Ouvir crianças e professores: a escuta atenta nos diálogos em instituições educacionais

Autores

DOI:

https://doi.org/10.26512/lc29202350581

Palavras-chave:

Pesquisa com crianças, Educação infantil, Sociologia da infância

Resumo

Este artigo tem como objetivo compreender a importância da escuta como possibilidade para interpretar como as crianças, com idade de 2 a 3 anos, constroem sentidos e significados nos episódios da cotidianidade do trabalho educativo. A metodologia utilizada aponta a característica investigativa com e sobre as crianças, proveniente das contribuições da sociologia da criança e dos estudos da infância. Aponta-se que as vivências, sustentadas numa escuta sensível, na atenção aos pormenores que impregnam o ambiente educacional, podem contribuir em interpretações que ressignificam e protagonizam o espaço social ocupado por crianças e adultos. O que implica na defesa de práticas docentes alicerçadas nas linguagens infantis, em suas manifestações expressivas, e na curiosidade às minúcias

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Eliana Ferreira, Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul, Dourados, MS, Brasil

Doutora em educação pela Universidade Federal da Grande Dourados (2019). Professora substituta da Faculdade de Pedagogia da Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul/UEMS, unidade de Dourados. Membro do Grupo de Estudo e Pesquisa em Educação Infantil de Dourados/MS - GEPEIND. E-mail: eliana.anaeli@gmail.com

Magda Sarat, Universidade Federal da Grande Dourados, MS, Brasil

Doutorado em Educação pela Universidade Metodista de Piracicaba (2004) Professora Titular da Faculdade de Educação na UFGD/Universidade Federal da Grande Dourados, Dourados, MS, Brasil. Bolsista Produtividade em Pesquisa do CNPq (2) Líder do GPEPC/Grupo de Pesquisa “Educação e Processo Civilizador”. E-mail: magdaoliveira@ufgd.edu.br

Valdete Côco, Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória, ES, Brasil

Doutora em Educação pela Universidade Federal Fluminense (2006). Professora do Departamento de Linguagens, Cultura e Educação e do Programa de Pós-Graduação em Educação, da Universidade Federal do Espírito Santo. Coordenadora do Grupo de Pesquisa Formação e Atuação de Educadores (Grufae). E-mail: valdetecoco@hotmail.com

Referências

Barbosa, I. G., & Silveira, T. A. T. M., & Soares, M. A. (2019). A BNCC da educação infantil e suas contradições: regulação versus autonomia. Revista Retratos da Escola, 13(25), 77-90. https://doi.org/10.22420/rde.v13i25.979

Barbosa, M. C. S. (2014). Culturas infantis: contribuições e reflexões. Diálogo Educacional, 14 (43), 645-667. https://doi.org/10.7213/dialogo.educ.14.043.DS01

Barbosa, M. C. S., & Oliveira, Z. R. de. (2016). Currículo e educação infantil. Em Currículo e linguagem na educação infantil (1ª ed. pp. 15-45). Ministério da Educação, Secretaria da Educação Básica.

Bardin, L. (1977). Análise de conteúdo. Edições 70.

Barros, M. (1996). Livro sobre o nada. Record.

Brasil. (2009). Ministério da Educação. Parecer CNE/CEB nº 20/2009. Estabelece a revisão das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/pceb020_09.pdf

Brasil. (2010). Ministério da Educação. Secretaria da Educação Básica. Diretrizes Nacionais para a Educação Infantil. http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/diretrizescurriculares_2012.pdf

Brasil. (2018). Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. http://basenacionalcomum.mec.gov.br/wp-content/uploads/2018/11/7._Orienta%C3%A7%C3%B5es_aos_Conselhos.pdf

Coelho, M. T. F., & Pedrosa, M. I. (2000). Faz-de-Conta: construção e compartilhamento de significados. Em Z. M. R. Oliveira (Org.). A criança e seu desenvolvimento: perspectivas para se discutir a educação infantil (pp. 51-65, 4. ed.). Cortez.

Corsaro, W. A. (2005). Entrada no campo, aceitação e natureza da participação nos estudos etnográficos com crianças pequenas. Educação & Sociedade, 26(91), 443-464. https://doi.org/10.1590/S0101-73302005000200008

Corsaro, W. A. (2009). Métodos etnográficos no estudo da cultura de pares e transição iniciais na vida das crianças. Em F. Muller, & A. M. A. Carvalho (Orgs.). Teoria e prática na pesquisa com crianças (pp. 83-103). Cortez.

Corsaro, W. A. (2011). Sociologia da infância (Tradução: Lia Gabriele Regius Reis). Artmed.

Coutinho, A. S., & Côco, V. (2022). Políticas de formação e políticas curriculares para a educação infantil: perspectivas em disputas. Debates em Educação, 14(Esp.), 127-148, https://doi.org/10.28998/2175-6600.2022v14nEspp127-148

Dahlberg, G., Moss, P., & Pence, A. (2003). Qualidade na educação da primeira infância (Trad. Magda França Lopes). Artmed.

