Do abrir-se aos pontos de vista e forças do desejo dos bebês e crianças bem pequenas

Autores

  • Ana Cristina Coll Delgado Universidade Federal de Pelotas
  • Marta Nörnberg Universidade Federal de Pelotas

DOI:

https://doi.org/10.26512/lc.v19i38.4097

Palavras-chave:

Crianças bem pequenas, Forças do desejo

Resumo

Este artigo articula elementos empíricos e teóricos decorrentes de experiências de estudo, pesquisa e extensão que envolvem bebês, crianças bem pequenas, professoras e auxiliares. O amparo teórico sustenta-se em referências da educação infantil e sociologia da infância, principalmente em concepções filosóficas de base pós-estruturalista, com base nos estudos de Mozère (2007). Conhecimentos acerca do cuidado e educação são sistematizados, indicando pistas conceituais e metodológicas para organização de práticas pedagógicas de formação de professores que buscam o instigante movimento de abrir-se aos “pontos de vista” e “forças do desejo” dos bebês e crianças bem pequenas.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

BEYER, Esther. A importância da interação no desenvolvimento cognitivo musical: um estudo com bebês de 0 a 24 meses. Anais do SIMCAM4 ”“ IV Simpósio de Cognição e Artes Musicais, maio de 2008.

BORDO, Susan. O corpo e a reprodução da feminidade: uma apropriação feminista de Foucault. In: JAGGAR, Alison ; BORDO, Susan. Gênero, Corpo, Conhecimento. Rio de Janeiro: Rosa dos Tempos, 1997. p.19-41.

BRASIL. Ministério da Educação. Práticas Cotidianas na Educação Infantil: Bases para a Reflexão sobre as Orientações Curriculares. Brasília: MEC, 2009.

BROUGÈRE, Gilles; VANDENBROECK, Michel. Pourquoi de nouveaux paradigmes? In: BROUGÈRE, Gilles; VANDENBROECK, Michel (Dir.). Repenser l’ éducation des jeunes enfants. Bruxelles: Éditions Scientifiques Internationales, 2007. p. 9 -19.

DAHLBERG, Gunilla; MOSS, Peter. Au - dela de la qualité, vers l’éthique et la politique em matière d’éducation préscolaire. In: BROUGÈRE, Gilles; VANDENBROECK, Michel (dir.). Repenser l’ éducation des jeunes enfants. Bruxelles: Éditions Scientifiques Internationales, 2007. p. 53 -76.

DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Félix. Mille plateaux. Capitalisme et schizophrenie. Paris: Éditions de Minuit, 1980.

DELEUZE, Gilles. Mil Platôs: Capitalismo e esquizofrenia. São Paulo: Ed. 34, 1997. v. IV.

DOLTO, Francoise. La cause des enfants. Paris: Éditions Robert Laffont, 1985.

FALCADE, Noeli. ASQUAGARU. Programa de Saúde com mulheres e crianças indígenas Kaingangs. In: TREIN, Hans (Org.) Relatório Institucional do Comin 2010. São Leopoldo: COMIN, 2010. (Digitalizado).

FALK, Judit. Educar os três primeiros anos: a experiência de Lóczi. São Paulo: Junqueira & Marin, 2010.

FOUCAULT, Michel. Surveiller et punir, Gallimard, 1975.GOMES, Denise Barata. Caminhando com arte na pré-escola. In: GARCIA, Regina Leite (Org.). Revisitando a pré-escola. São Paulo: Cortez, 1993. p. 123 -141.

GOTTLIEB, Alma. Para onde foram os bebês? Em busca de uma antropologia de bebês (e de seus cuidadores). Psicologia USP, São Paulo, USP, v. 20, n. 3, p. 313-336, jul-set. 2009.

GUATTARI, Félix. As creches e a iniciação. In: GUATTARI, Félix. Revolução Molecular: pulsações políticas do desejo. São Paulo: Brasiliense, 1987. p. 50”“55.

GUATTARI, Félix. ; ROLNIK, Sueli. Micropolitiques. Paris: Les empêcheurs de penser en rond, 2007.

GUIMARÃES, Daniela. Técnicas corporais, cuidado de si e cuidado do outro nas rotinas com bebês. In: ROCHA, Eloisa; KRAMER, Sonia (Orgs.). Educação Infantil. Enfoques em diálogo. Campinas: Papirus, 2011.

KOHAN, Walter (Org.). A infância da educação: o conceito devir-criança. In:______. (Org.). Lugares da infância: filosofia. Rio de Janeiro: DP&A, 2004. p. 51-68.

LEAL, Bernardina. Leituras da infância na poesia de Manoel de Barros. In: KOHAN, Walter (Org.). Lugares da infância: filosofia. Rio de Janeiro: DP&A, 2004. p. 19”“30.

MACHADO, Maria Lucia Alcantara. Pré-escola não é escola. A busca de um caminho. São Paulo: Editora Paz e Terra, 1991.

MONTAGU, Ashley. Tocar. O significado humano da pele. 6ed. São Paulo: Summus, 1988.

MOZÈRE, Liane. “Du côté” des jeunes enfants ou comment appréhender le désir en sociologie? In: BROUGÈRE, Gilles; VANDENBROECK, Michel (Dir.). Repenser l’ éducation des jeunes enfants. Bruxelles: Éditions Scientifiques Internationales, 2007. p. 165 ”“ 188.

OSBORNE, Kate. El trabajo de las mujeres...nunca termina. In: FIRTH-COZENS, Jenny & WEST, Michael A. (Org.). La mujer en el mundo del trabajo. Madrid: Morata, 1991. p. 15-26.

RICHTER, Sandra Regina Simonis; BARBOSA, Maria Carmen Silveira. Os bebês interrogam o currículo: as múltiplas linguagens na creche. Educação, Santa Maria, UFSM, v. 35, n. 1, p. 85-96, jan-abr. 2010.

SARMENTO, Manuel Jacinto. As Culturas da Infância nas Encruzilhadas da Segunda Modernidade. In: SARMENTO, Manuel; CERISARA, Ana Beatriz. Crianças e Miúdos: perspectivas sociopedagógicas da infância e educação. Porto, Portugal, Asa Editores, 2004. p. 9-34.

SERRES, Michel. Hominescências. O começo de uma outra humanidade? Rio de Janeiro: Bertrand do Brasil, 2003.

SHORE, Rima. Repensando o cérebro: novas visões sobre o desenvolvimento inicial do cérebro. Porto Alegre: Mercado Aberto, 2000.

SIMON, Claire; DELALANDE, Julie. Enfants Scénaristes, enfants acteurs sociaux: Rencontre de deux regards sur la cour de récréation. Revue Les Sciences de l’éducation. Pour l’ère nouvelle. Revue internationale. Territoire des enfants. Revue/França, v. 39, n.2, p. 89-102, mai, 2006. (Numéro thématique coordonné par Julie Delalande).

WINNICOTT, Donald W. Os bebês e suas mães. 3ed. São Paulo: Martins Fontes, 2006.

Downloads

Publicado

02.05.2013

Como Citar

Delgado, A. C. C., & Nörnberg, M. (2013). Do abrir-se aos pontos de vista e forças do desejo dos bebês e crianças bem pequenas. Linhas Crí­ticas, 19(38), 147–167. https://doi.org/10.26512/lc.v19i38.4097

Artigos Semelhantes

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.