Narrativas de professoras durante a pandemia: a modernidade/colonialidade no sentir
DOI:
https://doi.org/10.26512/lc28202245347Palavras-chave:
Emoções, Professoras, Decolonialidade, NarrativasResumo
Há pouca reflexão acerca das emoções em estudos realizados sobre educação, aprendizagem e ensino (Zembylas, 2006), uma vez que a modernidade/colonialidade as nega como parte da produção de conhecimento. Neste texto, destaco o período de fechamento das escolas devido à covid-19. Proponho como objetivo analisar narrativas de professoras sobre os desdobramentos da covid-19, com foco nas emoções descritas em diálogo com os estudos decoloniais. Nesta pesquisa narrativa de abordagem qualitativa, as narrativas são analisadas a partir de estratégias de conexão. Por fim, os resultados indicam relações entre as emoções, as noções modernas/coloniais e os efeitos da pandemia.
Downloads
Referências
Ahmed, S. (2010). The promise of happiness. Duke University Press.
Ahmed, S. (2014). The Cultural Politics of Emotion. University press.
Arias, P. G. (2010). Corazonar desde las sabidurías insurgentes el sentido de las epistemologías dominantes, para construir sentidos otros de la existencia. Sophia, 8, 101-146. https://doi.org/10.17163/soph.n8.2010.05
Arnold, J. (2011). Attention to Affect in Language Learning. Anglistik. International Journal of English Studies, 22(1), 11-22. http://files.eric.ed.gov/fulltext/ED532410.pdf
Arruda, E. P. (2020). Educação remota emergencial: elementos para políticas públicas na educação brasileira em tempos de Covid-19. EmRede, 7(1), 257-275. https://doi.org/10.53628/emrede.v7.1.621
Barcelos, A. M. F. (2015). Unveiling the relationship between language learning beliefs, emotions, and identities. Studies in Second Language Learning and Teaching, 5(2), 301-325. http://doi.org/10.14746/ssllt.2015.5.2.6
Barcelos, A. M. F., Aragão, R. C., Ruohotie-Lyhty, M., & Gomes, G. S. C. (2022). Contemporary perspectives on research about emotions in language teaching. Revista Brasileira de Linguística Aplicada, 22(1). http://doi.org/10.1590/1984-6398202221654
Barkhuizen, G. (2014). Narrative research in language teaching and learning. Language Teaching, 47(4), 450-466. https://doi.org/10.1017/S0261444814000172
Barkhuizen, G. (2016). Narrative Approaches to Exploring Language, Identity and Power in Language Teacher Education. RELC Journal, 47(1), 25-42. https://doi.org/10.1177/0033688216631222
Benesch, S. (2012). Considering emotions in critical English language teaching: theories and praxis. Taylor & Francis. https://doi.org/10.4324/9780203848135
Brasil. (2021). Parecer CNE/CP Nº: 6/2021. Ministério da Educação. Conselho Pleno/Conselho Nacional de Educação. http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=195831-pcp006-21&category_slug=julho-2021-pdf&Itemid=30192
Cajigas-Rotundo, J. C. (2007). La biocolonialidad del poder: Amazonía, biodiversidad y ecocapitalismo. Em S. Castro-Gómez, & R. Grosfoguel (Eds.). El giro decolonial: reflexiones para una diversidad epistémica más allá del capitalismo global (pp. 169-193). Siglo del Hombre Editores.
Castro-Gómez, S. (2007). Decolonizar la universidad: la hybris del punto cero y el diálogo de saberes. Em S. Castro-Gómez, & R. Grosfoguel (Eds.). El giro decolonial: reflexiones para una diversidad epistémica más allá del capitalismo global (pp. 79-91). Siglo del Hombre Editores.
