A política de informática na educação brasileira: do nacionalismo ao neoliberalismo

Autores

  • Raquel de Almeida Moraes

DOI:

https://doi.org/10.26512/lc.v5i9.2750

Palavras-chave:

Educação - história;, Política educacional;, Informática;, Ciência e tecnologia;, Tecnologia educacional

Resumo

Este artigo, síntese de uma tese de doutoramento, compreende a análise histórica da política de informática na educação brasileira, bem como as principais experiências na rede pública de 1° e 2° graus até 1995. O estudo empreendido orientou-se metodologicamente por uma abordagem crítica e reflexiva, analisando o objeto de estudo nas inter-relações econômicas, políticas e socioculturais das quais é parte integrante. O argumento central da tese é que, se não houve até o momento uma capacitação mais democrática quanto às novas tecnologias, é porque não interessa ao Estado e ao mercado globalizado conviver com a maioria da população efetivamente instruída. O saber é, historicamente, posse de uma elite; sob o capital, a informática - e as novas tecnologias em seu conjunto - é meio de produção, instrumento de poder, guerra e ideologia, e, sob o capitalismo, um conhecimento estruturalmente desempregador, fenômeno cada vez mais crescente nas economias capitalistas dominantes e periféricas, como o Brasil. O que se avizinha no horizonte neoliberal não parece superar essa tendência. É necessário construir uma contra-hegemonia, reorientando o uso político, econômico e cultural das novas tecnologias em favor das maiorias.

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Publicado

31.12.1999

Como Citar

Moraes, R. de A. (1999). A política de informática na educação brasileira: do nacionalismo ao neoliberalismo. Linhas Crí­ticas, 5(9), 7–30. https://doi.org/10.26512/lc.v5i9.2750

Edição

Seção

Artigos