A aula universitária: resultados de um estudo empírico sobre o gerenciamento do tempo

Autores

  • Roberto Puentes Universidade Metodista de Piracicaba
  • Orlando Aquino Professor do Centro Cultural da Língua Espanhola de Uberlândia, MG

DOI:

https://doi.org/10.26512/lc.v14i26.3434

Palavras-chave:

Ensino universitário;, A aula;, Tempo escolar

Resumo

O artigo apresenta os resultados parciais de uma pesquisa empírica realizada entre 2005 e 2007, em uma instituição particular de ensino superior brasileira, com o objetivo de identificar, analisar e avaliar a gestão eficaz do tempo escolar. Foram entrevistados 144 professores, 279 alunos e nove coordenadores, e avaliadas 72 aulas e o calendário acadêmico institucional. Os dados levantados permitiram constatar um fato, no mínimo, alarmante e assustador: mais de 50% do tempo escolar universitário (tempo acadêmico, tempo da aula, tempo planejado, tempo atribuído, tempo na tarefa, tempo de aprendizagem, tempo necessário e tempo de estudo) previsto para uma aprendizagem efetiva por parte dos alunos está sendo desperdiçado ou mal gerenciado. Por esse motivo, a aula tornou-se um produto em falta, o que pode ajudar a compreender melhor os problemas associados à baixa qualidade dos processos de ensino-aprendizagem e o mau desempenho técnico, profissional, humano e político apresentado pelos estudantes.

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Biografia do Autor

Roberto Puentes, Universidade Metodista de Piracicaba

Doutor em Educação pela Universidade Metodista de Piracicaba, Brasil (2005). Professor do Programa de Pós-Graduação em Educação do Centro Universitário do Triângulo (Unitri), Uberlândia, MG

Orlando Aquino, Professor do Centro Cultural da Língua Espanhola de Uberlândia, MG

Doutor em Ciências Pedagógicas pelo Instituto Superior Pedagógico Félix Varela, Santa Clara, Cuba (2002). Professor convidado da Universidade Federal de Uberlândia. Professor do Centro Cultural da Língua Espanhola de Uberlândia, MG

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Publicado

31.08.2008

Como Citar

Puentes, R., & Aquino, O. (2008). A aula universitária: resultados de um estudo empírico sobre o gerenciamento do tempo. Linhas Crí­ticas, 14(26), 111–130. https://doi.org/10.26512/lc.v14i26.3434

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