A juventude na ótica de policiais: a negação do direito na aparência
DOI:
https://doi.org/10.26512/lc.v17i34.3828Palavras-chave:
Juventude, Polícia, Direitos Humanos, ViolênciaResumo
Este trabalho apresenta os resultados de uma pesquisa destinada a melhor estruturar os cursos sobre Juventude e Direitos Humanos aos membros do Batalhão Escolar da Polícia Militar do Distrito Federal, Brasil. O estudo, fundamentado na literatura sobre o comportamento policial e suas relações com a juventude, se baseia num questionário respondido por uma amostra não probabilística de 132 policiais militares, correspondente a 18,5% do citado Batalhão. Na visão dos policiais, o jovem é melhor caracterizado pela moda e aparência, assim como por características predominantemente negativas, entre outras a insegurança pessoal e social; a falta de perspectivas; ser transgressor/ousado; ser instável emocionalmente e egoísta. Estas percepções tenderam a ser mais ocorrentes em policiais de menor escolaridade e idade.
Downloads
Referências
ABRAMOVAY, Miriam et al. Gangues, galeras, chegados e rappers:juventude, violência e cidadanianas cidades da periferia de Brasília. Rio de Janeiro: Garamond, 1999.
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. 24. ed. São Paulo:Saraiva, 2000.
BOBBIO, Norberto. A Era dos Direitos.Rio de Janeiro: Campus, 1992.
BOWLING, Ben; PHILLIPS, Coretta. Disproportionate and Discriminatory: Reviewing the Evidence onPolice Stop and Search. Modern Law Review, v. 70, n. 6, p. 936-961, November 2007. Disponível em:<http://papers.ssrn.com/sol3/papers.cfm?abstract_id=1024344 > Acesso em: 23 jul. 2011.
BROWN, Ben; BENEDICT, Wm Reed; WILKINSON, William V. Public perceptions of the police inMexico: a case study. Policing: International Journal of Police Strategies & Management, Bigley, UK,v. 29, n. 1, p. 158-175, 2006.
COPELAND, Anna. Participation and the role of public space: our space, their space and my space.Public Space: The Journal of Law and Social Justice, Sydney, Austrália, v. 2, n. 4, p. 1-28, 2008. Disponível em: <http://www.austlii.edu.au/au/journals/PubSpace/2008/5.pdf>. Acesso em: 30 out. 2011.
DELORS, Jacques et al.. Educação: um tesouro a descobrir. Relatório para a UNESCO da Comissão Internacional sobre Educação para o Século XXI. 4. ed. São Paulo: Cortez; Brasília: MEC, UNESCO, 2000.
DURÃO, Susana. A produção de mapas policiais: Práticas e políticas da polícia urbana em Portugal.Intersecciones antropol., Olavarría, v. 10, n. 1, jun. 2009. Disponível em: <http://www.scielo.org.ar/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1850-373X2009000100004&lng=es&nrm=iso>. Acesso em: 26 jun.2010.
GALLAND, Olivier. Sociologie de la jeunesse. Paris: Armand Collin, 1997.
GELMAN, Andrew; FAGAN, Jeffrey; KISS, Alex. An analysis of the NYPD’s stop-and-frisk policy in thecontext of claims of racial bias. Journal of the American Statistical Association,Alexandria, Virginia,v. 102, n. 479, p. 813-823, Sep. 1, 2007.
GOMES, Candido Alberto (Org.). Juventudes:possibilidades e limites. Brasília: UNESCO, Cátedra UNESCO de Juventude, Educação e Sociedade da Universidade Católica de Brasília, Secretaria Nacional de Juventude da Presidência da República, 2011. Disponível em: <http://unesdoc.unesco.org/images/0019/001923/192357por.pdf>. Acesso em: 30 out. 2011.
GOMES, Candido Alberto et al. A violência na ótica de alunos adolescentes do Distrito Federal. Cad.Pesqui., São Paulo, v. 36, n. 127, abr. 2006 . Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-15742006000100002&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 26 jun. 2010.
GUILLOT, Gérard. O resgate da autoridade em educação.Porto Alegre: Artmed, 2008.
HAGAN, John; SHEDD, Carla; PAYNE, Monique R. Race, ethnicity, and youth perceptions of criminalinjustice. American Sociological Review, v. 70, p. 381-407, Jun. 2005.
