Desinformação em sala: percepções de estudantes de Jornalismo
DOI:
https://doi.org/10.26512/lc30202451083Palavras-chave:
Jornalismo, Graduação, DesinformaçãoResumo
Este artigo estudou percepções de estudantes de graduação em Jornalismo de uma universidade da serra catarinense (Brasil) sobre desinformação. A pesquisa é descritiva, exploratória, e a coleta é feita por formulário on-line, com 24 perguntas, de 16 a 23 de abril de 2021. A amostra é não-probabilística, por conveniência, com 77 respondentes, entre os 88 matriculados no primeiro semestre de 2021. Os resultados indicam: fake news é o termo escolhido para definir o fenômeno; busca-se informação em celulares com internet, em redes sociais e aplicativos de mensagem. Destaca-se: política e saúde são os temas mais afetados, em correntes ou mimetizando conteúdo jornalístico, por adultos radicalizados politicamente à direita. Conclui-se que é preciso desenvolver capacidade crítica, levantando questões como a crítica midiática e o combate à desinformação, a serem estimulados nas universidades, na formação de futuros jornalistas – com currículos que invistam na formação teórico-metodológica e epistemológico-reflexiva, não apenas prática, dos discentes.
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