“O melhor medo da minha vida” - emoções nas ocupações estudantis

Autores

DOI:

https://doi.org/10.26512/lc27202136528

Palavras-chave:

Movimento Juvenil, Ocupações Estudantis, Sociologia das Emoções

Resumo

A partir da perspectiva sociológica, refletimos sobre o lugar das emoções no movimento de ocupação das escolas por estudantes secundaristas do Paraná em 2016. O material empírico é constituído por 23 entrevistas que estão organizadas em dois conjuntos: o primeiro compreende entrevistas realizadas em 2016 com sete estudantes de Curitiba; e o segundo com entrevistas ocorridas em 2019, da qual participaram 16 estudantes de diferentes municípios do estado do Paraná. Dialogamos com autores da sociologia das emoções procurando delinear de que modo emoções se apresentam nas narrativas dos jovens estudantes que ocuparam as escolas.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Ana Luísa Fayet Sallas, Universidade Federal do Paraná, Brasil

Doutora em História pela Universidade Federal do Paraná (1998). Professora Titular do Programa de Pós-graduação em Sociologia da UFPR. Coordenação do Grupo de Pesquisa Imagem e Conhecimento (CNPq) desde 2002. E-mail: analuisasallas@gmail.com

Simone Meucci, Universidade Federal do Paraná, Brasil

Doutora em Sociologia pela Universidade Estadual de Campinas (2006). Professora Associada do Departamento de Sociologia da Universidade Federal do Paraná. Membro do Grupo de Pesquisa "Pensamento social, intelectuais e circulação de ideias". E-mail: simonemeucci2010@gmail.com

Referências

Aguilera-Ruiz, O. (2016). Excedente emocional y ampliación de lo político en Chile. Análisis visual del movimiento estudiantil 2011-2014. Altre modernità. Universita delli studi di Milano, Numero Speciale, 234-253. https://doi.org/10.13130/2035-7680/7065

Álvarez, M. I. F. (2011). Além da racionalidade: o estudo das emoções como práticas políticas. Mana 17(1), 41-68. https://doi.org/10.1590/S0104-93132011000100003

Ariza, M. (2016). Tonalidades emocionales en la experiência de la migración laboral: humillación y degradación social. Em M. Ariza. (Org). Emociones, afectos y sociologia: diálogos desde la investigación social y la interdisciplinar (pp. 279-325). Universidad Nacional Autónoma de México, Instituto de Investigaciones Sociales.

Barbosa, M. (2012). Sob o signo da luz e das sombras: o imaginário da autonomia em educação. Linhas Críticas, 18(36), 249-264. https://doi.org/10.26512/lc.v18i36.3914

Brasil. (1994). Lei 9.394, de 20 de dezembro de 1996. (Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional). Presidência da República. Casa Civil. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm

Brasil. (2016a). Medida Provisória 746, de 22 de setembro de 2016 (Institui a política de fomento à implementação de escolas de ensino médio em tempo integral [...] e dá outras providências). Presidência da República. Casa Civil. http://planalto.gov.br/CCiViL_03/_Ato2015-2018/2016/Mpv/mpv746.htm

Brasil. (2016b). Emenda Constitucional 95, de 15 de dezembro de 2016 (Altera o ato das disposições constitucionais transitórias, para instituir o novo regime fiscal, e dá outras providências). Presidência da República, Casa Civil. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/emendas/emc/emc95.htm

Brasil. (2017). Lei 13.415, de fevereiro de 2017 (Altera as leis 9.394, de 20 de dezembro de 1996 [...] e institui a política de fomento à implementação de escolas de ensino médio em empo integral). Presidência da República. Casa Civil. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2017/lei/l13415.htm

Catini, C. R., & Mello, G. M. C. (2016). Escolas de luta, educação política. Educação & Sociedade, 37 (137), 1177-1202. https://doi.org/10.1590/es0101-73302016163403.

Costa, A. A. F., & Groppo, L. A. (Orgs.). (2018). Movimento de ocupações estudantis no Brasil. Pedro e João Editores.

Didi-Huberman, G. (2016). Que Emoção! Que Emoção? Editora 34.

Farias, G. C. (2020). A Primavera dos Estudantes: Ocupação de Escolas e Processos de Formação Política. [Tese de Doutorado, Universidade Federal do Paraná]. Lume Repositório Digital UFRGS. https://lume.ufrgs.br/handle/10183/218598

Goodwin, J., Jasper, J., & Polletta, F. (2001). Why Emotions Matter. Em J. Goodwin, J. Jasper, & F. Polletta (Org). Passionate Politics. Emotions and Social Movements (pp. 1-24). The University of Chicago Press.

