Participação social das crianças diante de cenários de crise: uma conversa com Maria Letícia Nascimento (entrevista)
DOI:
https://doi.org/10.26512/lc.v26.2020.33253Palavras-chave:
Infância, Participação social das crianças, Protagonismo infantil, Cenários de criseResumo
Maria Letícia Barros Pedroso Nascimento é professora livre docente da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP), pela qual se graduou em pedagogia e fez mestrado e doutorado em educação. Em 2014 concluiu seu pós-doutorado no campo da sociologia da infância na University of Sussex, UK. Desde 2010 coordena o Grupo de Estudos e Pesquisa em Sociologia da Infância e Educação Infantil (GEPSI), vinculado à USP. Nesta entrevista, ocorrida em julho de 2020, tratamos da participação social das crianças diante deste cenário de crise, refletindo sobre os desafios, as tensões e os impactos para as crianças e o campo da infância.
Downloads
Referências
Alderson, P. (2000). Young children’s rights: exploring beliefs, principles and practices. Jessica Kingsley.
Bae, B. (2016). O direito das crianças a participar: desafios nas interações do quotidiano. Da Investigação às Práticas, 6(1), 7-30. https://scielo.pt/pdf/inp/v6n1/v6n1a02.pdf
Brasil (1990). Decreto nº. 99.710, de 21 de novembro de 1990. Promulga a Convenção sobre os Direito da Criança. República Federativa do Brasil. Presidência da República. Casa Civil. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1990-1994/d99710.htm
Corsaro, W. (2005). Collective action and agency in young children's peer cultures. In: Qvortrup, J. (ed.). Studies in modern childhood: society, agency. Palgrave Macmillan.
Corsaro, W. (2011). A. Sociologia da infância. Artmed.
Delalande, J. (2001). La cour de la récréation. Pour une anthropologie de l'enfance. Presses Universitaires de Rennes.
Emirbayer, M., & Mische, A. (1998). What is agency? The American Journal of Sociology. The University of Chicago Press, 103(4), 962-1023. https://doi.org/10.1086/231294
Fernandes, N., & Marchi, R. de C. (2020). A participação das crianças nas pesquisas: nuances a partir da etnografia e na investigação participativa. Revista Brasileira de Educação, 25(1). https://doi.org/10.1590/s1413-24782020250024
Ferreira, M. (2002). A gente gosta é de brincar com os outros meninos! Relações sociais entre crianças num jardim de infância. [Tese doutorado, Universidade do Porto]. Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto. https://sigarra.up.pt/fpceup/pt/pub_geral.pub_view?pi_pub_base_id=29440
Gaitán Muñoz, L. (2015). Protagonismo en la infancia, o la participación de los niños en los procesos de intervención social. Servicios Sociales y Política Social, 107(1), 25-39. https://www.serviciossocialesypoliticasocial.com/protagonismo-en-la-infancia-o-la-participacion-de-los-ninos-en-los-procesos-de-intervencion-social
Gaitan, A. (1998). Protagonismo Infantil. Actas del Seminario la Participación de Niños y Adolescentes en el Contexto de la Convención sobre los Derechos del Niño: Visiones y Perspectivas (pp. 85-104). UNICEF.
Gottlieb, A. (2009). Para onde foram os bebês? Em busca de uma Antropologia de bebês (e de seus cuidadores). Psicologia USP, 20(3), 313-336. https://doi.org/10.1590/S0103-65642009000300002
James, A. (2009). Agency. In: Qvortrup, J., Corsaro, W., & Honing, M. S. (Eds.). The Palgrave handbook of childhood studies. Palgrave Macmillan.
James, A., Jenks, C., & Prout, A. (1998). Theorising Childhood. Polity Press.
Jobim e Souza, S. (1996). Resignificando a psicologia do desenvolvimento: uma contribuição crítica à pesquisa da infância. In: Kramer, S., & Leite M. (Orgs.). Infância: fios e desafios da pesquisa. Papirus.
Marchi R. de C (2007). Os sentidos (paradoxais) da infância nas ciências sociais: um estudo de sociologia da infância crítica sobre a “não criança” no Brasil. [Tese de doutorado, Universidade Federal de Santa Catarina]. Repositório Institucional da UFSC. http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/90214
Marques, R. N. (2019). "É tudo culpa do recreio": crianças em interação social. [Tese doutorado, Universidade de Brasília]. Repositório Institucional da UnB. https://repositorio.unb.br/handle/10482/36824
Mayall, B. (2002). Towards a sociology of childhood: thinking from children’s lives. Open University Press.
Montandon, C., & Longchamp, P. (2007). Você disse autonomia? Uma breve percepção da experiência das crianças. Perspectiva, 25(1), 105-126. https://periodicos.ufsc.br/index.php/perspectiva/article/view/1631
Moran-Ellis, J. (2010). Reflections on the Sociology of Childhood in the UK. Current Sociology, 58(2), 186-205. https://doi.org/10.1177%2F0011392109354241
Moran-Ellis, J., & Hutchby, I. (1998). Children and Social Competence. Falmer.
