Afeto e auto-estima nas relações interativas em início de escolarização
DOI:
https://doi.org/10.26512/lc.v13i25.3414Palavras-chave:
Afeto;, Auto-estima;, Desenvolvimento infantil;, Início de escolarizaçãoResumo
Este artigo, à luz da perspectiva sócio-histórico-cultural, discute o afeto e a auto-estima nas relações diádicas professora-alunos e alunos-alunos no início da escolarização. Discorre acerca dos principais conceitos envolvidos e destaca os papéis da comunicação e da metacomunicação em tais interações, relacionando-os à construção da auto-estima. Sumariza estudo empírico realizado pelo autor envolvendo 12 crianças de uma 1ª Série do Ensino Fundamental (atual Segundo Ano) de uma escola pública no DF (seis com indícios de desejável e seis de indesejável auto-estima). Objetivou, entre outras questões, compreender as possíveis motivações potencialmente incrementadoras de mudanças no curso dos processos de construção da auto-estima, a partir das interações comunicativas e metacomunicativas diádicas crianças-crianças e professora-crianças. Entre as principais conclusões, sugere-se o premente e permanente investimento na qualidade das interações comunicacionais e metacomunicacionais afetivas no contexto estudado para a ampliação das possibilidades da construção mais desejável possível da auto-estima dos nossos pequenos escolares.
Downloads
Referências
ARISTÓTELES. Ética a Nicômacos. Brasília: Edunb, 2001.
BATESON, Gregory. Steps to an ecology of mind: collected essays in anthropology, psychiatry, evolution,and epistemology. New York: Ballantine, 1972.
BERNE, Eric. Os jogos da vida:a psicologia transacional e o relacionamento entre as pessoas. SãoPaulo: Nobel, 1995.
BERNET, Christine; RICK, Ingram; BRENDA, Johnson. Self-esteem. In: COSTELLO, CharlesG. (Ed.). Symptoms of depression.New York: Wiley, 1993. p. 85-86.
BRANCO, Ângela; VALSINER, Jaan. Changing methodologies: a co-construtivist study of goalorientation in social interactions. Psychology and Developing Societies, London, v. 9, n. 1, p. 35-64,1997.
COOPERSMITH, Stanley. The antecedents of self-esteem. San Francisco: Freeman, 1967.
CUNHA, Antônio. Dicionário etimológico Nova Fronteira da língua portuguesa. Rio de Janeiro:Nova Fronteira, 1986.
DEL PRETTE, Zilda; PAIVA, Mirella; DEL PRETTE, Almir. Contribuições do referencial dashabilidades sociais para uma abordagem sistêmica na compreensão do processo de ensino-apren-dizagem.Interações, São Paulo, v. 10, n. 20, p. 57-72, jul.-dez., 2005.
DeMAUSE, Lloyd. Historia de la infancia. Madrid: Alianza, 1995.
FERREIRA, Aurélio Buarque. Novo Aurélio século XXI: O dicionário da língua portuguesa. Rio deJaneiro: Nova Fronteira, 1999.
FLETCHER, Kathryn; HUFFMAN, Lisa; BRAY, Norman; GRUPE, Lisa. The Use of theMicrogenetic Method with Children with Disabilities: Discovering Competence. DevelopmentalTheory and Research, Philadelphia, v. 9, 1998. Disponível em: <http://www.uab.edu/cogdev/earlyed.htm>.Acesso em: 6 abr. 2005.
GALVÃO, Isabel. Wallon:uma concepção dialética do pensamento infantil. Petrópolis: Vozes,1995.
GARCIA, Regina Leite. O afeto entra mais na escola desta vez por outras portas. Revista Proposta,Rio de Janeiro, v. 28, n. 83, p. 32-38, dez. 1999.
GOODLAD, John. A place called school:prospects for the future. Hightstown, New Jersey:McGraw Hill, 1983.
JAMES, William. Principles of psychology.New York: H. Holt, 1890. Disponível em:<http://psychclassics.yorku.ca/James/Principles/prin10.htm>. Acesso em: 30 ago. 2005.
HUMPHREYS, Tony. Auto-estima:a chave da educação para seu filho. São Paulo: Ground, 2001.
