A microemancipação por meio do ensino superior em administração

uma reflexão crítica

Autores

DOI:

https://doi.org/10.26512/lc.v26.2020.29804

Palavras-chave:

Administração, Ensino Superior, Teoria Crítica, Microemancipação, Formação

Resumo

O ensino em Administração é tecnocrático e cúmplice de imposições capitalistas que alienam os indivíduos conforme desígnios do mercado. O esquivo a uma formação humanista, reflexiva e crítica prejudica a constituição de uma compreensão em relação a uma realidade que é socialmente construída a partir de uma capacidade de agência silenciada. O objetivo deste estudo teórico é abordar o conhecimento como meio de microemancipação perante as formas de alienação que permeiam a sociedade e a formação dos administradores. Propõe-se que o conceito de microemancipação, por intermédio da razão crítica, ilumine a consciência do administrador quanto às consequências de suas intervenções socioeconômicas.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Pablo Henrique Paschoal Capucho, Universidade Estadual de Londrina, Brasil

Mestre em Administração pela Universidade Estadual de Londrina (UEL) com área de concentração em Organizações e Sustentabilidade, linha de pesquisa Gestão de Organizações. Membro do grupo de pesquisas Estudos Organizacionais sobre Sustentabilidade e Internacionalização (EOSI) e do Núcleo Interdisciplinar de Gestão Pública (NIGEP) da Universidade Estadual de Londrina (UEL). E-mail: pablocapucho@hotmail.com

Rafael Borim-de-Souza, Universidade Estadual de Londrina, Brasil

Doutor em Administração pelo Programa de Pós-Graduação em Administração da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Docente permanente do Programa de Pós-Graduação em Administração da Universidade Estadual de Londrina (UEL). Pesquisador líder do grupo de pesquisa Estudos Organizacionais sobre Sustentabilidade e Internacionalização (EOSI). E-mail: borim@uel.br

Referências

Adler, P. (2009). Marx and organization studies today. In P. S. Adler, The Oxford handbook of sociology and organization studies (pp. 62-91). Oxford University Press

Adler, P., Forbes, L., & Willmott, H. (2007). Critical Management Studies. The Academy of Management Annals, 1(1), 119-179. https://doi.org/10.5465/078559808

Althusser, L., Balibar, É., Establet, R., Macherey, P., & Rancière, J. (2014). Lire le Capital. Presses Universitaires Frances. (Trabalho original publicado em 1965).

Alvesson, M., & Deetz, S. (2007). Teoria crítica e abordagens pós-modernas para estudos organizacionais. In S. Clegg, C. Hardy, & W. Nord (Eds.), Handbook de estudos organizacionais: modelos de análises e novas questões em estudos organizacionais (pp. 226-264). Editora Atlas.

Alvesson, M., & Willmott, H. (1992). On the idea of emancipation in management and organization studies. Academy of Management Review, 17(3), 432-464. https://doi.org/10.2307/258718

Aron, R. (2008). Auguste Comte. In R. Aron. As etapas do pensamento sociológico (pp. 83-184). Martins Fontes. (Trabalho original publicado em 1982).

Bartlett, C. A., & Ghoshal, S. (1991) Global strategic management: impact on the new frontiers of strategy research. Strategic Management Journal, 12(S1), 5-16.

Boltanski, L., & Chiapello, È. (2009). O novo espírito do capitalismo. WWF Martins Fontes.

Burrell, G., & Morgan, G. (1979). In search of a framework. In G. Burrell, & G. Morgan, Sociological paradigms and organizational analysis: elements of the sociology of corporate life (pp. 1-40). Ashgate.

Casa Civil. (1996). Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. República Federativa do Brasil. Presidência da República. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm

Chia, R. (2011). Organization theory as a postmodern science. In H. Tsoukas, & C. Knudsen, The Oxford handbook of organizational theory: meta-theoretical perspectives (pp. 113-142). Oxford University Press.

Clegg, S. (1990). Modern organizations: Organization studies in the postmodern world. Sage.

