guacira Lopes. O Corpo Educado: pedagogias da sexualidade. 2. ed. Belo Horizonte: Autêntica. p. 9-34.
Louro, Guacira Lopes. (2017). “Teoria queer: uma política pós-identitária para a educação”. Estudos Feministas, Florianópolis, UFSC, v. 9, n. 2, p. 541-553, 2001. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ref/v9n2/8639.pdf >. Acesso em: 31 jan. 2017.
Louro, Guacira Lopes. (2009). Heteronormatividade e homofobia. In: Junqueira, Rogério Diniz (Org.). Diversidade Sexual na Educação. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade, UNESCO. p. 85-93.
Miskolci, Richard. (2009). A teoria queer e a sociologia: o desafio de uma analítica da normalização”. Sociologias, Porto Alegre, UFRGS, ano 11, n. 21, p. 150-182, jan.-jun. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/soc/n21/08.pdf >. Acesso em: 31 jan. 2017.
Picchetti, Yara de Paula; Seffner, Fernando. (2016). Cada um com a sua certeza: a escola e os esforços cotidianos para estar na norma e resistir a esta. In.: SILVA, I. Ri. da; NEVES, A. L. M. Das; SILVA, F. P. P. da. (orgs.) Educação e Sexualidade: uma perspectiva crítica. Manaus, Universidade Federal do Amazonas UFAM: UEA
Edições, v.1, p. 79-100.
Rich, Adrienne. (2010). Heterossexualidade compulsória e existência lésbica. Bagoas, Natal, UFRN, n. 5, p. 17-44. Disponível em: <http://www.cchla.ufrn.br/bagoas/v04n05art01_rich.pdf >. Acesso em: 31 jan. 2017.
Rodrigues, Carla. (2012). Performance, gênero, linguagem, alteridade: J.Butler e J.Derrida. Sexualidad, Salud, y Sociedad, Revista Latinoamericana, n. 10, p. 140-164, abr. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/sess/n10/a07n10.pdf>. Acesso em: 31 jan. 2017.
Rubin, Gayle. (1993). O Tráfico de Mulheres: notas sobre a “economia política” do sexo. Recife: SOS Corpo.
Sedgwick, Eve Kosofsky. (1993). A epistemologia do armário. Cadernos Pagu, Campinas, UNICAMP, v. 28, p. 19-54, jan.-jun. X. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/cpa/n28/03.pdf >. Acesso em: 31 jan. 2017.
Seffner, Fernando. (2015). Modus vivendi, liberdade religiosa e liberdade sexual: o que a escola tem a ver com isso? In: Nardi, H. C.; Machado, P. S.; Silveira, R. da S. (Orgs.). Diversidade sexual e relações de gênero nas políticas públicas: o que a laicidade tem a ver com isso? Porto Alegre: Editora Deriva/ABRAPSO, p. 81-104.
Seffner, Fernando; Picchetti, Yara de Paula. (2014). A escola pública brasileira e seu compromisso com a diversidade de gênero e sexualidade. In: Magalhães, J. C.; Ribeiro, P. R. C. (Orgs.). Educação para a sexualidade. Rio Grande: Editora da FURG, p. 67-81.
Warner, Michael. (1993). Fear of a queer planet. Minneapolis: University of Minnesota.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2018 Revista Linhas Críticas
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, sendo o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License, o que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.