O currículo em espaços escolares e não-escolares: genealogia de uma pesquisa

Autores

DOI:

https://doi.org/10.26512/lc28202241214

Palavras-chave:

Genealogia, Currículo, Pesquisa

Resumo

O presente ensaio busca traçar uma genealogia, no sentido atribuído por Foucault, do percurso realizado pelo Grupo de Pesquisa Currículo, Espaço, Movimento (CEM), desde sua criação, em 2013, até 2021. Não se trata de narrar uma trajetória linear, mas destacar e demorar-se em algumas linhas emaranhadas, em alguns pontos de disruptura, em meio aos quais, o referido grupo vem construindo suas investigações e estudos. Além disso, propõe-se uma discussão teórica, apresentando os processos de compreensão e de apropriação de alguns conceitos. Desse modo, perpassam-se os estudos já desenvolvidos pelo grupo, bem como procura-se dar visibilidade a alguns dados que têm sido produzidos nos seus oito anos de trabalho.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Angélica Vier Munhoz, Universidade do Vale do Taquari, Lajeado, RS, Brasil

Doutora em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) (2009). Professora titular do Centro de Ciências Sociais e Aplicadas da Universidade do Vale do Taquari (Univates). Líder do Grupo de Pesquisa Currículo, Espaço, Movimento (CEM/CNPq/Univates). E-mail: angelicavmunhoz@gmail.com

Morgana Domênica Hattge, Universidade do Vale do Taquari, Lajeado, RS, Brasil

Doutora em Educação pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos) (2014). Professora do Centro de Ciências Sociais e Aplicadas da Universidade do Vale do Taquari (Univates). Membro do Grupo de Pesquisa Currículo, Espaço, Movimento (CEM/CNPq/Univates). E-mail: mdhattge@univates.br

Suzana Feldens Schwertner, Universidade do Vale do Taquari, Lajeado, RS, Brasil

Doutora em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) (2010). Professora do Centro de Ciências da Saúde da Universidade do Vale do Taquari (Univates). Membro do Grupo de Pesquisa Currículo, Espaço, Movimento (CEM/CNPq/Univates). E-mail: suzifs@univates.br

Mariane Inês Ohweiler, Universidade Federal da Fronteira Sul, Realeza, PR, Brasil

Doutora em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) (2014). Docente nos cursos de licenciaturas da Universidade Federal da Fronteira Sul. Membro do Grupo de Pesquisa Currículo, Espaço, Movimento (CEM/CNPq/Univates). E-mail: mariane.ohlweiler@uffs.edu.br

Referências

Aquino, J. G. (2017). Defender a escola das pedagogias contemporâneas. ETD – Educação Temática Digital, 19(4), 669-690. https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/etd/article/view/8648729

Becker, A.J., Munhoz, A.V., & Horn, C. I. (2020). Entre teoria e prática: o que dizem os alunos do 9º ano do ensino fundamental de uma escola pública? Horizontes, 38(1), e020049. https://doi.org/10.24933/horizontes.v38i1.848

Camargo, J., Cavalheiro, B., & Munhoz, A. V. (2020). Ensino, aprendizagem e arte: rastreamentos de um arquivo. Revista E-mosaicos, 9(20), 98-110. https://doi.org/10.12957/e-mosaicos.2020.44534

Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. (2018). Chamada Universal do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, MCTI/CNPq n.º 28/2018. http://memoria2.cnpq.br/web/guest/chaadas-publicas?p_p_id=resultadosportlet_WAR_resultadoscnpqportlet_INSTANCE_0ZaM&filtro=encerradas&detalha=chamadaDivulgada&idDivulgacao=8242

Corazza, S. M. (2001). O que quer um currículo? Pesquisas pós-críticas em educação (3. Ed.). Vozes.

Corazza, S. M. (2012). O drama do currículo: pesquisa e vitalismo de criação. IX Anped Sul, Caxias do Sul, Rio Grande do Sul, Brasil. http://www.ucs.br/etc/conferencias/index.php/anpedsul/9anpedsul/paper/viewFile/128/786

Corazza, S. M. (2013). O que se transcria em educação? UFRGS.

Corazza, S. M., & Tadeu, T. (2003). Composições. Autêntica.

Costa, C. B. (2016). William Kentridge, Fortuna: currículo em meio ao excesso e às más traduções. Em A. V. Munhoz, C. B. Costa, & M. Ohlweiler. Currículo, Espaço, Movimento: notas de pesquisa (pp. 105-118). Ed. Univates.

Costa, C. B., Crizel, A. P., Olegário, F., & Diaz, J. A. R. (2016). Notas para a construção de uma heterotopia sonora. Em A. V. Munhoz, C. B. Costa, & M. Ohlweiler. Currículo, Espaço, Movimento: notas de pesquisa (pp. 93-104). Ed. Univates.

