O currículo-imagem do videoclipe: educando olhares para diferenças de gênero e sexualidade

Autores

DOI:

https://doi.org/10.26512/lc28202244188

Palavras-chave:

Currículo, Educação Estética, Videoclipe, Filosofia da Diferença, Gênero

Resumo

O que pode uma imagem? Inspirado em Deleuze e Guattari e nas teorias pós-críticas de currículo, objetivo, por meio de uma cartografia, compreender como o videoclipe Viðrar vel til loftárása, da banda Sigur Rós, proporciona uma experiência estética na educação do olhar para as diferenças de gênero e de sexualidade. Concluo argumentando que o currículo-imagem não apenas reconhece nossa capacidade de compreender cognitivamente o mundo ao nosso redor, com suas lógicas e medidas, mas também entende que os afetos são fundamentais para que possamos adentrar na superfície da alteridade, reconhecendo as diferenças, nutrindo-nos de uma participação mais criativa nas relações com o outro.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Alcidesio Oliveira da Silva Junior, Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, PB, Brasil

Mestre em Educação pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB) (2020). Doutorando em Educação pela UFPB. Pesquisador do Grupo de Pesquisa em Estudos Culturais e Arte/Educação (UFRPE/CNPq) e do Ensaio – Vida, Pensamento e Escrita em Educação (UFPB/CNPq). E-mail: ateneu7@gmail.com

Referências

Alloa, E. (2015). Entre a transparência e a opacidade – o que a imagem dá a pensar. Em E. Alloa (Org.). Pensar a imagem (pp. 07-19). Autêntica.

Amorim, A. C. R. de. (2020). Diagramas para um currículo-vida. Humanidades & Inovação, 7(5), 406-420. https://revista.unitins.br/index.php/humanidadeseinovacao/article/view/2603

Barros, L. M. R de, & Barros, M. E. B. de. (2013). O problema da análise em pesquisa cartográfica. Fractal: Revista de Psicologia, 25(2), 373-390. https://doi.org/10.1590/S1984-02922013000200010

Bauman, Z. (2008). Vida para consumo: a transformação das pessoas em mercadorias (Tradução de Carlos Alberto Medeiros). Jorge Zahar.

Böhme, G. (2017). The aesthetics of atmospheres. Routledge.

Butler, J. (2014). Regulações de gênero. Cadernos Pagu, 42, 249-274. https://doi.org/10.1590/0104-8333201400420249

Butler, J. (2018). Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade (Tradução de Renato Aguiar). Civilização Brasileira.

Corazza, S. (2013). O que se transcria em educação? Doisa.

Costa, L. B. da, & Amorim, A. S. L. (2019). Uma introdução à teoria das linhas para a cartografia. Atos de Pesquisa, 14(3), 912-933. http://doi.org/10.7867/1809-0354.2019v14n3p912-933

Deleuze, G. (2013). Conversações (Tradução de Peter Pál Pelbart). Editora 34.

Deleuze, G., & Guattari, F. (1992). O que é a filosofia? (Tradução de Bento Prado Jr. e Alberto Alonso Muñoz). Editora 34.

Deleuze, G., & Guattari, F. (2012a). Mil Platôs: capitalismo e esquizofrenia 2 (v. 3) (Tradução de Aurélio Guerra Neto, Ana Lúcia de Oliveira, Lúcia Cláudia Leão e Suely Rolnik. Editora 34.

Deleuze, G., & Guattari, F. (2012b). Mil Platôs: capitalismo e esquizofrenia 2 (v. 4) (Tradução de Suely Rolnik). Editora 34.

Didi-Huberman, G. (2008). La condition des images. Médiamorphoses, 22, 6-17. https://signal.sciencespo-lyon.fr/article/93258/La-condition-des-images-Entretien-avec-Georges-Didi-Huberman

Didi-Huberman, G. (2017). Quando as imagens tomam posição: o olho da história, 1 (Tradução de Cleonice Paes Barreto Mourão). Editora UFMG.

Didi-Huberman, G. (2018). Olhos livres da história. Revista Ícone, 16(2), 161-172. https://doi.org/10.34176/icone.v16i2.238900

Fletcher, L. (2011). The sound of ruins : Sigur Rós’ Heima and the post-rock elegy for place. INTERFERENCE – A journal of Audio Culture, 2. http://www.interferencejournal.org/the-sound-of-ruins/

Foucault, M. (1995). O sujeito e o poder. Em H. Dreyfus, & P. Rabinow (Orgs.). Michel Foucault, uma trajetória filosófica: para além do estruturalismo e da hermenêutica (pp. 231-249). Forense Universitária.

Foucault, M. (2014). Vigiar e punir: nascimento da prisão (Tradução de Raquel Ramalhete). Vozes.

Gandin, L. A., Paraskeva, J. M., Hypolito, A. M., & Silva, T. T. da. (2002). Mapeando a [complexa] produção teórica educacional – Entrevista com Tomaz Tadeu da Silva. Currículo sem Fronteiras, 2(1), 5-14. https://www.curriculosemfronteiras.org/vol2iss1articles/tomaz.pdf

Gil, I. (2002). A atmosfera fílmica como consciência. Caleidoscópio: Revista de Comunicação e Cultura, 2, 95-101. https://recil.ensinolusofona.pt/handle/10437/712

Godoi, M., Moraes, J. C. de O. S., & Matos, M. A. (2021). Pedagogia cultural de empoderamento de sujeitos periféricos, negros e LGBTQIA+: uma análise do videoclipe de rap AmarElo. Research, Society and Development, 10(3). http://doi.org/10.33448/rsd-v10i3.13382

Guattari, F. (1992). Caosmose: um novo paradigma estético (Tradução de Ana Lúcia de Oliveira e Lúcia Cláudia Leão). Editora 34.