Clegg, S. (1994). Weber and Foucault: Social theory for the study of organizations. Organization, 1(1), 149-178. https://doi.org/10.1177/135050849400100115

Closs, L. Q., & Antonello, C. S. (2014). Teoria da aprendizagem transformadora: contribuições para uma educação gerencial voltada para a sustentabilidade. Revista de Administração Mackenzie, 15(3), 221-252. https://doi.org/10.1590/1678-69712014/administracao.v15n3p221-252

Conselho Federal de Administração (CFA). (2015). Perfil, Formação, Atuação e Oportunidades de Trabalho do Administrador e do Tecnólogo. Pesquisa Nacional Sistema Conselhos Federal e Regionais de Administração. https://cfa.org.br/wp-content/uploads/2018/02/08Pesquisa-perfil-2016_v3_web.pdf

Cooper, R. (2015). Formal organization as representation: remote control, displacement and abbreviation. In R. Cooper, For Robert Cooper (pp. 188-206). Routledge.

Dilthey, W. (1924). Die Entstehung der Hermeneutik. In G. Misch (Ed.), Wilhelm Dilthey: Gesammelte Schriften V. B. G. Teubner.

Dunning, J. H. (1993). Internationalizing Porter’s diamond. Management International Review, 33(2), 7-15. https://www.jstor.org/stable/40228187

Emirbayer, M., & Mische, A. (1998). What is agency? American Journal of Sociology, 103, 962-1023. https://doi.org/10.1086/231294

Faria, J. H. de. (2007). Os fundamentos da teoria crítica. In J. H. de Faria (Org.), Análise Crítica das teorias e práticas organizacionais (pp. 29-53). Atlas.

Fayol, H. (1949). General and industrial management. Pitman. (Trabalho original publicado em 1916).

Follett, M. P. (1918). The new state group organization: the solution for popular government. Longmans Green.

Frieden, J. A. (2008). Capitalismo global: história económica e política do século XX. Zahar.

Giddens, A. (1984). The Constitution of Society: Outline of the Theory of Structuration. University of California Press.

Goffman, E. (1983). The interaction order: American Sociological Association, 1982 presidential address. American sociological review, 48(1). https://doi.org/10.2307/2095141

Habermas, J. (2012). Teoria do Agir Comunicativo. Editora WWF Martins Fontes. (Trabalho original publicado em 1981).

Hardy, C., & Clegg, S. R. (2001). Alguns ousam chamá-lo de poder. In S. R. Clegg, C. Hardy, & W. R. Nord (Orgs.), Handbook de estudos organizacionais: reflexões e novas direções (260-289). Editora Atlas.

Horkheimer, M. (2002). Critical Theory: selected essays. Continuum Publishing Company. (Trabalho original publicado em 1972).

Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP). (2018). Sinopse Estatística da Educação Superior 2017. Inep. http://portal.inep.gov.br/web/guest/sinopses-estatisticas-da-educacao-superior

Lévi-Straus, C. (1958). Anthropologie Structurale. Plon.

Lourenço, C. D. da S. (2014). Formação ou instrução: reflexões sobre qualidade no ensino superior de Administração. Revista de Administração, Contabilidade e Economia. 12(3), 81-120. https://portalperiodicos.unoesc.edu.br/race/article/view/3394

Lourenço, C. D. da S., & Magalhães, T. F. (2014). A sala de aula e as empresas: análise da produção e da utilização de casos para ensino em administração. Administração: ensino e pesquisa, 15(1), 11-42. https://doi.org/10.13058/raep.2014.v15n1.41

Marx, K. (2013). O Capital: Crítica da Economia Política. Livro I: O processo de Produção do Capital. Boitempo. (Trabalho original publicado em 1867).

Mayo, E. (1968). The human problems of an industrial civilization. Viking Compass Edition. (Trabalho original publicado em 1933).

