Uma reflexão sobre a competência linguístico-comunicativa e a proficiência do (futuro) professor de língua estrangeira no Brasil

Autores

  • Douglas Altamiro Consolo UNESP

DOI:

https://doi.org/10.26512/rhla.v17i2.23441

Palavras-chave:

competência linguístico-comunicativa, formação de professores, língua estrangeira, proficiência

Resumo

Neste artigo apresento uma discussão sobre a proficiência linguística (PL) em língua estrangeira (LE) de professores de línguas, com ênfase em contextos de formação de professores no Brasil. O foco está na reflexão, a partir de subsídios teóricos e dados de pesquisa, de informações que possibilitem a definição de aspectos da linguagem a serem considerados no estabelecimento de parâmetros dessa proficiência, a qual decorre da competência linguístico-comunicativa desses professores. Busca-se estabelecer, com bases nesses aspectos da linguagem e características da “competência” lingüístico-comunicativa (BACHMAN, 1990; CANALE, 1983; CONSOLO, 2002, entre outros), critérios objetivos para a caracterização dos perfis de PL desses professores, em contextos de ensino de LE no cenário brasileiro. A problemática da “competência lingüístico-comunicativa” de professores de inglês como LE, refletida, por exemplo, nos trabalhos de Consolo (1996, 1999, 2000b, 2002, 2004, 2005a,b) e Teixeira da Silva (2000), é aqui tratada no âmbito de um arcabouço teórico sobre competência lingüística e proficiência em LE (cf. BACHMAN & PALMER, 1996; ELDER, 2001; LLURDA, 2000; SCARAMUCCI, 2000, entre outros). A descrição da PL pode impactar positivamente um construto de domínio de linguagem e de avaliação relevantes para formação e atuação de professores de línguas no contexto brasileiro e em outros contextos.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ANCHIETA, P. P. A construção de uma análise de testes de proficiência oral em língua inglesa: dimensões estruturais e discursivas. Relatório Final de Iniciação Científica (PIBIC/CNPq). São José do Rio Preto: UNESP, 2007.

BACHMAN, L. F. Fundamental considerations in language testing. Oxford: Oxford University Press, 1990.

BACHMAN, L. F.; PALMER, A. Language testing in practice. Oxford: Oxford University Press, 1996.

BAFFI-BONVINO, M. A. Avaliação do componente lexical em inglês como língua estrangeira: foco na produção oral. Dissertação (Mestrado em Estudos Linguísticos) ”“ Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas, Unesp, São José do Rio Preto, 2007.

BAGHIN-SPINELLI, D. C. M. Ser professor (brasileiro) de língua inglesa: um estudo dos processos identitários nas práticas de ensino. Tese (Doutorado em Linguística Aplicada) ”“ Instituto de Estudos da Linguagem,Unicamp, Campinas 2003.

BARCELOS, A. M. F. A cultura de aprender línguas (inglês) de alunos no curso de Letras. In Almeida Filho, J. C. (Org.) O professor de língua estrangeira em formação. Campinas: Pontes Editores, 1999. p. 157-177.

CANALE, M. From communicative competence to communicative language pedagogy. In J. C. Richards, J. C.; Schmidt, R. W. (Orgs.) Language and communication. Harlow: Longman, 1983. p. 2-26.

CONSOLO, D. A. A competência oral de professores de língua estrangeira: a relação teoria-prática no contexto brasileiro. In: Consolo, D. A.; Teixeira da Silva, V. L. (Orgs.) Olhares sobre competências do professor de língua estrangeira: da formação ao desempenho profissional. São José do Rio Preto: Editora HN, 2007. p. 165-178.

CONSOLO, D. A. On a (re)definition of oral language proficiency for EFL teachers: perspectives and contributions from current research. Melbourne Papers in Language Testing, v. 1, p. 1-28, 2006.

CONSOLO, D. A. Posturas sobre avaliação da proficiência oral do professor de língua estrangeira: implicações para o cenário brasileiro. In Freire, M. M Freire; Vieira-Abrahão, M. H.; Barcelos, A. M. F. (Orgs.) Lingüística Aplicada e contemporaneidade. Campinas: Pontes , 2005ª. p. 269-287.

CONSOLO, D. A. Competência lem língua inglesa de alunos de Letras: definição de parâmetros na formação e avaliação da proficiência oral do professor de língua estrangeira. Projeto Trienal de Pesquisa. São José do Rio Preto: UNESP, 2005b.

CONSOLO, D. A. A construção de um instrumento de avaliação da proficiência oral do professor de língua estrangeira. Trabalhos em Lingüística Aplicada, v. 43, n. 2, p. 265-286, 2004.

CONSOLO, D. A. Competência lingüístico-comunicativa: (re)definindo o perfil do professor de língua estrangeira. Anais do VI Congresso Brasileiro de Lingüística Aplicada. Belo Horizonte:UFMG, 2002 (CD-ROM).

CONSOLO, D. A. Revendo a oralidade no ensino/aprendizagem de línguas estrangeiras. Revista de Estudos Universitários, v. 26, n. 1, p. 59-68, Sorocaba: UNISO, 2000b.

CONSOLO, D. A. On teachers’ linguistic profiles and competence: implications for foreign language teaching. Anais do XIV ENPULI. Belo Horizonte:FALE-Universidade Federal de Minas Gerais, 1999. p. 123-134.

