Coesão textual em português como segunda língua
DOI:
https://doi.org/10.26512/rhla.v20i2.40034Palavras-chave:
Coesão textual, Textos escritos, Português como segunda língua, Estudantes universitáriosResumo
A coesão textual é uma das propriedades pertinentes no âmbito de estudos sobre os mecanismos de textualidade. Nesse contexto, à luz dos princípios teóricos da linguística textual e da aprendizagem das línguas, este estudo descreve os aspectos de coesão em textos escritos por 49 estudantes de licenciatura em Línguas de Sinais de Moçambique. Esse grupo de estudantes tem como um dos componentes curriculares a disciplina de Português. A análise de dados, conduzida com base em uma abordagem mista, indica que os alunos de graduação têm dificuldades de construir textos coesos. De modo geral, observam-se dificuldades na escrita, sobretudo no âmbito da coesão sequencial. Os problemas observados dizem respeito à coesão através da recorrência de recursos fonológicos segmentais e suprassegmentais e da progressão temática por justaposição e por conexão lógico-semântica. Esses problemas sublinham, entretanto, a necessidade de melhorias no ensino-aprendizagem da escrita e, de forma particular, dos mecanismos de coesão textual.
Downloads
Referências
ATANÁSIO, N. O uso de operadores argumentativos opinativos na produção escrita de alunos da 12ª classe do ensino secundário geral em Moçambique: implicações semântico-discursivas. 2017. 329f. Tese (Doutorado em Linguística) – Universidade Eduardo Mondlane, Maputo, 2017.
ANTUNES, I. C. Muito além da gramática: por um ensino sem pedras no caminho. Belo Horizonte: Parábola, 2007.
AZEREDO, C. J de. Fundamentos da gramática do português. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2000.
BAGNO, M. Preconceito linguístico: o que é, como se faz. São Paulo: Loyola, 1999.
BERNÁRDEZ, E. Introdución a la Linguística del Texto. Madrid: Espasa-Calpe. S. A., 1982
CARRELL, P. L. Cohesion is not coherence. TESOL Quarterly, v. 16, n. 4, p. 479-488,1982.
CHALUCUANE, B. D. P.; BASSO, R. M. Lheísmo no português de Moçambique. Estudos da Língua(gem), Vitória da Conquista, v. 17, n. 3, p. 97-108, 2019.
COSSENTINI, A. A. A coesão na produção textual: um estudo sobre textos produzidos por alunos da educação de jovens e adultos. 2002. 251f. Dissertação (Mestrado em Linguística) – Universidade Estadual Paulista, Assis, SP, 2002.
COSTA VAL, M. G. Redação e textualidade. São Paulo: Martins Fontes, 1994.
DIAS, H. N. As desiguldades sociolinguísticas e o fracasso escolar. Maputo: Promídia, 2002.
FÁVERO, L. L. Coesão e coerência textuais. São Paulo: Ática, 1997.
FÁVERO, L. L.; KOCH, I. G. V. Linguística Textual: introdução. São Paulo: Cortez Editora, 2000.
FIRMINO, G. D. Ascensão de uma norma endógena do português em Moçambique: desafios e perspectivas. Gragoatá, Niterói, v. 26, n. 54, p. 163-192, 2021.
FONSECA, J. Linguística e texto/discurso: teoria, descrição e aplicação. Lisboa: ICLP, 1992.
GONÇALVES, P. A génese do português de Moçambique. Lisboa: Imprensa Nacional Casa da moeda, 2010.
GONÇALVES, P. Aspectos morfossintáticos da gramática do português de Moçambique: a concordância nominal e verbal. Cuadernos de la Alfal, n. 7, p. 9-16, 2015.
HALLIDAY, M. A. K.; HASAN, R. Cohesion in English. London: Longman, 1976.
JAMAL, M. V. M. A Produção escrita dos alunos da 12.ª classe: coerência textual. 2014. 141f. Dissertação (Mestrado em Linguística) – Universidade de Aveiro, Aveiro, 2014.
KOCH, I. G. V. A coesão textual. São Paulo: Contexto, 1994.
KOCH, I. G. V. Desvendando os segredos do texto. São Paulo: Cortez, 2003.
KOCH, I. G. V.; TRAVAGLIA, L. A coerência textual. São Paulo: Contexto, 2001.
KRASHEN, S. Second language acquisition and second language learning. New York, NY: Pergamon Press, 1981.
KRASHEN, S. The input hypothesis: Issues and Implications. London/New York: Longman, 1985.
LOPES, A. J. Política linguística: princípios e problemas. Maputo: Livraria Universitária-UEM, 1997.
LOPES, A. J. O aluno universitário moçambicano PL2 e os caminhos da escrita: um trilho seguro vale mais do que os dois que puseram a quizumba a mancar. Linha D'Água, São Paulo, v. 31, n. 1, p. 29-49, 2018.
MAINGUENEAU, D. Os termos-chave da análise do discurso. Tradução de Maria Adelaide P. P. Coelho da Silva. Lisboa: Gradiva, 1997.
MARCUSCHI, L. A. Lingüística textual, o que é e como se faz. Recife: Universidade Federal de Pernambuco, 1983. (Série Debates, v. 1).
NHATUVE, D. Reflexão sobre a normatização do português de Moçambique. Fórum linguístico, Florianópolis, v. 14, n. 2, p. 1997-2007, 2017.
NHATUVE, D. Para a normatização do português de Moçambique: aspectos do uso do imperativo por estudantes universitários. Domínios de Lingu@gem, Uberlândia, v. 12, n. 1, p. 465-491, jan.-mar. 2018.
NHATUVE, D.; FONSECA, M. C. Aspectos da sintaxe do português falado no sul de Moçambique. Revista de Letras, Vila Real, série II, n. 11, p. 145-156, 2013.
PERES, J.; MÓIA, T. Áreas críticas da língua português. Lisboa: Caminho, 1995.
PERINI, M. Gramática descritiva do português. São Paulo: Ática, 2006.
TÁRNYIKOVÁ, J. From text to texture. An introduction to processing strategies. Olomouc: Edicní rada – Ucebnice, 2009.
TREVISO, D. Sustentação de problemas de escrita em textos de alunos de graduação e da formação escolar básica. Estudos Semióticos, v. 6, n. 2, p. 125-132, 2010. Disponível em: www.fflch.usp.br/dl/semiotica/es. Acesso em: 17 jul. 2019.
VAN DIJK, T. A. Some aspects of text grammar. Paris: The Hague/Mouton, 1972.
VANPATTEN, B. Processing instruction: theory, research, and commentary. Mahwah, NJ: Lawrence Erlbaum Associates, 2004.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Revista Horizontes de Linguistica Aplicada

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.

Artigos publicados pela Revista Horizontes de Linguística Aplicada são licenciados sob uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.
Ao publicar na Horizontes de Linguística Aplicada, os autores concordam com a transferência dos direitos autorais patrimoniais para a revista. Os autores mantêm seus direitos morais, incluindo o reconhecimento da autoria.
Autores e leitores têm o direito de:
Compartilhar — copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato
De acordo com os termos seguintes:
- Atribuição — Você deve dar o crédito apropriado , prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas . Você deve fazê-lo em qualquer circunstância razoável, mas de nenhuma maneira que sugira que o licenciante apoia você ou o seu uso.
- NãoComercial — Você não pode usar o material para fins comerciais .
- SemDerivações — Se você remixar, transformar ou criar a partir do material, você não pode distribuir o material modificado.
- Sem restrições adicionais — Você não pode aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo que a licença permita.


