Educação e trabalho em famílias de ex-metalúrgicos(as)
DOI:
https://doi.org/10.26512/lc.v27.2021.36527Palavras-chave:
Sindicalismo, Educação, Socialização, Trabalho, FamíliasResumo
A proposta deste artigo é analisar como a militância sindical e a experiência de trabalho de metalúrgicos(as) foram constituintes de processos de aprendizagem e se converteram em expectativas de educação formal para os(as) filhos(as). As entrevistas foram feitas com mulheres e homens metalúrgicos, seus filhos e filhas, da região do ABC Paulista, que participaram do ciclo de greves de fins da década de 1970. A partir de suas memórias, podemos mostrar como as trajetórias de militância e trabalho fornecem indícios para compreender as influências nos investimentos educacionais dos filhos e filhas.
Downloads
Referências
Archer, M. (2003). Structure, agency and the internal conversation. Cambridge University Press.
Beaud, S., & Pialoux, M. (2009). Retorno à condição operária: investigação em fábricas da Peugeot na França. Boitempo.
Boltanski, L., & Thévenot, L. (1991). De la Justification: les économies de la grandeur. Éditions Gallimard.
Bourdieu, P. (1977). Outline of a theory of practice. Cambridge University Press.
Brasil. (2001). Lei 10.260 de 12 de julho de 2001 (Dispõe sobre o Fundo de Financiamento ao estudante do Ensino Superior e dá outras providências). Presidência da República. Casa Civil. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LEIS_2001/L10260compilado.htm
Brasil. (2005). Lei 11.096 de 13 de janeiro de 2005 (Institui o Programa Universidade para Todos - PROUNI, regula a atuação de entidades beneficentes de assistência social no ensino superior; altera a Lei nº 10.891, de 9 de julho de 2004, e dá outras providências). Presidência da República. Casa Civil. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/lei/l11096.htm
Brasil. (2007). Decreto 6.096 de 24 de abril de 2007 (Institui o Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais – REUNI). Presidência da República. Casa Civil. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/decreto/d6096.htm
Comin, A. A., & Barbosa, R. J. (2011). Trabalhar para estudar: sobre a pertinência da noção de transição escola-trabalho no Brasil. Novos estudos CEBRAP, (91), 75-95. https://doi.org/10.1590/S0101-33002011000300004
Comin, A. A. (2015). Desenvolvimento econômico e desigualdades no Brasil: 1960-2010. Em M. Arretche (Org.). Trajetórias das desigualdades: como o Brasil mudou nos últimos cinquenta anos (pp. 367-394). Unesp; CEM.
Durham, E. (1973). A caminho da cidade: a vida rural e a emigração para São Paulo. Perspectiva.
Gallie, D. (1991). Patterns of Skill Change: Upskilling, Deskilling or the Polarization of Skills? Work, Employment and Society, 5(3), 319-351. https://doi.org/10.1177/0950017091005003002
Guimarães, N. A. (2001). Laboriosas mas redundantes: gênero e mobilidade no trabalho no Brasil dos 90. Revista Estudos Feministas, 9(1), 82-102. https://doi.org/10.1590/S0104-026X2001000100005
Guimarães, N. A., Barone, L. S., & Brito, M. M. A. de. (2015). Mercado e mercantilização do trabalho. Em M. Arretche (Org.). Trajetórias das desigualdades: como o Brasil mudou nos últimos cinquenta anos (pp. 395-422). Unesp; CEM.
Humphrey, J. (1983). Sindicato: um mundo masculino. Novos Estudos Cebrap, 2(1), 47-52. http://novosestudos.com.br/produto/edicao-05/#58d42a566b05b
Koselleck, R. (2004). Futures past: on the semantics of historical time. Columbia University Press.
Lahire, B. (1997). Sucesso escolar nos meios populares: as razões do improvável. Ática.
Lahire, B. (2001). O Homem Plural. As molas da acção. Instituto Piaget.
Menezes, M. (2019). A migração Nordeste-São Paulo e a memória dos trabalhadores do ABC Paulista. Em J. S. Leite Lopes, & B. A. Heredia. Trabalhadores Urbanos, trabalhadores rurais: história e perspectivas (pp. 115-138). UFRJ.
Negro, A. L. (2004). Linhas de Montagem: o industrialismo nacional-desenvolvimentista e a sindicalização dos trabalhadores. Boitempo.
Paranhos, K. R. (2005). Teatro e trabalhadores: textos, cenas e formas de agitação no ABC paulista. Artcultura, 7(11), 101-115. http://www.seer.ufu.br/index.php/artcultura/article/view/1391/1259
Piscitelli, A. (2005). Tradição oral, memória e gênero: um comentário metodológico. Cadernos Pagu, (1), 150-200. https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/cadpagu/article/view/1683/1666
Ribeiro, C. C., Ceneviva, R., & Brito, M. M. A. de. (2015). Estratificação educacional entre jovens no Brasil entre 1960 e 2010. Em M. Arretche (Org.). Trajetórias das desigualdades: como o Brasil mudou nos últimos cinquenta anos (pp. 79-108). Unesp; CEM.
Ricoeur, P. (1991). O si-mesmo como um outro. Papirus.
Rosenthal, G. (2014). História de vida vivenciada e história de vida narrada: A interrelação entre experiência, recordar e narrar. Civitas - Revista De Ciências Sociais, 14(2), 227-249. https://doi.org/10.15448/1984-7289.2014.2.17116
Santos Junior, J., & Menezes, M. A. de. (2019). À margem da história? Mulheres metalúrgicas e a memória das greves do ABC (1978–1983). Em J. S. Leite Lopes, & B. A. Heredia (orgs.). Movimentos cruzados, histórias específicas (pp. 227-266). UFRJ.
Santos Junior, J., & Menezes, M. A. de. (2021). Histórias de mulheres militantes na perspectiva dos(as) filhos(as): (Des)Engajamentos Políticos. Educação & Sociedade, 42, 1-17. https://doi.org/10.1590/es.240824
Silva, M. G. V., & Tomizaki, K. A. (2016). O sonho de ser metalúrgico: dimensões da vivência juvenil no ABC Paulista. Linhas Críticas, 22(47), 86-109. https://doi.org/10.26512/lc.v22i47.4783
Singer, P. (1971). Força de trabalho e emprego no Brasil, 1920-1969. Cadernos Cebrap, (3). http://bibliotecavirtual.cebrap.org.br/?r=acervos/busca&keyword=s&Acervos_page=6
Souza-Lobo, E. (2011). A classe operária tem dois sexos: trabalho, dominação e resistência. Perseu Abramo.
Sposito, M. P. (2003). Uma perspectiva não escolar no estudo sociológico da escola. Revista USP, (57), 210-226. https://doi.org/10.11606/issn.2316-9036.v0i57p210-226
Tomizaki, K. (2006). A herança operária entre a fábrica e a escola. Tempo Social, 18(1), 153-171. https://doi.org/10.1590/S0103-20702006000100009
Tomizaki, K. (2008). Socializar para o trabalho operário: o Senai-Mercedes-Benz. Tempo Social, 20(1), 69-94. https://doi.org/10.1590/S0103-20702008000100004
Valle Silva, N. (2003). Expansão escolar e estratificação educacional no Brasil. Em N. Valle Silva, & C. Hasenbalg (Org.). Origens e destinos: desigualdades sociais ao longo da vida (pp. 105-146). Topbooks.
Arquivos adicionais
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Jaime Santos Junior, Marilda Aparecida de Menezes
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png)
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, sendo o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License, o que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.