Internacionalização e língua inglesa em uma instituição pública de ensino

Autores

DOI:

https://doi.org/10.26512/rhla.v24i1.55809

Palavras-chave:

Internacionalização, Língua inglesa, Nível de proficiência em inglês, Proficiência linguística

Resumo

Discussões sobre língua inglesa e internacionalização em instituições acadêmicas não consistem em algo novo, uma vez que investigações desenvolvidas na década de 1990 na Europa podem ser facilmente encontradas. Entretanto, no Brasil, a internacionalização ainda necessita de ajustes para atingir uma melhor eficácia, segundo o relatório da Capes (Brasil, 2017). Este estudo de caso tem o objetivo de compreender as visões de diretor e professores de uma instituição de ensino pública sobre internacionalização e língua inglesa. Suas opiniões são analisadas por meio de questionários, assim como pelo plano estratégico de internacionalização da instituição. Os resultados demonstram que apesar da internacionalização e o inglês serem considerados muito importantes pelos participantes, o nível de proficiência na língua de muitos docentes ainda é básico, e a maioria deles ainda não está realmente envolvida na internacionalização. Além disso, é necessário ajustes para alinhar o processo de internacionalização do campus e o documento norteador. 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Nathalia Paixão, Instituto Federal de São Paulo

Aluna do bacharelado em Química Industrial pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo. Bolsista de iniciação científica em linguista aplicada no IFSP e monitora de turmas na mesma instituição. Técnica em administração empresarial pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo.

Eliana Kobayashi, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo

Pós doutorada na Universidade Federal de São Carlos na área de avaliação de proficiência em língua inglesa. É mestre e doutora em Linguística Aplicada pela UNICAMP, tem graduação em Comunicação Social pela UNESP, graduação em Letras pela Universidade de Mogi das Cruzes, especialização em Administração de Marketing pela Universidade de Marília. Além disso, tem certificação TESOL training pela Northern Virginia Community College - Estados Unidos (Bolsa Capes) e certificação ICELT (In-service Certificate in Language Teaching) da Universidade de Cambridge - Inglaterra. Atuou na área de comunicação em empresas no Brasil e exterior, tendo experiência internacional no Japão, onde participou de um programa de intercâmbio profissional, e em Londres, onde estudou inglês para negócios. Desenvolveu pesquisas com a Universidade de Cambridge (Inglaterra) na área de efeito retroativo de exames internacionais de proficiência (Cambridge ESOL Funded Research Programme, Round Three) e também sobre a avaliação de proficiência em língua inglesa na formação de professores de inglês (Cambridge English Funded Research Programme, Round Eight). Além disso, tem experiência como examinadora oral dos exames da Universidade de Cambridge nos níveis PET, KET, FCE, CAE e CPE. Docente das disciplinas de comunicação empresarial, Inglês para Propósitos Específicos e leitura, interpretação e produção de textos, metodologia científica, redação empresarial e projeto integrador no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo. Atualmente, desenvolve pesquisas na área de Lingüística Aplicada relacionadas aos seguintes temas: avaliação em língua inglesa, efeito retroativo de testes de alta relevância e inglês para negócios. Possui certificação de proficiência em língua inglesa - CPE da Cambridge (Certificate of Proficiency in English), BULATS (Business Language Testing Service) nível C2 e TOEFL ITP .

Referências

ALTBACH, P. G.; KNIGHT, J. The internationalization of higher education: Motivations and realities. Journal of studies in international education, v. 11, n. 3-4, p. 290-305, 2007.

AMERICAN COUNCIL ON EDUCATION CIGE A [Online]. Model for Comprehensive Internationalization. Available:https://www.acenet.edu/Research-Insights/Pages/Internationalization/CIGE-Model-for-Comprehensive-Internationalization.aspx > Accessed 30 july 2021.

BAUMVOL, L. K., SARMENTO, S. A internacionalização em casa e o uso de inglês como meio de instrução. Florianópolis: Echoes, 2016.

