Práticas avaliativas em aulas de línguas estrangeiras: articulação didática entre o formativo e o somativo
DOI:
https://doi.org/10.26512/rhla.v21i1.42303Palavras-chave:
Avaliação formativa, Avaliação somativa, Ensino-Aprendizagem de línguas estrangeirasResumo
Neste artigo, tratamos das relações entre as funções formativa e somativa da avaliação, na sala de aula de Língua Estrangeira, abordando as práticas avaliativas na perspectiva da Didática das línguas/culturas, que procura articular entre si as diferentes dimensões do ensinar e aprender uma língua. Realizamos uma reflexão teórico-metodológica, fundamentada na literatura sobre avaliação escolar (ALLAL, 2004; GATTI, 2002; FERNANDES, 2005; 2008), e sobre ensino-aprendizagem de línguas estrangeiras (CONSELHO DA EUROPA, 2001; COURTILLON, 2003; DUPLESSIS, 2007), e analisamos uma unidade didática de Francês Língua Estrangeira com o objetivo de mostrar que, quando articuladas, procedimentos formativo e somativo contribuem para a qualidade do ensino e das aprendizagens em língua e para o consequente desenvolvimento da autonomia dos aprendentes. Concluímos que, no ensino e na aprendizagem de línguas, as atividades avaliativas, que se iniciam com o contrato didático e a apreensão dos objetivos didáticos, se fundem às atividades linguageiras, potencializando as aprendizagens cotidianas e articulando-se às atividades somativas e/ou certificativas decorrentes das demandas institucionais.
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