Celani, M. A. A. (2005). Questões de ética na pesquisa em Linguística Aplicada. Linguagem & Ensino, 8(1), 101-122. https://doi.org/10.15210/rle.v8i1.15605
Echarri, F., Barrio, T., & Urpi, C. (2021). El color del COVID-19: un programa de creatividad para gestionar las emociones en una época de pandemia. Icono 14, 19(2), 288-311. https://dialnet.unirioja.es/descarga/articulo/8041043.pdf
Elisondo, R. C., & Barrera, M. L. (2022). Pandemia y experiencias de aprendizaje en escuelas secundarias de Río Cuarto (Argentina). Cuadernos de Investigación Educativa, 13(1). https://doi.org/10.18861/cied.2022.13.1.3174
Escobar, A. (2007). Worlds and knowledges otherwise: The Latin American modernity/coloniality research program. Cultural Studies, 21(2-3), 179-210. https://doi.org/10.1080/09502380601162506
Ferreira, R. F., Calvoso, G. G., & Gonzales, C. B. L. (2002). Caminhos da pesquisa e a contemporaneidade. Psicologia: Reflexão e Crítica, 15(2), 243-250. https://doi.org/10.1590/S0102-79722002000200002
Ferreira, T., & Bengezen, V. (2020). Uma pesquisa narrativa vivida em monitorias de língua portuguesa com discentes indígenas em uma universidade pública no brasil. Prolíngua, 15(1), 39–53. https://doi.org/10.22478/ufpb.1983-9979.2020v15n1.52191
Gomes, M. J. S., & Machado, I. F. (2021). O fazer pedagógico no chão da escola do campo em tempos de pandemia. Revista de Educação, Ciência e Cultura, 26(3). http://doi.org/10.18316/recc.v26i3.8375
Grosfoguel, R. (2007). Descolonizando los universalismos occidentales. Em S. Castro-Gómez, & R. Grosfoguel (Eds.). El giro decolonial: reflexiones para una diversidad epistémica más allá del capitalismo global (pp. 63-77). Siglo del Hombre Editores.
Grosfoguel, R. (2016). A estrutura do conhecimento nas universidades ocidentalizadas. Revista Sociedade e Estado, 31(1), 25-49. https://doi.org/10.1590/S0102-69922016000100003
Hodges, C., Moore, S., Lockee, B. B., Trust, T., & Bond, M. A. (2020). The difference between emergency remote teaching and online learning. EDUCAUSE Review. https://er.educause.edu/articles/2020/3/the-difference-between-emergency-remote-teaching-and-online-learning
hooks, b. (1999). Eros, erotismo e o processo pedagógico. Em G. L. Louro (Org.). O corpo educado. Pedagogias da sexualidade (pp. 113-123). Autêntica.
Lopes, R. A., Wittizorecki, E. S., & Molina Neto, V. (2017). O não de Raimundo Silva: a pesquisa narrativa como alternativa teórico-metodológica para enfrentar o cerco imposto pelas políticas educativas do tempo presente. Movimento, 23(1), 67–84. https://doi.org/10.22456/1982-8918.71413
Louro, G. L. (2000). Corpo, escola e identidade. Educação & Realidade, 25(2), 59-76. https://www.seer.ufrgs.br/index.php/educacaoerealidade/article/view/46833/29119
Maldonado-Torres, N. (2007a). On the coloniality of being: Contributions to the development of a concept. Cultural Studies, 21(2-3), 240-270. https://doi.org/10.1080/09502380601162548
Maldonado-Torres, N. (2007b). Sobre la colonialidad del ser. Em S. Castro-Gómez, & R. Grosfoguel (Eds.). El giro decolonial: reflexiones para una diversidad epistémica más allá del capitalismo global (pp. 127-168). Siglo del Hombre Editores.
Mariani, F., & Monteiro, F. M. de A. (2016). A pesquisa narrativa na formação de professores: aproximações que se potencializam. Roteiro, 41(1), 109–134. https://doi.org/10.18593/r.v41i1.8878
Maxwell, J. A., & Miller, B. A. (2008). Categorizing and connecting strategies in qualitative data analysis. Em P. Leavy, & S. Hesse-Biber (Eds.). Handbook of emergent methods (pp. 461-477). Guilford Press.
Menezes, F. M. D., & Gil, M. O. G. (2022). Crianças, pandemia e escola: recomeçar é um ato político. childhood & philosophy, 18. https://doi.org/10.12957/childphilo.2022.63184
Mignolo, W. D. (2011). The darker side of western modernity: global futures, decolonial options. Duke University Press.