Coutinho, A. P., Faleiro, A., & Schwertner, S. F. (2016). Aproximações genealógicas em pesquisa: processo de avaliação no espaço escolar. Em A. V. Munhoz, C. B. Costa, & M. Ohlweiler. Currículo, Espaço, Movimento: notas de pesquisa (pp. 19-28). Ed. Univates.

Crizel, A. P., & Hattge, M. D. (2015). Dos processos e efeitos da escolarização em um espaço não escolar. Anais do I Seminário Nacional Formação Pedagógica e Pensamento Nômade: experimentações curriculares. Lajeado, Rio Grande do Sul, Brasil. https://www.univates.br/editora-univates/media/publicacoes/125/pdf_125.pdf

Deleuze, G. (2003). Proust e os signos (Trad. Antonio Piquet e Roberto Machado). Forense Universitária.

Deleuze, G. (2006). Diferença e repetição (Trad. Luiz Orlandi e Roberto Machado). Graal.

Deleuze, G., & Guattari, F. (1997) Mil platôs (vol. 5). Editora 34.

Díaz, J. A. R., & Munhoz, A. V. (2018). Mediação e tradução-transcriação em museus. Crítica educativa, 4(1), 87-96. https://doi.org/10.22476/revcted.v4i1.304

Díaz, J. A. R., & Munhoz, A. V. (2019). Práticas educativas no Museu de Arte do Rio. Revista Educação, Artes, Inclusão, 15(2), 208-232. https://www.revistas.udesc.br/index.php/arteinclusao/article/view/14157/pdf

Dussel, I. (2020). La escuela en la pandemia. Reflexiones sobre lo escolar en tiempos dislocados. Práxis Educativa, 15. https://doi.org/10.5212/PraxEduc.v.15.16482.090

Fiorin, B. Z., & Munhoz, A. V. (2020). Discursividades sobre aprender/aprendizagem na produção acadêmica da área de ensino: operando com um arquivo. Revista Signos, 41(2), 262-275. http://doi.org/10.22410/issn.1983-0378.v41i2a2020.2715

Foucault, M. (2002). Microfísica do poder. Graal.

Foucault, M. (2005). Nietzsche, a genealogia e a história. Em M. B. da Motta (org.) Ditos e escritos (Vol. II) (pp. 260-281). Forense Universitária.

Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (FAPERGS). (2017b). Edital FAPERGS 01/2017 – Auxílio Recém-Doutor. https://fapergs.rs.gov.br/edital-01-2017-auxilio-recem-doutor-ard

Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (FAPERGS). (2017a) Edital FAPERGS 202/2017 – Programa Pesquisador Gaúcho. https://fapergs.rs.gov.br/edital-02-2017-programa-pesquisador-gaucho-pqg

Gallo, S. (2011). A Orquídea e a Vespa: transversalidade e currículo rizomático. Em E. P. Gonzalves, M. Z. Pereira, & M. E. Carvalho (Orgs.). Currículo e contemporaneidade: questões emergentes (pp. 37-50). Alínea.

Gallo, S. (2012). As múltiplas dimensões do aprender. Congresso de Educação Básica, Florianópolis, Santa Catarina, Brasil. http://www.pmf.sc.gov.br/arquivos/arquivos/pdf/13_02_2012_10.54.50.a0ac3b8a140676ef8ae0dbf32e662762.pdf

Gohn, M. da G. (2020) Educação não formal: direitos e aprendizagens dos cidadãos (ãs) em tempos do coronavírus. Revista Humanidades e Inovação, 7(7), 9-20. https://revista.unitins.br/index.php/humanidadeseinovacao/article/view/3259

Klaus, V., Hattge, M. D., & Lockmann, K. (2015). Genealogia foucaultiana e políticas educacionais: possibilidades analíticas. Revista Perspectiva, 33(2), 665-687. https://doi.org/10.5007/2175-795X.2015v33n2p665

Larrosa, J. (2018). Esperando não se sabe o quê: sobre o ofício do professor (Trad. Cristina Antunes). Autêntica.

Monclús, G. J. (2017). Maestras contemporáneas. Edicions de la Universitat de Lleida.

Morgado, J. C., Souza, J., & Pacheco, J. A. (2020). Transformações educativas em tempos de pandemia: do confinamento social ao isolamento curricular. Práxis Educativa, 15. https://doi.org/10.5212/PraxEduc.v.15.16197.062

Munhoz, A. V, Costa, C. B. da., & Ohlweiler, M. (2016a). Currículo, Espaço, Movimento: notas de pesquisa. Univates.

