A educação frente às tendências liberal e comunitarista da democracia
DOI:
https://doi.org/10.26512/lc.v15i28.3527Palavras-chave:
Modelos ético-políticos;, Democracia;, Gestão da educaçãoResumo
O objetivo deste texto é contrapor modelos de democracia para investigar a gestão da educação, discutindo o potencial heurístico desses modelos na compreensão dos desafios da administração democrática do ensino e da forma como as políticas educacionais são concebidas e implementadas na escola pública. São abordadas a concepção contratualista ou liberal da democracia e a sua concepção comunitarista ou participativa. Mostra-se que essas concepções, por mais que se contraponham, se entrecruzam e precisam uma da outra para se autodefinirem, fazendo parte de uma mesma família ético-política. A despeito de sua crítica ao individualismo e à lógica do contrato social como base para a democracia, a concepção comunitarista não é incompatível com as exigências capitalistas, permitindo a esse sistema se rearticular politicamente a partir de novas bases éticas.
Downloads
Referências
ACKERMAN, Bruce. Social Justice in the Liberal State. Bringhampton, NY: Yale University Press,1980.
BAUMAN, Zygmunt. Comunidade. A busca da segurança no mundo atual. Trad.: Plínio Dentzien.Rio de Janeiro: Zahar, 2003.
BROUSEAU, Guy. Le contrat didactique: le milieu.Recherches en Didactique des Mathématiques,Grenoble (France), v. 9, n. 3, p. 309-336, 1988.
COUTINHO, Carlos Nelson. A democracia como valor universal e outros ensaios. 2. ed. Rio deJaneiro: Salamandra, 1984.
DAGNINO, Evelina; OLVERA, Alberto J.; PANFICHI, Aldo. Para uma outra leitura da disputapela construção democrática na América Latina. In: ”“”“”“”“”“”“; ”“”“”“”“”“”“; ”“”“”“”“”“”“ (Orgs.). A disputapela construção da democracia na América Latina. São Paulo: Paz e Terra; Campinas: Edunicamp,2006. p. 261-307.
EAGLETON, Terry. As ilusões do pós-modernismo. Trad.: Elizabeth Barbosa. Rio de Janeiro: Zahar,1998.
FORQUIN, Jean-Claude. O currículo entre o relativismo e o universalismo. Educação e Sociedade,Campinas, v. 21, n. 73, p. 47-70, dez. 2000.
FOUREZ, A construção da ciência. São Paulo: Unesp, 1995.
GUTMANN, Amy. A desarmonia da democracia. Lua Nova. Revista de Cultura e Política,São Paulo, n. 36, p. 5-37,1995.
”“”“”“”“”“”“. Democratic education. Princeton: Princeton University Press, 1987.
MARTINS, Ângela. Autonomia da escola: a (ex)tensão do tema nas políticas públicas. São Paulo:Cortez, 2002.
MARX, Karl. A miséria da filosofia. Trad.: José P. Netto. São Paulo: Global, 1985.
OÑA, Fernando Vallespín. Nuevas teorias del Contrato Social: John Rawls, Robert Nozick y JamesBuchnan. Madrid: Alianza Editorial, 1985.
ORTEGA, Francisco. Para uma política da amizade: Arendt, Derrida, Foucault. Rio de Janeiro:Relume Dumará, 2000.
PINTO, Neuza Bertoni. Contrato didático ou contrato pedagógico? Diálogo Educacional,Curitiba, v. 4, n. 10, p. 93-106, set./dez. 2003.
RANCIÈRE, Jacques. O desentendimento. Política e filosofia. Trad.: Ângela Leite Lopes. São Paulo:Ed. 34, 1996.
ROMANO, Roberto. O caldeirão de Medeia. São Paulo: Perspectiva, 2001.
RUIZ SCHNEIDER, Carlos. Notas sobre comunitarismo, republicanismo y neoliberalismo.Revista de Derecho, Valdivia (Chile), v. 11, n. 1, p. 95-101, dic. 2000.
SANDER, Benno. Consenso e conflito. Perspectivas analíticas na pedagogia e na administração daeducação. São Paulo: Pioneira, 1984.
SANTOS, Boaventura de Sousa. Reinventar a democracia: entre o pré-contratualismo e o pós-contratualismo. In: OLIVEIRA, Francisco; PAOLI, Célia (Orgs.). Os sentidos da democracia.Políticas do dissenso e hegemonia global. Petrópolis: Vozes, 1999, p. 83-p. 129.
SILVA, Tomaz Tadeu da. A produção social da identidade e da diferença. In: ”“”“”“”“”“”“ (Org.).Identidade e diferença. A perspectiva dos estudos culturais. Petrópolis: Vozes, 2000. p. 73-102.
TAYLOR, Charles. Argumentos filosóficos. Trad.: Adail Sobral. São Paulo: Loyola, 2000.
TEDESCO, Juan Carlos. O novo pacto educativo: educação, competitividade e cidadania nasociedade moderna. Trad.: Otacílio Nunes. São Paulo: Ática, 1998.
TORRES, Carlos Alberto. Democracia, educação e multiculturalismo. Petrópolis: Vozes, 2001.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2016 Linhas Críticas

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Todas as publicações da revista Linhas Críticas serão licenciadas sob uma licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0). Isso significa que qualquer pessoa tem o direito de:
Compartilhar — copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato;
Adaptar — remixar, transformar, e criar a partir do material para qualquer fim, mesmo que comercial.
As pessoas autoras não podem revogar estes direitos desde que sejam respeitados os termos da licença.
Conforme os termos:
Atribuição — as pessoas leitoras devem atribuir o devido crédito, fornecer um link para a licença, e indicar se foram feitas alterações. As pessoas leitoras podem fazê-lo de qualquer forma razoável, mas não de uma forma que sugira que o licenciante o apoia ou aprova o seu uso.
Sem restrições adicionais — as pessoas autoras não pode aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo que a licença permita.
Autores/as que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Pessoas autoras mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, sendo o trabalho simultaneamente licenciado sob a licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0), o que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Pessoas autoras têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Pessoas autoras têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais, repositórios préprint ou na sua página pessoal) qualquer ponto antes do envio da versão final do artigo à revista, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
