Quando a queixa é Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade
DOI:
https://doi.org/10.26512/lc28202240200Palavras-chave:
Processos de ensino e de aprendizagem, Medicalização, Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade, Educação EspecialResumo
O Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) emerge como justificativa para problemas na escolarização, sendo muitas vezes resultado de uma avaliação rápida e superficial. Diante disso, neste estudo, investigou-se a variação no número de laudos de TDAH, entre 2015 e 2020, em escolas públicas, constatando-se um aumento de 594%. Questiona-se a concepção biologizante do TDAH, cuja consequência é a medicalização. Propõe-se o desenvolvimento da atenção e do controle voluntário do comportamento no conjunto das funções psicológicas. Aponta-se a importância de um planejamento fundamentado na concepção histórico-cultural e a premência de investimento público na qualificação docente.
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