As ocupações secundaristas em Francisco Beltrão-PR – 2016

fazer-se e experiências

Autores

DOI:

https://doi.org/10.26512/lc.v27.2021.36442

Palavras-chave:

Movimento estudantil, Experiência, Formação política, Educação

Resumo

Em 2016 vários estudantes ocuparam mais de 800 escolas no estado do Paraná. Esta ação se estendeu para as universidades e para outros estados. Este artigo reflete sobre este movimento em Francisco Beltrão. A partir de entrevistas semiestruturadas, reportagens veiculadas no jornal local e revisão bibliográfica, analisa-se as experiências formativas vividas pelos secundaristas, bem como sua contribuição no fazer político destes jovens. Com base nas categorias experiência e fazer-se de Thompson conclui-se que as ocupações foram importantes no fazer político dos participantes que, ao disputarem a educação pública e o espaço escolar, colocaram-se como sujeitos de seu tempo histórico.

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Biografia do Autor

Franciele Maria David, Secretaria do Estado da Educação do Paraná, Brasil

Mestre em educação pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná (2019), Professora- pedagoga da Secretaria do Estado da Educação do Paraná. Membro do grupo de pesquisa sociedade, trabalho e educação e do grupo educação superior, formação e trabalho docente. E-mail: david_fran@hotmail.com

Suely Aparecida Martins, Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Brasil

Doutora em sociologia política pela Universidade Federal de Santa Catarina (2009). Professora associada da Universidade Estadual do Oeste do Paraná, campus de Francisco Beltrão. Membro do grupo de pesquisa sociedade, trabalho e educação. E-mail: martins_sue@hotmail.com

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Arquivos adicionais

Publicado

26.05.2021

Como Citar

David, F. M., & Martins, S. A. (2021). As ocupações secundaristas em Francisco Beltrão-PR – 2016: fazer-se e experiências. Linhas Crí­ticas, 27, e36442. https://doi.org/10.26512/lc.v27.2021.36442

Edição

Seção

Dossiê: As dimensões educativas da luta

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