BAUMVOL, L K. O uso do inglês como meio de instrução no contexto do ensino superior brasileiro: percepções de docentes. In: IX COLÓQUIO DE LINGUÍSTICA, LITERATURA E ESCRITA CRIATIVA, [DES]LIMIARES DA LINGUAGEM, Porto Alegre, RS. Anais. Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). p. 362- 370. 2016.

BRASIL. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. A internacionalização na Universidade Brasileira: resultado do questionário aplicado pela Capes. Brasília, 2017.

CARDOSO, N. N. F. L. Você (não) precisa aprender inglês se quer ser pesquisador(a)!”: o inglês como língua da comunicação cientifica na visão de estudantes pesquisadores(as) em ensino de ciências. Tese de Doutorado. Universidade Federal da Bahia, 2020.

CARVALHO, S. B. R. de; ARAÚJO, G. C. Gestão da internacionalização das instituições de ensino superior. Avaliação: Revista da Avaliação da Educação Superior (Campinas), v. 25, p. 113-131, 2020.

CORRALES, K. A.; REY, L. A. P.; ESCAMILLA, N. S. Is EMI enough? Perceptions from university professors and students. Latin American Journal of Content & Language Integrated Learning, v. 9, n. 2, 2016.

COLEMAN, J. A. English-medium teaching in European Higher Education. Language Teaching, 39(1) pp. 1–14, 2006.

DENZIN, N. K. Sociological methods. Nova York: McGraw-Hill, 1978.

EL KADRI, M. S.; GIMENEZ, T. Formando professores de inglês para o contexto do inglês como língua franca. Acta Scientiarum. Language and Culture, v. 35, n. 2, p. 125-133, 2013.

FINARDI, K.; ROJO, R. Globalization, internationalization and education: what is the connection? International E-Journal of Advances in Education, v. 1, n. 1, p. 18-25, 2015.

FLICK, U. An introduction to qualitative research: Theory, method and applications. London: Sage, 1998.

GUIMARÃES, R. M.; PEREIRA, L. S. M. Mapeamento dos estudos sobre políticas linguísticas e internacionalização no Brasil: uma selfie. In: Forum linguístico. 2021. p. 5596-5617.

HUDZIK, J. K. Comprehensive internationalization. Washington, DC: NAFSA, The Association of International Educators, 2011.

HOFLING, C. ZACARIAS, R.A.S. (EMI) O uso de inglês como meio de instrução: impacto na internacionalização, mobilidade acadêmica e formação de estudantes. In: LUCAS, P. O.; RODRIGUES, R.F.L. Temas e Rumos nas Pesquisas em Linguística Aplicada. Campinas: Pontes Editores, 2017.

JENKINS, J. 2009. English as a lingua franca: interpretations and attitudes. World Englishes, 28.2: 200–207.

KNOBEL, M. Internationalizing Brazil's Universities: Creating Coherent National Policies Must Be a Priority. Research & Occasional Paper Series: CSHE. 11.11. Center for Studies in Higher Education, 2011.

KIM, EG. Korean engineering professors' views on English language education in relation to English-medium instruction. Journal of Asia TEFL, v. 11, n. 2, 2014.

KNIGHT, J. Internationalization remodeled: Definition, approaches, and rationales. Journal of studies in international education, v. 8, n. 1, p. 5-31., 2004.

KOBAYASHI, E. Efeito retroativo de um exame de proficiência em língua inglesa em um núcleo de línguas do programa Inglês sem Fronteiras. Tese de Doutorado, Instituto de Estudos da Linguagem, Unicamp, São Paulo, 2016.

LAUS, S. P.; MOROSINI, M. C. Internationalization of higher education in Brazil. Higher Education in Latin America, p. 111, 2005.

MACARO, E. English Medium Instruction. Oxford University Press, 2018.

