Seleção meritocrática versus desigualdades sociais: quem são os inscritos e os classificados nos vestibulares da UFSC (1998-2007)?
DOI:
https://doi.org/10.26512/lc.v16i31.3641Palabras clave:
Ensino superior;, Vestibular;, Ensino médio;, MeritocraciaResumen
Neste estudo, inspirado em algumas reflexões sociológicas clássicas e contemporâneas, analisamos o acesso ao ensino superior público catarinense, tendo como referência os vestibulares da Universidade Federal de Santa Catarina. Para tanto, percorremos a década que antecede a implantação do programa de cotas para estudantes afrodescendentes e oriundos de escolas públicas (1998 a 2007). Após examinar os dispositivos de seleção meritocrática a partir da definição de vestibular e dos termos correlatos (exame e concurso), estudamos os documentos legais atuais procurando relacionar alguns princípios estabelecidos para o ensino superior aos critérios de ingresso nas universidades. Por último, nos centramos nos dados empíricos concernentes a algumas características sociais dos candidatos inscritos e classificados nos vestibulares da UFSC, a saber: o sexo, o percurso escolar, o "capital escolar" dos pais e a renda familiar.
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