Groppo, L. A., Martins, S. A., Sallas, A. L. F., & Flach, S. F. (2021) O maior, o mais ignorado, o mais combatido: o movimento das ocupações estudantis no Paraná em 2016. Cadernos do Aplicação. 34(1). https://doi.org/10.22456/2595-4377.110919

Grupo de Pesquisa “Sentidos e Sentimentos nas/das Ocupações”. (2021). Relatório de Pesquisa. UFPR.

Jasper, J. (2012). Las emociones y los movimientos sociales: veinte años de teoría e investigación. Revista Latinoamericana de Estudios sobre Cuerpos, Emociones y Sociedad, 4(10), 46-66. https://www.redalyc.org/articulo.oa?id=273224904005

Medaets, C., Mézié, N., & Carvalho, I. C. (2018). De cabeça e com o coração: o fazer política de jovens ocupantes das escolas estaduais de Porto Alegre (maio e junho 2016). Em C. Medaets, C. Fonseca, & F. B. Ribeiro (Orgs). Pesquisas sobre família e infância no mundo contemporâneo (pp. 130- 152). Sulina.

Medaets, C., Mézié, N., & Carvalho, I. C. (2019). “Todo desconstruidinho”: jovens líderes do movimento estudantil Ocupa Tudo RS. Reflexão e Ação. 27(3), 143-159. http://doi.org/10.17058/rea.v27i3.13592

Melucci, A. (2001). A invenção do presente: movimentos sociais nas sociedades complexas. Vozes.

Pacheco, C. S. (2018). Ocupar e resistir: as ocupações das escolas públicas como parte do ciclo atual de mobilização juvenil no Brasil. [Dissertação de Mestrado, Universidade Federal do Paraná]. Acervo Digital UFPR. https://acervodigital.ufpr.br/handle/1884/55227

Pacheco, C. S., & Mattar, K. (2018). As ocupações das escolas públicas e a defesa da sociologia no Ensino Médio. Revista Sociologias Plurais, 4(3). 67-84. http://doi.org/10.5380/sclplr.v4i3.62858

Projeto Interinstitucional de Pesquisa “Ocupações secundaristas no Brasil em 2015 e 2016”. (2021). Relatório de pesquisa do Paraná. UFAL.

Queiroz, D. F., Bortolon, P. C., & Rocha, R. C. M. (2017). As ocupações estudantis e a reinvenção do espaço escolar facilitada pelas tecnologias interativas. Archivos Analíticos de Políticas Educativas, 25 (104), 1-22. https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/24782

Queré, L. (2019). O trabalho das emoções na experiência pública: marés verdes na Bretanha. O público e o privado, 34, 17-48. http://www.seer.uece.br/?journal=opublicoeoprivado&page=article&op=view&path%5B%5D=3855

Reguillo, R. (2017). Paisajes Insurrectos: jóvenes, redes y revueltas em el otoño civilizatório. Nuevos Emprendimientos Editoriales.

Rosaldo, M. (1984). Toward an anthropology of self and feeling. Em Shweder, R., & Levine, R. (ed.). Culture theory: essays on mind, self, and emotion (pp. 137-157). Cambridge University Press.

Steimbach, A. A. (2018). Escolas ocupadas no Paraná: juventudes na resistência política à reforma do Ensino Médio (Medida Provisória 746/2016). [Tese de Doutorado, Universidade Federal do Paraná]. Acervo Digital UFPR. https://acervodigital.ufpr.br/handle/1884/58018

Vidrio, S. (2016). Em papel de las emociones en la conformación y consolidación de las redes y movimientos sociales, Em M. Ariza (coord.). Emociones, afectos y sociologia – Diálogos desde la investigación social y la interdisciplinar (pp. 399-440). Universidad Nacional Autónoma de México - Instituto de Investigaciones Sociales.

Arquivos adicionais

Publicado

23.06.2021

Como Citar

Fayet Sallas, A. L., & Meucci, S. (2021). “O melhor medo da minha vida” - emoções nas ocupações estudantis. Linhas Crí­ticas, 27, e36528. https://doi.org/10.26512/lc27202136528

Edição

Seção

Dossiê: As dimensões educativas da luta

Artigos Semelhantes

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.