A escuta das crianças por meio de suas brincadeiras
DOI:
https://doi.org/10.26512/lc29202350573Palavras-chave:
Escuta das crianças, Brincadeira, Educação Infantil, Grupo de paresResumo
Com recursos interpretativos de que dispõem, crianças revelam o que sabem e criam significações com seus pares. Buscou-se, então, escutar um grupo de sete crianças de 5 anos sobre um tema que faz parte de suas vivências cotidianas – a família. Por meio da observação de brincadeiras instadas, videogravadas e analisadas qualitativamente pela pesquisadora no contexto da educação infantil, as crianças revelam ser protagonistas de suas microculturas: criam personagens e tecem relações circunscritas a um cenário de família. Portanto, escutar crianças é permitir que manifestem afetos, interesses, discordâncias, conflitos e propostas, tomando-os como indícios de suas compreensões e concepções.
Downloads
Referências
Abramowicz, A. (2018). Sociologia da Infância: traçando algumas linhas. Contemporânea, 8(2), 371-383. https://www.contemporanea.ufscar.br/index.php/contemporanea/article/view/653/pdf
Bruner, J. (2008). Actos de significado: para uma psicologia cultural. Edições 70.
Buss-Simão, M. (2012). Relações sociais em um contexto de educação infantil: um olhar sobre a dimensão corporal na perspectiva das crianças pequenas. [Tese de doutorado, Universidade Federal de Santa Catarina]. Repositório Institucional da UFSC. https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/96146
Carvalho, A. M. A. (2021). Psicologia do Desenvolvimento: Há Questões Novas? Cadernos de Psicologia, 1(1). https://doi.org/10.9788/CP2021.1-02
Carvalho, A. M. A., Pedrosa, M. I., & Império-Hamburger, A. (in memoriam). (2020). Revendo conceitos e princípios para a análise da dinâmica interacional de crianças. Em A. M. A. Carvalho, & M. I. Pedrosa (Orgs.). Física e psicologia: um ensaio de interdisciplinaridade (pp. 43-70). Edicon.
Cooke, T. (2006). ‘Tanto, Tanto!’ Livro de Literatura Infantil. Ática.
Corsaro, W. A. (1988). Routines in the peer culture of American and Italian nursery school children. Sociology of Education, 61(1). https://doi.org/10.2307/2112305
Corsaro, W. A. (1992). Interpretive reproduction in children’s peer cultures. Social Psychology Quarterly, 55(2), 160-177. https://doi.org/10.2307/2786944
Corsaro, W. A. (2009). Reprodução interpretativa e cultura de pares. Em F. Müller, & A. M. A. Carvalho (Orgs.). Teoria e prática na pesquisa com crianças: diálogos com William Corsaro (31-50). Cortez.
Corsaro, W. A. (2011). Sociologia da Infância. Artmed.
Ferreira, M. M. M. (2005). Brincar às arrumações, arrumando ou... entre a ordem institucional adulta e a ordem instituinte infantil, as crianças como actores sociais no jardim de infância. Reflexão e Ação, 13(1), 115-132. https://hdl.handle.net/10216/63178
Ferreira, M. M. M. (2008). “Branco demasiado” ou… reflexões epistemológicas, metodológicas e éticas acerca da pesquisa com crianças. Em M. J. Sarmento, & C. S. Maria. Estudos da Infância, educação e práticas sociais (pp. 143-162). Vozes.
Ferreira, P. N. (2016). “A gente tá fazendo um feitiço”: cultura de pares e experiência estética no ateliê de artes plásticas em contexto de educação infantil. [Tese de doutorado, Universidade Federal de Alagoas]. Repositório Institucional da UFAL. www.repositorio.ufal.br/handle/riufal/1589
Haddad, L., & Maynart, R. C. (2017). A compreensão de relações familiares pelas crianças em situação de brincadeira em contexto de educação infantil. Zero-a-seis, 19, 69. https://doi.org/10.5007/1980-4512.2017v19n35p69
Lira, P. P., & Pedrosa, M. I. (2016). Processos de significação sobre família em brincadeiras de crianças em acolhimento institucional. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 32(3). https://doi.org/10.1590/0102-3772e323214
Lucena, J. M. F., Amorim, K. S., & Pedrosa, M. I. (2021). Aprendizagem cultural por crianças de dois anos em seu grupo de brinquedo. Estudos e Pesquisas em Psicologia, 3. https://doi.org/10.12957/epp.2021.62712
Maynart, R. C. (2017). Brincadeira de família em contexto de educação infantil: processos de significação e cultura de pares. [Tese Doutorado, Universidade Federal de Alagoas]. Repositório Institucional da UFAL. http://www.repositorio.ufal.br/handle/riufal/2001
Maynart, R. C., & Haddad, L. (2019). A brincadeira e o processo de constituição do eu psíquico da criança: implicações para a Educação Infantil. Edufal.
Oliveira, E. M. B. de, & Haddad, L. (2020). Delineando posicionamentos de gênero em contexto de educação infantil a partir de oficinas de brincadeiras. Humanidades & Inovação, 7, 309-323. https://revista.unitins.br/index.php/humanidadeseinovacao/article/view/2147
Rocha, E. A. C. (2008). Por que ouvir as crianças? Algumas questões para um debate científico multidisciplinar. Em S. H. V. Cruz (Org.). A criança fala: a escuta de crianças em pesquisas (pp. 141-157). Cortez.
Rogoff, B. (2005). A natureza cultural do desenvolvimento humano. Artmed.
Santos, C. P. S. (2015). A ontogênese das representações sociais de família em crianças de 4 a 6 anos. [Tese de doutorado, Universidade Federal de Pernambuco]. Repositório Institucional da UFPE. https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/14964
Sarmento, M. J (2005). Gerações e alteridade: interrogações a partir da sociologia da infância. Educação & Sociedade, 26(91), 361-378. https://doi.org/10.1590/S0101-73302005000200003
Simões, P. M. U., & Resnick, R. (2019). A pesquisa das infâncias como possibilidade de encontros e trocas de conhecimento. Em E. R. C. Morais, F. M. L. Cruz, M. F. S. Santos, & R. L. S. Aléssio (Orgs.). Interfaces entre a psicologia do desenvolvimento e a psicologia social (pp. 33-55). UFPE. https://editora.ufpe.br/books/catalog/view/67/70/199
Vigotski, L. S. (2008). A brincadeira e o seu papel no desenvolvimento psíquico da criança. Revista Virtual de Gestão de Iniciativas Sociais, 23-36. https://atividart.files.wordpress.com/2016/05/a-brincadeira-e-seu-papel-no-desenvolvimento-psiquico-da-crianc3a7a.pdf
Wallon, H. (2008). Do ato ao pensamento: ensaio de psicologia comparada. Vozes.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Renata Maynart, Lenira Haddad, Maria Isabel Pedrosa
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png)
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, sendo o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License, o que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.