Onde estão os outros?
Mudanças e permanências nas redes sociais de apoio e cuidado de tetraplégicos
DOI:
https://doi.org/10.26512/lc.v24i0.18961Palavras-chave:
Rede social, Família, Cuidados em saúde, TetraplegiaResumo
A partir de um estudo que visou a análise da composição e recomposição das redes sociais de indivíduos tetraplégicos crônicos, estudamos as tensões e os paradoxos que emergem da situação de completa dependência de um indivíduo do auxílio de outras pessoas para garantir a sua sobrevivência. A pesquisa se inscreve no campo da investigação qualitativa. Analisamos, neste artigo, o caso de um jovem portador de tetraplegia adquirida. Os dados foram obtidos com base em narrativa biográfica e entrevistas guiadas por roteiros semiestruturados. A análise das mudanças e permanências das redes sociais de apoio mostrou ser um instrumento capaz de permitir uma melhor compreensão das dinâmicas de cuidado adotadas em situação de alta dependência. Evidenciou-se que a presença de uma rede social, mesmo que esvaziada e fragilizada, é determinante na adoção de estratégias positivas de enfrentamento da tetraplegia. Observou-se a importância de uma maior presença do Estado no suporte às famílias e também a sensibilização da sociedade a fim de acolher e não repudiar a diversidade resultante da deficiência.
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