Precisamos de uma Base Nacional Comum Curricular?
DOI:
https://doi.org/10.26512/lc.v23i50.5054Palavras-chave:
Base Nacional Curricular Comum, Formação de professores, CurrículoResumo
Tensões sobre currículo são constantemente reiteradas, não havendo um deslocamento do passado que ressurge anacronicamente nas políticas. Os sentidos são gerados através da circularidade dos contextos e da busca pela hegemonia. A condição de abertura da significação é o que constitui o social e nos permite pensar na hibridização de políticas curriculares recentes, as quais têm mobilizado um status de autoridade inexorável com relação à padronização. Nesse contexto, trouxemos à baila sentidos que têm se tornados hegemônicos no cenário político, como a exigência de competências e habilidades a priori para a formação de professores e de alunos.
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