Encontros entre culpa e educação
DOI:
https://doi.org/10.26512/lc29202348792Palavras-chave:
Culpa, Educação, Philippe MeirieuResumo
Este ensaio problematiza a culpa na educação propondo alternativas a partir da perspectiva de Philippe Meirieu. Para tanto, articula perspectivas sobre o ensino e os regimes de culpabilização e reflete sobre os desafios de ensinar e aprender sob um regime de cobranças. Como resultado, sugerem-se possibilidades a um sistema educativo arbitrário e punitivo, destacando a valorização de responsabilidades compartilhadas entre estudantes, docentes e instituição; o respeito à autonomia das pessoas no processo educativo; e, o reconhecimento da liberdade individual mediada por uma pedagogia diferenciada.
Downloads
Referências
Agostinho, S. (2016). Confissões (7. ed.). Paulus editora.
Andrade, J. M. de, Lima, K. da S., Sales, H. F. S., & Souza, T. F. L. dos S. (2018). Terceirização e precarização do ensino superior no Brasil: uma revisão da literatura. Brazilian Journal of Education, Technology and Society, 11(3), 393-403. http://doi.org/10.14571/brajets.v11.n3
Asbahr, F. da S. F., & Lopes, J. S. (2006). A culpa é sua. Psicologia USP, 17(1), 53-73. https://doi.org/10.1590/S0103-65642006000100005
Bojer, M. M., Roehl, H., Knuth, M., & Magner, C. (2011). Mapeando Diálogos: Ferramentas Essenciais para Mudança Social. Editora Instituto Noos.
Bresser-Pereira, L. C. (2008). O modelo estrutural de gerência pública. Revista de Administração Pública, 42(2), 391-410. https://doi.org/10.1590/S0034-76122008000200009
Brooks, R. (2015). Social and spatial disparities in emotional responses to education: feelings of “guilt” among student-parents. British Educational Research Journal, 41(3), 505-519. https://doi.org/10.1002/berj.3154
Burns, S. T. (2023). Raising awareness of the impact of guilt and shame on counselor education students. Journal of Creativity in Mental Health, 18(2), 178-196. https://doi.org/10.1080/15401383.2021.1970070
Carlotto, M. S., Dias, S. R. da A., Batista, J. B. V., & Diehl, L. (2015). O papel mediador da autoeficácia na relação entre a sobrecarga de trabalho e as dimensões de Burnout em professores. Psico-USF, 20(1), 13-23. https://doi.org/10.1590/1413-82712015200102
Carrá, B. C. (2017). A doutrina da tripartição da culpa: uma visão contemporânea. Revista de Direito Civil Contemporâneo-RDCC, 13, 199-228. http://ojs.direitocivilcontemporaneo.com/index.php/rdcc/article/view/343
Casassus, J. (1995). Tarefas da Educação. Autores Associados.
Chang, Y-S., Chou, C-H., Chuang, M-J., Li, W-H., & Tsai, I-F. (2023). Effects of visual reality on creative design performance and creative experiential learning. Interactive Learning Environments, 31(2), 1142-1157. https://doi.org/10.1080/10494820.2020.1821717
Curtis, G. J. (2023). Guilt, shame and academic misconduct. Journal of Academic Ethics, 3, s.p. https://doi.org/10.1007/s10805-023-09480-w
Demo, P. (2004). Ser professor é cuidar que o aluno aprenda. Mediação.
Dewey, J. (1910). How we think. Heath & Co Publishers.
Dewey, J. (1938). Experience and education. Touchstone.
Dewey, J. (1959). Como pensamos. Companhia Editora Nacional.
Dias Sobrinho, J. (2005). Avaliação como instrumento da formação cidadã e do desenvolvimento da sociedade democrática: por uma ética-epistemologia da avaliação. Em D. Ristoff, & V. P. Almeida Junior (Orgs.). Avaliação participativa: perspectivas e desafios (pp. 15-38). Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira.
Fang, J., & OToole, J. (2023). Embedding sustainable development goals (SDGs) in an undergraduate business capstone subject using an experiential learning approach: a qualitative analysis. The International Journal of Management Education, 21(1), 100749. https://doi.org/10.1016/j.ijme.2022.100749
Franco, M. A. S. (2011). Philippe Meirieu: fragmentos de uma Conversa. Revista Eletrônica Pesquiseduca, 3(6), 274-281. https://periodicos.unisantos.br/pesquiseduca/article/view/192
Freire, P. (1985). The politics of education, culture, power, and liberation. Bergin & Garvey.
Freire, P. (1993). Professora sim, tia não. Cartas a quem ousa ensinar. Editora Olho d’Agua.
Freire, P. (1996). Pedagogia da autonomia – saberes necessários à prática educativa. Paz e Terra.
Freire, P. (2005). Pedagogia do Oprimido. Paz e Terra.
Freitas, L. C. de. (2014). Os reformadores empresariais da educação e a disputa pelo controle do processo pedagógico na escola. Educação & Sociedade, 35(129), 1085-1114. https://doi.org/10.1590/ES0101-73302014143817
Freud, S. (1996). Atos obsessivos e práticas religiosas (Vol. 9). Standard Edition.
Gadotti, M. (1998). Educação e poder: introdução à pedagogia do conflito. Cortez.
Gadotti, M. (2010). Qualidade na educação: uma nova abordagem. Instituto Paulo Freire.