LEITE, Isabel. Emoções, sentimentos e afetos:uma reflexão sócio-histórica. Araraquara: JM, 1999.
MACCOBY, Elleanor. Social development. New York: Wiley, 1980.
MACIEL, Diva; BRANCO, Ângela; VALSINER, Jaan. Bidirectional process of knowledgeconstruction in teacher-student transaction. In: BRANCO, Angela; VALSINER, Jaan (Orgs.).Communication and metacommunication human development. Connecticut: IAP, 2004, p. 109-125.
MINKOWSKI, Eugène. Vers une cosmologie.Paris: Éditions Payot & Rivages. Trad.: NorbertoAbreu e Silva Neto para uso dos alunos da disciplina Epistemologia da Psicologia do Instituto dePsicologia da UnB, 1999.
PIAGET, Jean. The relation of affetivity to intelligence in the mental development of the child.Bulletin of the Menninger Clinic, London, v. 26, n. 3, p. 158-200, mar. 1962.
PRADO, Adélia. Poesia reunida. São Paulo: Siciliano, 1991.
SCHORE, Allan. An Interview with Allan Schore, 'the American Bowlby'. In: The Psychotherapist,London, 2001. Disponível em: .Acesso em: 29 nov. 2006.
SIEGLER, Robert; CROWLEY, Kevin. The microgenetic method: a direct means for studyingcognitive development. American Psychologist, Washington D.C., v. 46, n. 6, p. 606-620, 1991.
SILVA, Cassiane. Afetividade e cognição:a dicotomia entre o “saber” e o “sentir” na escola. Porto:2004. Disponível em: . Acesso em: 1 dez. 2006.
SWAYZE, Marian. Self-concept development in young children. In: YAWKEY, Thomas D.(Org.). The self-concept of the young child. Provo: Brigham Young University Press, 1980.
UNICEF. Situação mundial da infância. (2005). Disponível em: . Acesso em:30 jan. 2008.
______. Situação mundial da infância. (2006). Disponível em: . Acesso em:30 jan. 2008.
______. Situação mundial da infância. (2007). Disponível em: . Acesso em:30 jan. 2008.
UNICEF. Situação mundial da infância. (2008). Disponível em: . Acesso em:30 jan.2008.
VALSINER, Jaan. Human development and culture:the social nature of personality and its study.Lexington, MA: Lexington Books, 1989.
______. Affective fields and their development. In: ______. Comparative Study of human cultural development. Madrid: Fundación Infancia y Aprendizaje, 2001, p. 159-181.
VIGOTSKI, Liev Semionovich. Teoria e método em psicologia. São Paulo: Martins Fontes, 1996.
WANG, Younghee. Metacommunication and problem solving in a collaborative task of young children.1999. 115f. Thesis submitted to the University of Massachusetts for degree of doctor of education.Massachusetts, USA.
WEREBE, Maria José Garcia; NADEL-BRULFERT, Jaqueline. Henri Wallon. São Paulo: Ática,1986.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2016 Linhas Críticas

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Todas as publicações da revista Linhas Críticas serão licenciadas sob uma licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0). Isso significa que qualquer pessoa tem o direito de:
Compartilhar — copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato;
Adaptar — remixar, transformar, e criar a partir do material para qualquer fim, mesmo que comercial.
As pessoas autoras não podem revogar estes direitos desde que sejam respeitados os termos da licença.
Conforme os termos:
Atribuição — as pessoas leitoras devem atribuir o devido crédito, fornecer um link para a licença, e indicar se foram feitas alterações. As pessoas leitoras podem fazê-lo de qualquer forma razoável, mas não de uma forma que sugira que o licenciante o apoia ou aprova o seu uso.
Sem restrições adicionais — as pessoas autoras não pode aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo que a licença permita.
Autores/as que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Pessoas autoras mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, sendo o trabalho simultaneamente licenciado sob a licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0), o que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Pessoas autoras têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Pessoas autoras têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais, repositórios préprint ou na sua página pessoal) qualquer ponto antes do envio da versão final do artigo à revista, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