HURST, Yolander G.; McDERMOTT, M. Joan; THOMAS, Deborah L. Attitudes of girls toward the police:differences by race. Policing:an International Journal of Police Strategies & Management, Bigley, v.28, n. 4, p. 578-593, 2005.
IANNI, Octavio. O jovem radical. Rio de Janeiro: Zahar, 1968. (Sociologia da Juventude, v. 1)
LEHNERT, Gertrud. Geschichte der Mode:des 20 Jahrhunderts. Köln: Könemann, 2000.
MATROFSKI, Stephen D. Policiamento Comunitário e Estrutura da Organização Policial. In: BRODEUR,Jean-Paul (Org.). Como reconhecer um bom policiamento: problemas e temas. São Paulo: Edusp,2002. (Série Polícia e Sociedade, n. 6).
MINAYO, Maria Cecília de Souza et al. Fala Galera:juventude, violência e cidadania na cidade do Riode Janeiro. Rio de Janeiro: Garamond, 1999.
NUÑEZ, Pedro. Patrullando la ciudad. Política e Sociedade: Revista de Sociologia Política, Florianópolis,v. 5, n. 8, p. 159-189, 2006. Disponível em: <http://www.periodicos.ufsc.br/index.php/politica/article/view/1807/1566>. Acesso em: 30 out. 2011.
PAIXÃO, Divaneide Lira Lima. Direitos humanos e adolescência no contexto de uma sociedade violenta:um estudo de representações sociais. 2008. Tese (Doutorado em Psicologia Social) ”“ Departamentode Psicologia, Universidade de Brasília (UnB), Brasília, 2008.
PAOLINE III, Eugene A.; TERRILL, William. Police Education, experience and the use of force. CriminalJustice and Behavior, Glenville, v. 34, n. 2, p. 179-196, fev. 2007.
POMMEREAU, Xavier. Les marques cutanées à l’adolescence. Le Journal des Psychologues, Paris,n. 243, p. 71-75, 10/2006. Disponível em : <http://www.cairn.info/revue-le-journal-des-psychologues-2006-10-page-71.htm>. Acesso em: 30 out. 2011.
QUEIROZ, Valda Maria de. O eterno no transitório... um estudo sociológico da moda. 2002. Tese (Doutorado em Sociologia) ”“ Departamento de Sociologia, Universidade de Brasília (UnB), Brasília, 2002.
RAMOS, Silvia; MUSUMECI, Leonarda (Org.). Elemento suspeito: abordagem policial e discriminaçãona cidade do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2005.
RIST, Ray. On understanding the process of schooling: the contributions of the labeling theory. In:KARABEL, Jerome; HALSEY, A. H. (Ed.). Power and ideology in education.Nova Iorque: OxfordUniversity Press, 1978. p. 292-306.
SAVAGE, Jon. A criação da juventude: como o conceito de teenage revolucionou o século XX. Rio de Janeiro: Rocco, 2009.
SIMMEL, Georg. Da psicologia da moda: um estudo sociológico. In: SOUZA, Jesse. e ÖELZE, Berthold.(Org.). Simmel e a Modernidade. 2. ed. Brasília: Editora da UnB, 2005. p.159-168.
SOUSA, Carlos Ângelo de Meneses. Cidadania e Direitos Humanos: uma experiência da Coordenadoria de Cidadania e Direitos Humanos da Universidade Católica de Brasília. In: CONGRESSOINTERNACIONAL DE EDUCAÇÃO/CONGRESSO DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO DA UNIVERSIDADEFEDERAL DO PIAUÃ, 2., 3., 2004, Piauí. Livro Resumo do II Congresso Internacional de Educação/IIICongresso de Pesquisa em Educação. Teresina: EDUFPI, 2004.
STALLYBRASS, Peter. O casaco de Marx: roupas, memória, dor. 2. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2000.
WAISELFISZ, Júlio J. Mapa da Violência IV: Os Jovens do Brasil. Brasília: UNESCO, 2004. Disponível em: http://www.desarme.org/publique/media/Mapa%20da%20viol%C3%AAncia%20IV%20-%20Unesco.pdf>. Acesso em: 22 jun. 2010.
______. et al.. Juventude, violência e cidadania: os jovens de Brasília. São Paulo: Cortez; Brasília:UNESCO, 1998.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2016 Linhas Críticas
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png)
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, sendo o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License, o que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.