Conflitos macroculturais e a sala de aula de língua inglesa
DOI:
https://doi.org/10.26512/rhla.v14i2.1402Palavras-chave:
Interculturalidade;, Macrocultura;, Microculturas;, Etnografia;, Inglês;, Escola públicaResumo
Resumo
O presente artigo visa analisar o diálogo intercultural que ocorre em uma sala de aula de língua inglesa de uma escola pública da Rede Municipal de Ensino de Goiânia, capital do Estado de Goiás. Por se tratar de um estudo de cunho etnográfico, foram utilizadas as seguintes técnicas de geração de dados: a observação-participante, anotações de campo e gravações em vídeo. A partir desses instrumentos, procuramos, por meio da análise dos domínios culturais sugerida por Spradley (1980), interpretar os sentidos e os valores que os participantes atribuem à s suas ações e à s ações dos outros, como questionam seus papéis sociais e interpretam valores macroculturais de acordo com a sua própria microcultura. A análise dos dados demonstrou que o diálogo intercultural entre professora e alunos ocorre via embates. Também foi possível identificar os diferentes significados culturais que a sala de aula tem para a professora e para os alunos.
Palavras-chave: interculturalidade ”“ macro e microculturas ”“ etnografia ”“ inglês- escola pública
Abstract
This article discusses the intercultural dialogue between an English teacher and her students from a public school in Goiânia. It is a qualitative study based on ethnography in which the following instruments of generating data were used: participant observation, field notes and video recording. All the data are discussed following the ethnographic research directions and the domain analyses theory suggested by Spradley (1980). Through the cultural domains, it was possible to identify how the participants interpret theirs and others’ actions, how they question their social roles and interpret some macrocultural values according to their own microculture. The data analyses demonstrated how the intercultural dialogue between the teacher and her students is conflicted. In addition, it was possible to identify the different cultural meanings teacher and students give to the classroom.
Keywords: intercultural dialogue ”“ macro and microcultures - ethnography ”“ English ”“ public school
Downloads
Referências
AGAR, Michael. Language shock: understanding the culture of conversation.New York: William Morrow, 1994.
ANDRÉ, Marli El.D.A.Etnografia da prática escolar. Campinas, SP: Papirus, 12ed., 2005.
CELANI, Maria Antonieta A. Ensino de línguas estrangeiras: ocupação ou profissão? In: LEFFA, Vilson. O professor de línguas estrangeiras: construindo a profissão. Pelotas: EDUCAT, 2006.p. 23-43.
ERICKSON, Frederick. What makes school ethnography ‘ethnographic’? In: Anthropology and Education Quarterly, v. 15,p.51-66, 1984.
ERICKSON, Frederick. Qualitative methods in research on teaching. In: WITTROCK, MerlinC. (Ed.) Handbook of research on teaching. 3ed. New York: Macmillan, 1986.p. 119-161.
GADAMER, Hans-Georg.Verdade e método. 3ed. Tradução de F.P. Meurer. Petrópolis:Vozes, 1999.
GALLOWAY, Vicki. Toward a cultural reading of authentic texts. In: HEUSINKVELD, PaulaR. (Ed.). Pathways to culture. Yarmouth: Intercultural Press, 1997. p. 255-302.
GRAY, John.The global coursebook in English language teaching. In: BLOCK, David.; CAMERON, Deborah(Eds). Globalization and language teaching. New York: Routledge, 2002.p. 151-167.
JIN, Lixian;CORTAZZI, Martin.The culture the learner brings: a bridge or a barrier? In: BYRAM, Michael; FLEMING, Michael(Ed.). Language learning in intercultural perspective. Cambridge: Cambridge University Press, 1998.p. 98-118.
KERDEMAN, Deborah.Between Interlochen and Idaho: hermeneutics and education for understanding. Philosophy of Education, 1998.
MAGNO E SILVA, Walkyria.Livros didáticos: fomentadores ou inibidores da autonomização? In: DIAS, Reinildes;CRISTOVÃO, Vera Lúcia L.(Orgs).O livro didático de língua estrangeira; múltiplas perspectivas. Campinas: Mercado de Letras,2009. p. 57-88.
MENDES, Edleise.Por queensinar língua como cultura? In: SANTOS, Percilia; ORTIZ ALVAREZ, Maria Luisa(Orgs.).Língua e cultura no contexto de português língua estrangeira. Campinas, SP: Pontes Editores, 2010. p. 53-77.
NIEDERAUER, Marcia Elenita F.Estranhamentos culturais em sala de aula de português para estrangeiros. In: SANTOS, Percilia;ORTIZ ALVAREZ, Maria Luisa (Orgs.). Língua e cultura no contexto de português língua estrangeira. Campinas, SP: Pontes Editores, 2010. p. 101-121.
REES, DilysKaren; MELLO, HeloísaA.B. A investigação etnográfica na sala de aula de segunda língua/ língua estrangeira. Cadernos do IL, n. 42, p. 30-50, junho de 2011. Disponível em:http://www.seer.ufrgs.br/cadernosdoil/.Acesso em15mar. 2014.
RISAGER, Karen. Languaculture as a key concept in language and culture teaching. In: PREISLER, Bent;FABRICIUS, Anne;HABERLAND, Hartmut;KJAERBECK, Susanne;RISAGER, Karen(Eds).The consequence of mobility. Roskilde: Roskilde University, 2005.p. 185-196.
SPRADLEY, James.Participant observation. Fort Worth: Harcourt Brace College Publishers, 1980.
WATSON-GEGEO, KarenAnn. A etnografia na sala de aula de segunda língua: definindo o que é essencial. Trad. Heloísa Augusta Brito de Mello e Dilys Karen Rees. Signótica, v. 22, n. 2, p. 515-539, 2010.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença

Artigos publicados pela Revista Horizontes de Linguística Aplicada são licenciados sob uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.
Ao publicar na Horizontes de Linguística Aplicada, os autores concordam com a transferência dos direitos autorais patrimoniais para a revista. Os autores mantêm seus direitos morais, incluindo o reconhecimento da autoria.
Autores e leitores têm o direito de:
Compartilhar — copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato
De acordo com os termos seguintes:
- Atribuição — Você deve dar o crédito apropriado , prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas . Você deve fazê-lo em qualquer circunstância razoável, mas de nenhuma maneira que sugira que o licenciante apoia você ou o seu uso.
- NãoComercial — Você não pode usar o material para fins comerciais .
- SemDerivações — Se você remixar, transformar ou criar a partir do material, você não pode distribuir o material modificado.
- Sem restrições adicionais — Você não pode aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo que a licença permita.