Meneghetti, F. K., Faria, J. H. de, & Stefani, D. de. (2016). Razão Tradicional e Razão Crítica: os percursos da razão no ensino e a pesquisa em administração na concepção da teoria crítica. Revista de Ciências da Administração, 18(45), 140-154. https://doi.org/10.5007/2175-8077.2016v18n45p136

Miller, G. A., Galanter, E., & Pribram, K. H. (2013). Plans and the Structure of Behavior. Martino Fine Books.

Motta, F. C. P. (1986). Teoria das organizações: evolução e crítica. Pioneira.

Moulyn, A. C. (1957). Structure, Function and Purpose. Liberal Artes Press.

Netto, A. F., Ferreira, V. C., Novaes, J. L., & Neiva, D. da S. (2016). A teoria crítica no estudo da Administração. Revista de Carreiras e Pessoas, 6(3), 282-302. https://doi.org/10.20503/recape.v6i3.31058

Parker, M. (2009). Angelic organization: Hierarchy and the tyranny of heaven. Organization Studies, 30(11), 1281-1299. https://doi.org/10.1177/0170840609339828

Radcliffe-Brown, A. (2011). African Systems of Kinship and Marriage. Nabu Press. (Trabalho original publicado em 1950).

Reed, M. (2007). Teorização organizacional: um campo historicamente contestado. In S. R. Cleff, C. Hardy, & W. R. Nord (Orgs.), Handbook de estudos organizacionais: modelos de análise e novas questões em estudos organizacionais (pp. 61-97). Editora Atlas. (Trabalho original publicado em 1997).

Ritzer, G. (1993). Teoría Sociológica Contemporanea. McGraw-Hill.

Ritzer, G. (2005). Encyclopedia of Social Theory. Sage Publications. (Trabalho original publicado em 2004).

Roethlisberger, F. J., & Dickson, W. (1939). Management and the worker. Harvard University Press.

Rothschild, E. (2003). Sentimentos econômicos: Adam Smith, Condorcet, e o iluminismo. Record. (Trabalho original publicado em 2001).

Russell, B. (2010). Introduction to Mathematical Philosophy. Digireads Publishing. (Trabalho original publicado em 1919).

Sapir, E. (1955). Language. Mariner Books. (Trabalho original publicado em 1921).

Sewell, W. (1992). A theory of structure: duality, agency, and transformation. The American Journal of Sociology, 83, 340-363. https://doi.org/10.1086/229967

Souza, P. R. B. de, Saldanha, N. K., & Ichikawa, E. Y. (2004). Teoria Crítica na Administração. Caderno de Pesquisas em Administração, 11(3).

Spengler, O. (2013). A Decadência do Ocidente: Esboço de uma Morfologia da História Universal. Forense Universitária. (Trabalho original publicado em 1918).

Taylor, F. W. (1911). The principles of scientific management. W. W. Norton.

Thiry-Cherques, H. R. (2007). Revisitando Marx: alienação, sobretrabalho e racionalidade nas organizações contemporâneas. Revista Eletrônica de Administração, 13(1), 107-125. https://seer.ufrgs.br/read/article/view/39912

Vasconcelos, K. C. de A., Silva Junior, A. da, & Silva, P. de O. M. da. (2013). Educação gerencial para atuação em ambientes de negócios sustentáveis: desafios e tendências de uma escola de negócios brasileira. Revista de Administração Mackenzie, 14(4), 45-75. https://doi.org/10.1590/S1678-69712013000400003

Weber, M. (2013). The Protestant Ethic and the Spirit of Capitalism. Routledge. (Trabalho original publicado em 1905).

Willmott, H. (2011). Organizational theory as a critical science. In H. Tsoukas, & C. Knudsen, The Oxford handbook of organizational theory: meta-theoretical perspectives (pp. 88-112). Oxford University Press.

Downloads

Publicado

18.09.2020

Como Citar

Paschoal Capucho, P. H., & Borim-de-Souza, R. (2020). A microemancipação por meio do ensino superior em administração: uma reflexão crítica. Linhas Crí­ticas, 26, e29804. https://doi.org/10.26512/lc.v26.2020.29804

Artigos Semelhantes

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.