MAGALHÃES, J. A convenção de Bolonha e a reforma do ensino universitário. A Universidade Iluminista (1929-2009). De Alfred Whitehead a Bologna, p. 251-263, 2011.

MATIAS, G.; XAVIER, L. B. Os novos ares trazidos pelo Processo de Bolonha. Getulio, n. 07, 2008.

MATTAR, F. N. Pesquisa de marketing-edição compacta. Elsevier Brasil, 2013.

MEADOWS. A. J. A comunicação científica. Brasília: Briquet de Leme Livros, 1999.

MIRANDA, J. A. A. de; STALLIVIERI, L. Para uma política pública de internacionalização para o ensino superior no Brasil. Avaliação: Revista da Avaliação da Educação Superior (Campinas), v. 22, p. 589-613, 2017.

NEVES, C. E. B.; BARBOSA, M. L. O. Internacionalização da educação superior no Brasil: avanços, obstáculos e desafios. Sociologias, v. 22, p. 144-175, 2020.

ORTELANI, M. P. Internacionalização universitária e seus impactos na concepção de ação docente de professores universitários na área das engenharias. 2017.

ROMANI-DIAS, M.; CARNEIRO, J. M. T.; BARBOSA, A. S. A internacionalização de Instituições de Ensino Superior: proposição de modelo conceitual a partir do papel dos pesquisadores. Encontro da ANPAD-EnANPAD, 2017.

SARMENTO, Simone; ABREU-E-LIMA, D. M.; MORAES, W. B. Do Inglês sem Fronteiras ao Idiomas sem Fronteiras: a construção de uma política linguística para a internacionalização. Belo Horizonte:UFMG, 2016.

SOBRINHO, J. D. O processo de Bolonha. ETD-Educação Temática Digital, v. 9, n. esp., p. 107-132, 2007.

SUZINA, A. C. English as lingua franca. Or the sterilisation of scientific work. Media, Culture & Society, v. 43, n. 1, p. 171-179, 2021.

PEREIRA, P.; HEINZLE, M. R. S. Professor cosmopolita: as ações sociais de internacionalização nos programas de pós-graduação. ETD Educação Temática Digital, v. 22, n. 3, p.694-711, 2020.

VIEIRA, A. C. Internacionalização da educação superior brasileira: uma nova fase se inicia após o Ciência sem Fronteiras e o Inglês sem Fronteiras? Repositório UNB, Brasília, no 2019, p. 1-86,26 jul. 2019.

VILA, F. Xavier. The hegemonic position of English in the academic field: Between scientific diglossia and academic lingua franca. European Journal of Language Policy, v. 13, n. 1, p. 47-73, 2021.

VINKE, A. A.; SNIPPE, J.; JOCHEMS, W. English‐medium Content Courses in Non‐English Higher Education: a study of lecturer experiences and teaching behaviours. Teaching in Higher Education, v. 3, n. 3, p. 383-394, 1998.

WELLER, W.; REIS, J. Mobilidade estudantil de universitários oriundos do ensino médio público: experiências com o programa Ciência sem Fronteiras. Pro-Posições, v. 33, p. e20210062, 2022.

WIELEWICKI, H. de G.; OLIVEIRA, M. R. Internacionalização da educação superior: Processo de Bolonha. Ensaio: Avaliação e Políticas Públicas em Educação, v. 18, p. 215-234, 2010.

ZARE-EE, A.; HEJAZI, Y. University teachers’ views on English as the medium of instruction in an Iranian higher education institution. Arab World English Journal (AWEJ), v. 8, n. 4, 2017.

Downloads

Publicado

2025-09-26

Como Citar

Paixão, N., & Kobayashi, E. (2025). Internacionalização e língua inglesa em uma instituição pública de ensino. Revista Horizontes De Linguistica Aplicada, 24(1), AG3. https://doi.org/10.26512/rhla.v24i1.55809

Edição

Seção

Artigos

Artigos Semelhantes

1 2 3 4 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.