Freire, P. (2015). Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa (50ª edição). Editora Paz e Terra.

Graue, E., & Walsh, D. (2003). Investigação Etnográfica com Crianças: Teorias, Métodos e Ética. Fundação Calouste Gulbenkian.

Leite, M. I. (2007). Tudo para a criança deve ser infantil? Em S. S. D. Pillotto (Org.). Linguagens da arte na infância (pp. 48-58). Univille.

Martins Filho, J. A., & Barbosa, M. C. S. (2010). Metodologias de pesquisa com crianças. Revista Reflexão e Ação, 18(2), 8-28. https://doi.org/10.17058/rea.v18i2.1496

May, T. (2004). Pesquisa social: questões, métodos e processos (3. ed. Tradução: Carlos Alberto Silveira Netto Soares). Artmed.

Nascimento, M. L. B. P. (2013). As políticas públicas de educação infantil e a utilização de sistemas apostilados no cotidiano de creches e pré-escolas públicas. Revista Brasileira de Educação. 17(49), 59-80. https://doi.org/10.1590/S1413-24782012000100004

Nogueira, R. M. de S., & Ferreira, E. M. (2018). O currículo da educação infantil: tempos e espaços. Em M. Sarat, M. C. C. Troquez, & T. Silva da (Orgs.). Formação Docente para a educação infantil: experiências em curso (pp. 155-171). Ed. Universidade Federal da Grande Dourados.

Oliveira, Z. de M. R. de. (2010). O currículo na educação infantil: o que propõem às novas diretrizes nacionais? I Seminário Nacional: currículo em movimento – Perspectivas Atuais. Belo Horizonte, Brasil. http://portal.mec.gov.br/docman/dezembro-2010-pdf/7153-2-1-curriculo-educacao-infantil-zilma-moraes/file

Ostetto, L. E. (2000). Planejamento na educação infantil: mais que a atividade, a criança em foco. Em L. E. Ostetto (Org.). Encontros e encantamentos na educação infantil: partilhando experiências de estágios (pp.175-200). Papirus Educação.

Ostetto, L. E. (2010). Para encantar, é preciso encantar-se: danças circulares na formação de professores. Cadernos Cedes, 30(80), 40-55. https://doi.org/10.1590/S0101-32622010000100004

Ostetto, L. E. (2015). A prática do registro na Educação Infantil: narrativa, memória, autoria. Revista @mbiente educação, 8(2), 202-213. https://doi.org/10.26843/v8.n2.2015.526

Pelizzoni, G. M. (2015). Sobre a delicada arte de traduzir a cultura da infância em cultura da escola. 37ª Reunião Anual da Anped. https://www.anped.org.br/sites/default/files/trabalho-gt07-4165.pdf

Pillotto, S.S. D. (2007). As linguagens da arte no contexto da educação infantil. Em S. S. D. Pillotto (Org.). Linguagens da arte na infância (pp. 18-28) Univille.

Rinaldi, C. (2017). Diálogos com Reggio Emilia: escutar, investigar e aprender (Tradução Vania Cury, 5ª ed.). Paz e Terra.

Rocha, E. A. C. (2008). Por que ouvir as crianças? Algumas questões para o debate científico multidisciplinar. Em S. H. V. Cruz (Org.). A criança fala: a escuta de crianças em pesquisas (pp. 43-51). Cortez.

Sarmento, M. J. (2003). Imaginário e culturas da infância. Instituto de Estudos da criança Universidade do Minho. http://titosena.faed.udesc.br/Arquivos/Artigos_infancia/Cultura%20na%20Infancia.pdf

Sarmento, M. J. (2004). As culturas da infância nas encruzilhadas da 2ª modernidade. Instituto de Estudos da Criança, Instituto de Estudos da criança Universidade do Minho. http://proferlaotrabalhosalunos.pbworks.com/f/as+culturas+da+infancia+na+encruzilhada+da+segunda+modernidade.pdf

Sarmento, M. J. (2005). Gerações e alteridade: interrogações a partir da sociologia da infância. Educação & Sociedade. 26(91), 361-378. https://doi.org/10.1590/S0101-73302005000200003

Silva, M. C. C. B. da. (2021). Estética da sensibilidade: a arte do sentirpensar e corazonar em educação. [Tese de doutorado, Universidade Estadual Paulista]. Repositório Institucional da Unesp. https://repositorio.unesp.br/handle/11449/205087

Tiriba, L. (2010). Crianças da Natureza. I Seminário Nacional: currículo em movimento – Perspectivas Atuais. Belo Horizonte, Brasil. http://portal.mec.gov.br/docman/setembro-2010-pdf/6679-criancasdanatureza

Publicado

05.11.2024

Como Citar

Ferreira, E., Sarat, M., & Côco, V. (2024). Ouvir crianças e professores: a escuta atenta nos diálogos em instituições educacionais. Linhas Crí­ticas, 30, e50581. https://doi.org/10.26512/lc29202350581

Edição

Seção

Artigos