Avaliações externas e aprendizagens dos alunos: uma reflexão crítica

Autores

DOI:

https://doi.org/10.26512/lc.v25.2019.24579

Palavras-chave:

Avaliação em Educação, Avaliação das Aprendizagens, Avaliação Externa, Avaliação Interna, Políticas Públicas de Educação

Resumo

O propósito deste texto era produzir uma reflexão crítica acerca das avaliações externas e das suas relações com as avaliações internas e com as aprendizagens dos alunos. Discutiram-se efeitos positivos e negativos das avaliações externas sobre as aprendizagens e o ensino e a necessidade de aprofundar e melhorar as avaliações internas. A reflexão produzida mostrou a possibilidade de se evoluir para outra geração de avaliações externas, baseada em princípios socialmente construídos e centrados nas aprendizagens dos alunos, devidamente articulada com outras avaliações (internas e externas) e enquadrada por políticas públicas materializadas em programas que apoiem a formação dos professores.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Domingos Fernandes, Universidade de Lisboa

Domingos Fernandes

Instituto de Educação, Universidade de Lisboa, Professor Titular; Coordenador de Programas de Pós-Graduação e Pesquisa em Avaliação Educacional. Avaliação Educacional.

ORCID: https://orcid.org/0000-0002-3713-6484

Referências

Abu-Alhija, F. (2007). Large-scale testing: benefits and pitfalls. Studies in Educational Evaluation, 33, 50-68.

Black, P. (1998). Testing: Friend or foe? Theory and practice of assessment and testing. London: Falmer.

Black, P., & Wiliam, D. (2006a). Assessment for learning in the classroom. In J. Gardner (Ed.), Assessment and learning, 9-26. London: Sage.

Black, P., & Wiliam, D. (2006b). The reliability of assessments. In J. Gardner (Ed.), Assessment and learning, 119-132. London: Sage.

Casassus, J. (2009). Uma nota crítica sobre a avaliação estandardizada. A perda de qualidade e a segmentação social. Sísifo. Revista de Ciências da Educação, 9, 71- 78.

Esteban, M. T. (2009). Provinha Brasil: desempenho escolar e discursos normativos sobre a infância. Sísifo. Revista de Ciências da Educação, 9, 47- 55.

Fernandes, D. (2005). Avaliação das aprendizagens: desafios às teorias, práticas e políticas. Cacém: Texto Editores.

Fernandes, D. (2007). A avaliação das aprendizagens no sistema educativo português. Educação e Pesquisa, (33) 3, 581-600.

Fernandes, D. (2008). Avaliar para aprender: fundamentos, práticas e políticas. São Paulo: Fundação Editora da UNESP.

Fernandes, D. (2009). Educational assessment in Portugal. Assessment in Education: Principles, Policy & Practice, (16) 2, 241-261.

Fernandes, D. (2010). Acerca da articulação de perspectivas e da construção teórica em avaliação educacional. In M. T. Esteban e A. J. Afonso (Orgs.), Olhares e interfaces: reflexões críticas sobre a avaliação, pp. 15-44. São Paulo: Cortez.

Fernandes, D. (2013). Avaliação em educação: Uma discussão de algumas questões críticas e desafios a enfrentar nos próximos anos. Revista Ensaio: Avaliação e Políticas Públicas em Educação, (78) 21, 11-34.

Fernandes, D. (2014). Avaliação das aprendizagens e políticas educativas: o difícil percurso da inclusão e da melhoria. In M. L. Rodrigues (Org.), 40 anos de políticas de educação em Portugal: a construção do sistema democrático de ensino (Volume I), 231-268. Coimbra: Almedina.

Fernandes, D. (2015). Avaliações externas e melhoria das aprendizagens dos alunos: questões críticas de uma relação (im)possível. In Conselho Nacional de Educação (Ed.), Estado da Educação 2014 (pp. 290-303). Lisboa: Conselho Nacional de Educação.