Munhoz, A. V. (2016). Currículo entre linhas dançantes. Em A. V. Munhoz, C. B. Costa, & M. Ohlweiler. Currículo, Espaço, Movimento: notas de pesquisa (pp. 41-48). Ed. Univates.

Munhoz, A. V., & Hattge, M. D. (2015). Algumas notas sobre espaços e movimentos do currículo. Espaços do currículo, 8(3), 317-322. https://doi.org/10.15687/rec.v8i3.27464

Munhoz, A. V., Costa, C. B. (2014). Genealogia e imoralidade: o currículo entre experimentações nômades e estratificações sedentárias. Linhas, 15(29), 347-361. https://doi.org/10.5965/1984723815292014423

Munhoz, A. V., Costa, C. B., & Guedes, B. (2016b). Notas sobre uma Residência Pedagógica no Museu de Arte do Rio. Gearte, 3(3). https://doi.org/10.22456/2357-9854.67052

Munhoz, A. V., Guedes, B., & Crizel, A. P. (2016c). Sobre arte e deslocamentos: movimentos curriculares na Fundação Iberê Camargo. VIII Colóquio Internacional de Filosofia e Educação. Rio de Janeiro, Brasil.

Munhoz, A. V., Olegário, F., & Freitas, F. (2020). Aula, pensamento e nomadismo. Debates em educação, 12(27). https://doi.org/10.28998/2175-6600.2020v12n28p404-414

Munhoz, A. V., Zanotelli, A., & Roos, B. (2018). Das imagens que habitam um pensamento de currículo -pesquisa. Educação: Teoria e Prática, 28(59), 682-698. http://doi.org/10.18675/1981-8106.vol28.n59.p682-698

Narodowski, M. (2020). Onze teses urgentes para uma pedagogia do contra-isolamento. Pansophia Project. http://pensaraeducacao.com.br/blogpensaraeducacao/onze-teses-urgentes-para-uma-pedagogia-do-contra-isolamento

Nietzsche, F. (1998). Genealogia da moral: uma polêmica (Tradução, notas e posfácio de Paulo César de Souza). Companhia das Letras.

Nietzsche, F. (2005). Além do bem e do mal: prelúdio a uma filosofia do futuro (Tradução, notas e posfácio Paulo César de Souza). Companhia das Letras.

Ribeiro, I. W., Munhoz, A. V., & Detoni, P. (2020). Prática Curricular no Ensino Superior: Gênero e Experimentação. Revista Científica Novas Configurações – Diálogos Plurais, 1(2), 95-105. http://doi.org/10.4322/2675-4177.2020.024

Roos, B. M., & Munhoz, A. V. (2015). O ensino por meio de oficinas. Revista de Iniciação Científica da ULBRA, 13, 198-204. http://www.periodicos.ulbra.br/index.php/ic/article/view/1405/1183

Santos, B. S. (2020). A cruel pedagogia do vírus. Almedina.

Schonffeldt, S., & Munhoz, A. V. (2017). Currículo e transcriação: entre aquarelas e têmperas. Debates em educação, 9(19), 57-67. https://doi.org/10.28998/2175-6600.2017v9n19p57

Schwertner, S. F. (2016). Escultural como somente o humano pode ser: quando o hiper-realismo nos convoca a pensar o currículo. Em A. V. Munhoz, C. B. Costa, & M. Ohlweiler. Currículo, Espaço, Movimento: notas de pesquisa (pp. 67-80). Ed. Univates.

Schwertner, S. F., & Munhoz, A. V. (2017). Imagens da escola e suas funções na contemporaneidade: o discurso de estudantes concluintes do Ensino Médio. Revista Imagens da Educação, 7(1), 58-69. https://doi.org/10.4025/imagenseduc.v7i1.30285

Schwertner, S. F., Roveda, A. W., & Lopes, M. I. (2016). Estratégias curriculares em espaços escolares. Pro-Posições, 27(1), 197-210. https://doi.org/10.1590/0103-7307201607911

Schwertner, S. F., Schuck, N., Zanotelli, A., & Hattge, M. (2017). Arte e docência: notas sobre o Projeto Transvisões. Revista Educação, Artes e Inclusão, 13(3), 52-72. http://www.revistas.udesc.br/index.php/arteinclusao/article/view/9767/pdf

Silva, T. T. (2001). Documentos de identidade: uma introdução às teorias do currículo. Autêntica.

Downloads

Publicado

22.07.2022

Como Citar

Munhoz, A. V., Hattge, M. D., Schwertner, S. F., & Ohweiler, M. I. (2022). O currículo em espaços escolares e não-escolares: genealogia de uma pesquisa. Linhas Crí­ticas, 28, e41214. https://doi.org/10.26512/lc28202241214

Artigos Semelhantes

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.