Roteiros culturais: modelo teórico na abordagem de conteúdos socioculturais no ensino/aprendizagem de línguas estrangeiras
DOI:
https://doi.org/10.26512/rhla.v7i2.613Palavras-chave:
Língua;, Cultura;, Roteiros Culturais;, Ensino/Aprendizagem de Língua Estrangeira (LE)Resumo
O termo roteiro cultural vincula-se a uma abordagem utilizada na análise de normas e valores originários da cultura. Essa perspectiva fundamenta-se na idéia de que a forma de falar de um grupo determinado é uma manifestação de um sistema tácito de regras, ou roteiros, que podem ser reconstruídos a partir dos princípios da metalinguagem semântica natural conforme Wierzbicka e Goddard. O objetivo deste artigo é apresentar o modelo teórico dos roteiros culturais na abordagem de conteúdos socioculturais no ensino/aprendizagem de línguas estrangeiras. Fundamentando-nos em Wierzbicka, explicamos e exemplificamos em que consistem os roteiros culturais, fazendo um recorte de uma pesquisa onde foram levantados e comparados alguns traços do roteiro da negação em falantes de língua espanhola de diversas áreas geolectais e em falantes do português do Brasil. Os resultados indicaram que a maioria dos falantes do português concorda que o mais adequado é evitar negar; se comparado ao roteiro da negação dos falantes de espanhol, a negação em português parece apresentar traços contrastantes com os representantes da Espanha e familiaridade com os da América Hispânica. Finalmente, lançamos algumas propostas de aplicação deste modelo teórico para o tratamento dos conteúdos socioculturais no ensino/aprendizagem de língua estrangeira.
Downloads
Referências
ESCALANTE, Alba. Roteiros culturais, ‘frames’ e metáforas conceituais: abordagens para o estudo da unidade/diversidade lingüística/cultural dos falantes da língua espanhola. Dissertação (Mestrado em Lingüística Aplicada) ”“ Departamento de Línguas Estrangeiras e Tradução, Instituto de Letras, Universidade de Brasília, Brasília, em andamento.
GODDARD, Cliff. On-going development of the NSM research program. In: ______; WIERZBICKA, Anna. (Eds.). Meaning and universal grammar ”“ theory and empirical findings. Amsterdam/Philadelphia: John Benjamins, 2002. v. II. p. 301-314.
GODDARD, Cliff; WIERZBICKA, Anna. Discourse and culture. In: van DIJK, Teun A. (Ed.). Discourse as a social interaction. London: Sage, 1997. p. 231-259.
______. Semantics primes and cultural scripts in language learning and intercultural communication. In: FARZARD, Sharifian; PALMER, Gary. (Eds.). Applied cultural linguistics:implications for second language learning and intercultural communications.Amsterdam/Philadelphia: John Benjamins, 2007.
MORENO, Francisco. Qué español enseñar. Cuadernos de didáctica del español/LE.Madrid: Arco Libros, 2000.
KRAMSCH, Claire. Language and culture. Oxford: Oxford University Press, 2001.
KÖVECSES, Zoltán. Language, mind and culture. A practical introduction. Oxford: University Press, 2006.
WIERZBICKA, Anna. Cultural Scripts: A semantic approach to cultural analysis and cross-cultural communications. Pragmatics and Language Learning. Monograph Series. v. 5, 1994. p. 2-25.
______. The double life of a bilingual: a cross-cultural perspective. In: BOND, Michael. (Ed.). Working at the interface of culture: eighteen lives in social sciences. London: Routledge, 1997. p. 113-125.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
A Revista Horizontes de Linguística Aplicada de http://seer.bce.unb.br/index.php/horizontesla/index é licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-Uso não-comercial-Vedada a criação de obras derivadas 3.0 Unported.
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, sendo o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License o que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.