Fullan, M. (2009). Large-scale reform comes of age. Journal of Educational Change, 10(2), 101-113.

Gardner, J. (Ed.) (2006). Assessment and learning. London: Sage.

Gipps, C. (1994). Beyond testing: towards a theory of educational assessment. Londres: Falmer.

Kellaghan, T. (2003). Local, national, and international levels of system evaluation. Introduction. In T. Kellaghan e D. Stufflebeam (Eds.), International handbook of educational evaluation, pp. 873-882. Dordrecht: Kluwer.

Kellaghan, T., & Greaney, V. (2001). Using assessment to improve the quality of education. Paris: UNESCO.

Kellaghan, T., & Grisay, A. (1995). International comparisons of student achievement: problems and prospects. In OECD (Ed.), Measuring what students learn, pp. 41-61. Paris: OECD.

Kellaghan, T., & Madaus, G. (2003). External (public) examinations. In T. Kellaghan e D. Stufflebeam (Eds.), International handbook of educational evaluation, 577-602. Dordrecht: Kluwer.

Kornhaber, M. (2004). Appropriate and inappropriate forms of testing, assessment, and accountability. Educational Policy, 18 (1), 45-70.

Luckesi, C. (2006). Avaliação da aprendizagem escolar. São Paulo: Cortez.

Madaus, G., Russell, M., & Higgins, J. (2009). The paradoxes of high stakes testing: how they affect students and their parents, teachers, principals, schools and society. Charlotte, NC: Information Age Publishing.

Marinho, P., Leite, C., & Fernandes, P. (2013). A avaliação da aprendizagem: um ciclo vicioso de “testinite”. Estudos em Avaliação Educacional, 24(55), 304-334.

Marinho, P., Leite, C., & Fernandes, P. (2014). A avaliação da aprendizagem: da pluralidade de enunciações à dualidade de concepções. Acta Scientiarum Education (BR), 36(1), 153-164. http://doi.org/10.4025/actascieduc.v36i1.21018

Poinha, M. A. (2012). Os exames e a melhoria das aprendizagens: o discurso de professores de língua portuguesa do 3º ciclo do ensino básico. Dissertação de mestrado em Ciências da Educação (Avaliação em Educação). Lisboa: Instituto de Educação da Universidade de Lisboa.

Resnick, L. B. (1987). Education and learning to think. Washington, DC: The National Academy Press.

Santiago, P., Donaldson, G., Looney, A., & Nusche, D. (2012). OECD Reviews of evaluation and assessment in education: Portugal 2012. Paris: OECD Publishing.

Shepard, L. (1988). Should instruction be measurement driven: a debate. Comunicação apresentada no Annual Meeting of the American Educational Research Association. New Orleans.

Shepard, L. (2000). The role of assessment in a learning culture. Educational Researcher, 29 (7), 4-14.

Stecher, B. M. (2002). Consequences of large-scale, high-stakes testing on school and classroom practice. In L. S. Hamilton, B. M. Stecher, & S. P. Klein (Eds.), Making sense of test-based accountability in education (pp. 72-100). Santa Monica (CA): Rand Corporation.

Stobart, G. (2006). The validity of formative assessment. In J. Gardner (Ed.), Assessment and learning, 133-146. London: Sage.

Stobart, G. (2008). Testing times: the uses and abuses of assessment. London: Routledge.

Vasconcellos, C. (2006). Avaliação da aprendizagem: práticas de mudança – por uma práxis transformadora. São Paulo: Libertad.

Wiggins, G. (2011). A true test: toward more authentic and equitable assessment. Phi Delta Kappan, 92(7), 81-93

Downloads

Publicado

10.07.2019

Como Citar

Fernandes, D. (2019). Avaliações externas e aprendizagens dos alunos: uma reflexão crítica. Linhas Crí­ticas, 25, e24579. https://doi.org/10.26512/lc.v25.2019.24579

Edição

Seção

Dossiê: Currículo e Avaliação da Aprendizagem

Artigos Semelhantes

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.