A gênese da docência universitária
DOI:
https://doi.org/10.26512/lc.v14i26.3421Palavras-chave:
Docência;, Copistas;, Tradutores;, Transferências do saber;, Autoridade;, RazãoResumo
O artigo discute a constituição da docência, no medievo latino, inseparável das transformações socioeconômicas e políticas, das transferências do saber greco-árabe, dos renascimentos cultural e escolar, do trabalho de monges copistas e tradutores, da ligação intrínseca entre investigação, formação e ensino na universidade recém-criada. Recuperando etimologia e pronúncia ** dos termos, discute a Escolástica, filosofia e método de ensino em que a docência se afirma no ato de ler, explicar, comentar os textos, submeter conceitos, argumentos e teses ao crivo da razão, pôr questões em discussões públicas nas quais a verdade não depende da autoridade de quem diz, mas daquilo que foi dito. Redescobertas e traduzidas, as obras de Aristóteles surgem como ameaça para alguns mestres, mas para outros era tudo o que precisavam para exercer seu ofício: um texto lógico, profundamente formativo. Assim, a universidade medieval e seus mestres podem nos ajudar a repensar e recriar a docência hoje.
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