CONSOLO, D. A. Apêndice 10: EFL Teachers’ Spoken Language Performance: a test of proficiency in spoken language. In: _____. Classroom discourse in language teaching: a study of oral interaction in EFL lessons in Brazil. Tese (Doutorado em Linguística Aplicada) ”“ CALS, The University of Reading, Inglaterra, 1996. p. A132-144.

CONSOLO, D. A.; REZENDE, I. P. Investigando a interação verbal em aulas de língua estrangeira (inglês) na universidade. Intercâmbio X, p. 187-195, São Paulo: LAEL/PUC-SP, 2001.

CONSOLO, D. A.; SILVA, V. L. T. Em defesa de uma formação linguística de qualidade para professores de línguas estrangeiras: o exame EPPLE. Horizontes de Linguística Aplicada, v. 13, n.1, p. 63-87, 2014.

CONSOLO, D. A.; TEIXEIRA DA SILVA, V. L. The TEPOLI test: construct, updated tasks and new parameters to assess EFL teachers’ oral proficiency. Anais do I Congresso Internacional da ABRAPUI. Belo Horizonte: UFMG, 2007 (CD-ROM).

CORDER, S. P. The study of interlanguage. Proceedings of the fourth international congress of applied linguistics, 1976. Reproduzido em S. P. Corder (1981) Error analysis and interlanguage. Oxford: Oxford University Press, 1981.

DOUGLAS, D. Assessing languages for specific purposes. Cambridge: Cambridge University Press, 2000.

EDMONSON, W. On saying you’re sorry. In Coulmas, F. (Org.) Conversational routine. The Hague: Mouton, 1981.

ELDER, C. Assessing the language proficiency of teachers: are there any border controls? Language Testing, v. 18, no 2, 2001, p. 149-170.

ELDER, C. Performance testing as benchmark for foreign language teacher education. Babel. Journal of the Federation of Modern Language Teachers Associations, v. 29, no 2, 1994a, p. 9-19.

ELDER, C. Are raters’ judgements of language teacher effectiveness wholly language based? Melbourne Papers in Language Testing, v. 3, n. 2, p. 41-61, 1994b.

ELLIS, R. The study of second language acquisition. Oxford: Oxford University Press, 1994.

FERNANDES, A. M. Relatório Final de Iniciação Científica (PIBIC/CNPq). São José do Rio Preto: UNESP, 2007.

GREENE, J. Psycholinguistics. Harmondsworth: Penguin, 1972.

HUDSON, T. Trends in assessment scales and criterion-referenced language assessment. Annual Review of Applied Linguistics, v. 25, p. 205-227, 2005.

HYMES, D. Competence and performance in linguistic theory. In R. Huxley; E. Ingram (Orgs.). Language acquisition: models and methods. New York: Academic Press, 1971.

HYMES, D. On communicative competence. In Pride, J. B.; J. Holmes, J. (Orgs.). Sociolinguistics. Harmondsworth: Penguin, 1972.

IBRAHIM, M. P. B. A interação oral de uma professora não-nativa em aulas de língua estrangeira (inglês). Dissertação (Mestrado em Estudos Linguísticos) ”“ Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas, Unesp, São José do Rio Preto,, 2006

LLURDA, E. On competence, proficiency and communicative language ability. International Journal of Applied Linguistics, v. 10, n. 1, 2000, p. 85-96.

MACHADO, R. A. O. A fala do professor de inglês como língua estrangeira: alguns subsídios para a formação do professor. Dissertação (Mestrado em Linguística Aplicada) ”“ Instituto de Estudos da Linguagem, Unicamp, Campinas, 1992.

NORTH, B. Scales of language proficiency. Melbourne Papers in Language Testing, v. 4, n. 2, p. 60-111, 1995.

SAVIGNON, S. J. Communicative competence: theory and classroom practice. Reading, Mass.: Addison-Wesley, 1983.

SCARAMUCCI, M. V. R. Proficiência em LE: considerações terminológicas e conceituais. Trabalhos de Lingüística Aplicada, v. 36, p. 11-22, 2000.

SILVA, C. V. A (in)competência lingüístico-comunicativa de alunos de Letras-Língua Inglesa: construto e tendências na formação do professor. Relatório Parcial de Estágio de Iniciação Científica PIBIC/CNPq. São José do Rio Preto: UNESP, 2003.

STERN, H. H. Fundamental concepts of language teaching. Oxford: Oxford University Press, 1983.

TAYLOR, D. S. The meaning and use of the term ‘competence’ in linguistics and Applied Linguistics. Applied Linguistics, v. 9, n. 2, , p. 148-168, 1998.

TEIXEIRA DA SILVA, V. L. Fluência oral: imaginário, construto e realidade num curso de Letras/LE. Tese (Doutorado em Linguística Aplicada) ”“ Instituto de Estudos da Linguagem, Unicamp, Campinas:2000.

UNDERHILL, N. Testing spoken language: a handbook of oral testing techniques. Cambridge: Cambridge University Press, 1987.

Downloads

Publicado

2018-12-27

Como Citar

Consolo, D. A. (2018). Uma reflexão sobre a competência linguístico-comunicativa e a proficiência do (futuro) professor de língua estrangeira no Brasil. Revista Horizontes De Linguistica Aplicada, 17(2). https://doi.org/10.26512/rhla.v17i2.23441

Edição

Seção

Artigos

Artigos Semelhantes

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.