Reflexões sobre o desentendimento entre línguas
DOI:
https://doi.org/10.26512/rhla.v7i2.659Palabras clave:
Desentendimento;, Formação discursiva;, Línguas estrangeiras;, CulturaResumen
O objetivo deste texto é refletir a respeito do desentendimento nas relações interpessoais entre falantes de diferentes línguas por uma perspectiva discursiva de linguagem. Tomando como material inicial de reflexão uma cena do filme de Oshima (1982), Furyo: em nome da honra, discute-se o desentendimento como efeito do desencontro de sentidos para um mesmo fato de linguagem a partir de gestos de interpretação de sujeitos que se filiam a diferentes formações discursivas. A formação discursiva é compreendida, na teoria da Análise de Discurso (com referência a autores como Michel Pêcheux, por exemplo), como aquilo que define o que pode e deve ser dito em uma dada posição numa dada conjuntura, ou seja, como o que determina o sentido e as formas de dizer em uma situação localizável histórica, política e socialmente. Analisam-se, além do filme, outros fragmentos de textos: relatos de imigrantes (e de seus descendentes ou parentes) e de alunos de línguas estrangeiras sobre situações de desentendimento. Abordam-se, também, aspectos relativos ao desentendimento no contexto de sala de aula de línguas. Por fim, aponta-se que, na relação entre línguas, os desentendimentos se referem ao historicamente (interdiscursivamente) possível para cada língua.
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