Gadotti, M., Freire, P., & Guimarães, S. (1995). Pedagogia: diálogo e conflito (4. ed.). Cortez.
Garcia, M. M. A., & Anadon, S. B. (2009). Reforma educacional, intensificação e autointensificação do trabalho docente. Educação e Sociedade, 30(106), 63-85. https://doi.org/10.1590/S0101-73302009000100004
Heidegger, M. (1993). Ser e Tempo (vol. I). Vozes.
Jarvis, P. (1997). Meaningful and meaningless experience: toward an analysis of learning from life. Adult Education Quarterly, 37(3), 164-172. https://doi.org/10.1177/0001848187037003004
Jaspers, K. (2018). A questão da culpa: a Alemanha e o nazismo. Todavia.
Jesus, A. M. P. (2010). Contributos de Philippe Meirieu para uma pedagogia inovadora: da pedagogia magistral à pedagogia diferenciada. [Dissertação de mestrado, Universidade da Madeira]. Repositório Institucional da Universidade da Madeira. http://hdl.handle.net/10400.13/170
Lima, L. C. (2012). Aprender para ganhar, conhecer para competir: sobre a subordinação da educação na sociedade da aprendizagem. Cortez.
Luckesi, C. C. (1995). Avaliação da aprendizagem escolar. Cortez.
Luckesi, C. C. (2022). Avaliação em educação: questões epistemológicas e práticas. Cortez.
Meirieu, P. (1985). L’école, mode d’emploi. Des méthodes actives à la pédagogie différenciée. ESF Editeur.
Meirieu, P. (1989). Enseigner, scénario pour un métier nouveau. ESF Editeur.
Meirieu, P. (1991). Le choix d’ éduquer – Éthique et Pédagogie. ESF Editeur.
Meirieu, P. (1995). La pédagogie entre le dire et le faire: le courage des commencements. ESF Éditeur.
Meirieu, P. (1996). La pédagogie différenciée: enfermement ou ouverture. Em A. Bentolila (Org.). Les entretiens Nathan Acte VI: L’école: Diversité et Cohérences (pp. 109-149). Nathan pédagogie.
Meirieu, P. (1998). Aprender... sim, mas como? Artmed.
Meirieu, P. (2002). A pedagogia entre o dizer e o fazer: a coragem de começar. Artmed.
Meirieu, P. (2005). Lettre à un jeune professeur. ESF Editeur.
Meirieu, P. (2006). Carta a um jovem professor. Artmed.
Meirieu, P. (2014). Le plaisir d'apprendre. Autrement.
Mezirow, J. (1991). Transformative dimensions of adult learning. Jossey-Bass.
Motta, V. F., & Galina, S. V. R. (2023). Experiential learning in entrepreneurship education: a systematic literature review. Teaching and Teacher Education, 121, 103919. https://doi.org/10.1016/j.tate.2022.103919
Nietzsche, F. (1988). Genealogia da moral. Brasiliense.
Perrenoud, P. (2002). A prática reflexiva no ofício do professor: profissionalização e razão pedagógica. Artmed.
Ricoeur, P. (1953). Culpabilité tragique et culpabilité biblique. Revue d’histoire et de philosophie religieuses, 33(4), 285-307. https://studylibfr.com/doc/2664003/culpabilit%C3%A9-tragique-et-culpabilit%C3%A9-biblique
Sartre, J. P. (2007). Esboço para uma Teoria das Emoções. L&PM.
Saviani, D. (2010). Sistema Nacional de Educação articulado ao Plano Nacional de Educação. Revista Brasileira de Educação, 15(44), 380-392. https://doi.org/10.1590/S1413-24782010000200013
Saviani, D. (2018). Sistema Nacional de Educação e Plano Nacional de Educação: significado, controvérsias e perspectivas. Autores Associados.
Silva, G., & Carvalho, D. (2021). A cultura da avaliação e da responsabilização nas reformas educacionais pós-1990. Educação em Foco, 24(44), 397-421. https://doi.org/10.36704/eef.v24i44.5867
Silva, J. C. (2019). O capitalismo como religião: a culpa. Cadernos Walter Benjamin, 23, 162-192. https://doi.org/10.17648/2175-1293-v23n2019-8
Thiry-Cherques, H. R. (2003). Responsabilidade moral e identidade empresarial. Revista de Administração Contemporânea, 7, 31-50. https://doi.org/10.1590/S1415-65552003000500003
Vasconcellos, C. D. S. (2007). Competência docente na perspectiva de Paulo Freire. Revista de educação AEC, 143, 66-78. http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/2010/artigos_teses/Pedagogia2/acompetencdocen.pdf
Vasconcelos, I. C. O. de, & Gomes, C. A. da C. (2017). A reprodução da reprodução sociocultural: sem crítica, com culpa e com primazia da informação. Revista Linhas, 18(37), 210-238. http://doi.org/10.5965/1984723818372017210
Vidal, A. G. (2022). A culpa é do professor? Dialogismo na relação entre escola e universidade. Campo do Saber, 8(1), 1-16. https://periodicos.iesp.edu.br/index.php/campodosaber/article/view/448/334
Weber, M. (1970). Ciência e Política: Duas Vocações. Cultrix.
Wilson, J. (2001). Shame, Guilt and Moral Education. Journal of Moral Education, 30(1), 71-81. https://doi.org/10.1080/03057240120033820
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Larissa Conceição dos Santos, André Luis Silva
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, sendo o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License, o que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.