A juventude na ótica de policiais: a negação do direito na aparência
DOI:
https://doi.org/10.26512/lc.v17i34.3828Palavras-chave:
Juventude, Polícia, Direitos Humanos, ViolênciaResumo
Este trabalho apresenta os resultados de uma pesquisa destinada a melhor estruturar os cursos sobre Juventude e Direitos Humanos aos membros do Batalhão Escolar da Polícia Militar do Distrito Federal, Brasil. O estudo, fundamentado na literatura sobre o comportamento policial e suas relações com a juventude, se baseia num questionário respondido por uma amostra não probabilística de 132 policiais militares, correspondente a 18,5% do citado Batalhão. Na visão dos policiais, o jovem é melhor caracterizado pela moda e aparência, assim como por características predominantemente negativas, entre outras a insegurança pessoal e social; a falta de perspectivas; ser transgressor/ousado; ser instável emocionalmente e egoísta. Estas percepções tenderam a ser mais ocorrentes em policiais de menor escolaridade e idade.
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