Murta, C. A. R., Souza, V. V. S., & Bengezen, V. C. (2020). Uma pesquisa narrativa pelas experiências de professoras de línguas buscando viver histórias multilingues e decolonizadoras. Gláuks - Revista de Letras e Artes, 20(1), 28–48. https://doi.org/10.47677/gluks.v20i1.179
Nascimento, P. M. F. do, & Henriques, E. M. de O. (2021). As linguagens expressivas e a Pesquisa Narrativa (auto)biográfica: contribuições para a formação docente dos professores e professoras da educação infantil. Olhar De Professor, 24, 1–18. https://doi.org/10.5212/OlharProfr.v.24.17624.080
Oliveira, L. H., & Oliveira, A. C. T. (2022). Racialized Emotions in Langauge Teaching: A Case Study with Black Female Teachers. Revista Brasileira de Linguística Aplicada, 22(1), 37-67. https://doi.org/10.1590/1984-6398202218424
Paes, B. T., & Fresquet, A. (2022). Algumas reflexões sobre a pandemia, as visibilidades, a velocidade e suspensões possíveis em uma experiência audiovisual docente. Educação Temática Digital, 24(1), 53-70. https://doi.org/10.20396/etd.v24i1.8666098
Phakiti, A., & Paltridge, B. (2015). Approaches and Methods in Applied Linguistics Research. Em B. Paltridge, & A. Phakiti. Research methods in applied linguistics: a practical resource (pp. 19-33). Bloomsbury Academic.
Ponciano, N. P., & Lima, A. J. S. (2021). Pesquisa-formação e narrativa de si: agentividade e suas dinâmicas figuracionais no sentir-se professor de língua portuguesa. Práxis Educacional, 17(44), 219-241. https://doi.org/10.22481/praxisedu.v17i44.8024
Quijano, A. (2000). Coloniality of power and Eurocentrism in Latin America. International sociology, 15(2), 215-232. https://doi.org/10.1177/0268580900015002005
Reisdoefer, D. N., & Lima, V. M. do R. (2021). A pesquisa narrativa como possibilidade metodológica no âmbito da formação docente. Revista Diálogo Educacional, 21(69). https://doi.org/10.7213/1981-416X.21.069.AO01
Saraiva, K., Traversini, C., & Lockmann, K. (2020). A educação em tempos de COVID-19: ensino remoto e exaustão docente. Práxis Educativa, 15. https://doi.org/10.5212/PraxEduc.v.15.16289.094
Schumann, J. H. (1997). The Neurobiology of Affect in Language. Blackwell Publishers.
Shahjahan, R. A. (2014). Being ‘Lazy’ and Slowing Down: Toward decolonizing time, our body, and pedagogy. Educational Philosophy and Theory, 47(5), 488-501. https://doi.org/10.1080/00131857.2014.880645
Stein, S., & Silva, J. E. da. (2020). Challenges and complexities of decolonizing internationalization in a time of global crises. Educação Temática Digital, 22(3), 546-566. https://doi.org/10.20396/etd.v22i3.8659310
Webster, L., & Mertova, P. (2007). Using Narrative Inquiry as a Research Method. Routledge.
Williamson, B., Eynon, R., & Potter, J. (2020). Pandemic politics, pedagogies and practices: digital technologies and distance education during the coronavirus emergency. Learning, Media and Technology, 45(2), 107-114. https://doi.org/10.1080/17439884.2020.1761641
Zembylas, M. (2006). Teaching with emotion: a postmodern enactment. Information Age Publishing.
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Nayara Stefanie Mandarino Silva

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Todas as publicações da revista Linhas Críticas serão licenciadas sob uma licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0). Isso significa que qualquer pessoa tem o direito de:
Compartilhar — copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato;
Adaptar — remixar, transformar, e criar a partir do material para qualquer fim, mesmo que comercial.
As pessoas autoras não podem revogar estes direitos desde que sejam respeitados os termos da licença.
Conforme os termos:
Atribuição — as pessoas leitoras devem atribuir o devido crédito, fornecer um link para a licença, e indicar se foram feitas alterações. As pessoas leitoras podem fazê-lo de qualquer forma razoável, mas não de uma forma que sugira que o licenciante o apoia ou aprova o seu uso.
Sem restrições adicionais — as pessoas autoras não pode aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo que a licença permita.
Autores/as que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Pessoas autoras mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, sendo o trabalho simultaneamente licenciado sob a licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0), o que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Pessoas autoras têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Pessoas autoras têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais, repositórios préprint ou na sua página pessoal) qualquer ponto antes do envio da versão final do artigo à revista, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