Motta, F. M. N. (2010). De Crianças a Alunos: Transformações Sociais na Passagem da Educação Infantil para o Ensino Fundamental. [Tese doutorado, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro]. Maxwell - PUC-Rio. https://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.15716
Nascimento, M. L. (2019). Breve reflexão a respeito da pesquisa sobre protagonismo e participação da/na infância. Cuadernos de Infancia. https://cuadernosdeinfancia.cl/2019/10/13/breve-reflexao-a-respeito-da-pesquisa-sobre-protagonismo-e-participacao-da-na-infancia/
Nascimento, M. L. B. P (2003). Creche e família na constituição do eu: um estudo sobre as imagens e as representações de crianças no terceiro ano de vida na cidade de São Paulo. [Tese doutorado, Universidade de São Paulo]. Repositório da Produção da USP https://repositorio.usp.br/item/001305970
Nascimento, M. L. B. P (2007). Panorama das concepções e representações da infância: invenção, naturalização e complexidade. In: Souza Neto, J. C. de; Nascimento, M. L. B. P.; Saeta, B. R. P. (Orgs.). Infância: violência, instituições e políticas públicas (vol. 2, pp. 75-96). Expressão e Arte.
Nascimento, M. L. B. P (2009). Sociologia da Infância e Educação Infantil: algumas considerações sobre a aproximação entre essas duas áreas na pesquisa sobre a pequena infância. Horizontes, 27(2), 31-36. http://lyceumonline.usf.edu.br/webp/portalUSF/itatiba/mestrado/educacao/uploadAddress/3-%20Sociologia%20da%20inf%C3%A2ncia%20e%20Educa%C3%A7%C3%A3o%20Infantil%20-%20algumas%20considera%C3%A7%C3%B5es%20sobre%20a%20aproxima%C3%A7%C3%A3o%20entre%20essas%20duas%20%C3%A1reas%20na%20pesquisa%20sobre%20a%20pequena%20inf%C3%A2[16555].pdf
Nascimento, M. L. B. P., & Pires, F. F. (2014). O Propósito Crítico: Entrevista com Allison James. Educação & Sociedade, 35(128), 931-950. https://doi.org/10.1590/ES0101-73302014110125
Nascimento, M. L. B. P. (2016). Educação infantil e sociologia da infância. Estudo sobre as relações entre a pesquisa em estudos da infância e os contextos nos quais é realizada. [Tese de Livre Docência, Universidade de São Paulo]. Biblioteca Digital USP. https://doi.org/10.11606/T.48.2016.tde-26042016-141310
Nascimento, M. L. B. P., Gomes, L. O., Almeida, R. P. W., Breda, B., Alboz, L., Serrão, C. R., Correia, M. A. A., Samori, D. P., Prado, R. L. C., & Klein, S. B. (2013). Infância e sociologia da infância: entre a invisibilidade e a voz: Relatório de pesquisa. FEUSP.
Pires, F. F. (2013). Comida de Criança e o Programa Bolsa Família: moralidade materna e consumo alimentar no semi-árido. Revista de ciências sociais - política & trabalho, 1(38), 123-135. https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/politicaetrabalho/article/view/14575
Queiroz, P. J. O. (2016). “Bora agitar?!”: as crianças na dança dos mascarados de Poconé- MT. [Dissertação de mestrado, Universidade Federal de Mato Grosso]. Plataforma Sucupira. https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=4123974
Qvortrup, J. (1995). Childhood in Europe: A New Field of Social Research. In: Lynne Chisholm et al. (eds.) Growing Up in Europe (pp. 7-19). De Gruyter. Tradução para o português da Universidade do Minho.
Qvortrup, J. (2010). A infância enquanto categoria estrutural. Educação e Pesquisa, 36(2), 631-644. https://doi.org/10.1590/S1517-97022010000200014
Rosemberg, F., & Mariano, C. L. S. (2010). A convenção internacional sobre os direitos da criança: debates e tensões. Cadernos de Pesquisa, 40(141), 693-728. https://doi.org/10.1590/S0100-15742010000300003
Santana, J. P., dos Santos Fraga, L., Mignac Ferrari, L., & Pinho de Mello, C. (2020). De qué niño(s) e ninã(s) nos hablan? Análisis de los memes difundidos en Brasil en el período de la pandemia del coronavirus. Sociedad e Infancias, 4, 225-228. https://doi.org/10.5209/soci.69664
Tebet, G. G. (2015). Bebês, Cartografia e Máquinas de Individuações. Alegrar, 16(1).
Tisdall, K., & Gadda, A. (Eds.) (2012). Children and young people’s participation: challenging cross-country perspectives. Palgrave, Forthcoming.
Voltarelli, M. A. (2017). Estudos da infância na América do Sul: pesquisa e produção na perspectiva da sociologia da infância. [Tese de doutorado, Universidade de São Paulo]. Biblioteca Digital USP. https://doi.org/10.11606/T.48.2017.tde-31102017-110759
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 Monique Aparecida Voltarelli, Lisandra Ogg Gomes
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, sendo o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License, o que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