Hur, D. U. (2021). Cartografia das intensidades: pesquisa e método em esquizoanálise. Revista Práxis Educacional, 17(46), 275-292. https://doi.org/10.22481/praxisedu.v17i46.8392

Janotti Jr., J. S., & Alcantara, J. A. (2018). O videoclipe na era pós-televisiva. Appris Editora.

Jódar, F., & Gómez, L. (2002). Devir-criança: experimentar e explorar outra educação. Educação & Realidade, 27(2), 31-45. https://seer.ufrgs.br/educacaoerealidade/article/view/25914

Kastrup, V., & Passos, E. (2013). Cartografar é traçar um plano comum. Fractal: Revista de Psicologia, 25(2), 263-280. https://doi.org/10.1590/S1984-02922013000200004

Louro, G. L. (2001). Pedagogias da sexualidade. Em G. L. Louro (Org.). O corpo educado: pedagogias da sexualidade (pp. 7-34). Autêntica Editora.

Maknamara, M., & Paraíso, M. A. (2013). Pesquisas pós-críticas em educação: notas metodológicas para investigações com currículos de gosto duvidoso. Revista da FAEEBA – Educação e Contemporaneidade, 22(40), 41-53. http://educa.fcc.org.br/pdf/faeeba/v22n40/v22n40a05.pdf

Paraíso, M. A. (2010). Diferença no currículo. Cadernos de Pesquisa, 40(140), 587-604. https://doi.org/10.1590/S0100-15742010000200014

Paraíso, M. A. (2016). A ciranda do currículo com gênero, poder e resistência. Currículo sem Fronteiras, 16(3), 388-415. https://www.curriculosemfronteiras.org/vol16iss3articles/paraiso.pdf

Pozzana, L. (2013). A formação do cartógrafo é o mundo: corporificação e afetabilidade. Fractal: Revista de Psicologia, 25(2), 323-338. https://doi.org/10.1590/S1984-02922013000200007

Rancière, J. (2009). A partilha do sensível: estética e política (Tradução de Mônica Costa Netto). Editora 34.

Raniere, E., Hack, L., & Sauvagnargues, A. (2020). “Somos nada mais que imagens” – Entrevista com Anne Sauvagnargues. Revista Polis e Psique, 10(1), 6-29. https://doi.org/10.22456/2238-152X.97503

Rolnik, S. (1989). Cartografia sentimental: transformações contemporâneas do desejo. Estação Liberdade.

Rolnik, S. (1996). Guerra dos gêneros & guerra aos gêneros. Estudos Feministas, 1, 118-123. https://www.jstor.org/stable/43903928

Sá, S. P. de. (2019). Cultura digital, videoclipes e a consolidação da Rede de Música Brasileira Pop Periférica. Revista Fronteiras – estudos midiáticos, 21(2), 21-32. https://doi.org/10.4013/fem.2019.212.03

Sardelich, M. E. (2006). Leitura de imagens, cultura visual e prática educativa. Cadernos de Pesquisa, 36(128), 451-472. https://doi.org/10.1590/S0100-15742006000200009

Sigur Rós. (2008, maio 28). Viðrar vel til loftárása [Official Video] [Video]. YouTube. https://www.youtube.com/watch?v=akYuy2FMQk4

Silva, E. A. B. S., & Souza, R. C. de. (2021). Videoclipes e escola: como abordar questões de gênero e identidade. Em F. A. Accorsi, J. P. Baliscei, & S. Takara (Orgs.). Como pode uma pedagogia viver fora da escola? Estudos sobre Pedagogias Culturais (pp. 75-91). Syntagma.

Silva Junior, A. O. da. (2020). Deu match no Tinder! Aplicativo virtual de paquera como pedagogia cultural. [Dissertação de mestrado, Universidade Federal da Paraíba]. Repositório Institucional da UFPB. https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/19971

Silva, T. T. da. (2001). Dr. Nietzsche, curriculista, con aportes del profesor Deleuze: una mirada post-estructuralista de la teoría del currículo. Pensamiento Educativo, 29, 15-36. http://pensamientoeducativo.uc.cl/index.php/pel/article/view/26119

Soares, T. (2014a). Construindo imagens de som & fúria: considerações sobre o conceito de performance na análise de videoclipes. Contemporânea – Comunicação e Cultura, 12(2), 323-339. https://doi.org/10.9771/contemporanea.v12i2.10721

Soares, T. (2014b). Abordagens teóricas para Estudos sobre Cultura Pop. Logos: Comunicação e Universidade, 2(24), s.p. https://doi.org/10.12957/logos.2014.14155

Sontag, S. (1977). Sobre fotografia: ensaios. Companhia das Letras.

Tiburi, M. (2004). Aprender a pensar é descobrir o olhar. Márcia Tiburi – Textos. http://www.marciatiburi.com.br/textos/aprender.htm

Vidal, F. S. L., & Silva, R. (2015). Afinal, o que é essa formação estética? Em Brasil – Secretaria de Educação Básica. Diretoria de Apoio à Gestão educacional. Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa. A arte no ciclo de alfabetização (pp. 70-78). MEC, SEB.

Welzer-Lang, D. (2001). A construção do masculino: dominação das mulheres e homofobia. Revista de Estudos Feministas, 9(2), 460-482. https://doi.org/10.1590/S0104-026X2001000200008

Downloads

Publicado

24.08.2022

Como Citar

Silva Junior, A. O. da. (2022). O currículo-imagem do videoclipe: educando olhares para diferenças de gênero e sexualidade. Linhas Crí­ticas, 28, e44188. https://doi.org/10.26512/lc28202244188

Artigos Semelhantes

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.