O papel do inglês na formação e na internacionalização da educação no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.26512/rhla.v14i1.1391Palavras-chave:
Formação;, Internacionalização;, Educação;, Papel do inglês.Resumo
Resumo
O objetivo deste artigo é refletir acerca do papel do inglês na educação brasileira contemporânea. O estudo revisa políticas linguísticas e de internacionalização sugerindo que há uma tensão entre o papel formador e o papel instrumental da língua inglesa na educação atual. A fim de subsidiar a reflexão proposta, o estudo analisa dados de dois questionários com perguntas relacionadas ao ensino e à aprendizagem de línguas estrangeiras no Brasil. Utilizou-se uma metodologia híbrida analisando dados quantitativos e qualitativos dos questionários respondidos por 65 participantes, sendo 43 estudantes do ensino médio de uma comunidade capixaba de imigrantes pomeranos e 22 professores de inglês. A análise dos questionários sugere que os brasileiros querem aprender inglês como língua estrangeira e veem esse idioma como tendo status de língua internacional. Os resultados mostram que a maior diferença entre o ensino desse idioma no Brasil está nos seus papeis ora formador (na educação básica) ora instrumental (nos cursos livres e programas de internacionalização), confirmando a hipótese levantada na análise das políticas linguísticas de que há uma tensão entre os papeis formador e instrumental do inglês na educação brasileira.
Palavras-chave: Formação. Internacionalização. Educação. Papel do inglês.
Abstract
This paper aims at reflecting on the role of English in contemporary Brazilian education. The study reviews language and internationalization policies suggesting that there is a tension between the formative role and the instrumental role of English in education today. In order to subsidize the proposed reflection, the study analyzes data from two questionnaires with questions related to teaching and learning foreign languages in Brazil. A hybrid methodology was used to analyze quantitative and qualitative data from the questionnaires answered by 65 participants of whom 43 were high school students from a community with Pomeranian immigrants and 22 were English teachers. The analysis of the questionnaires suggests that Brazilians want to learn English as a foreign language and see that language as having the status of an international language. Results show that the main difference between the teaching of this language in Brazil is related to its formative role (in basic education) and its instrumental role (in private language institutes and international programs), confirming the hypothesis raised in the analysis of language policies that there is a tension between the formative and instrumental roles of English in Brazilian education.
Keywords: Formation. Internationalization. Education. Role of English.
Downloads
Referências
CANAGARAJAH, Suresh. Navigating language politics: a story of critical praxis. In: NICOLAIDES, Christine; etal.(Org.) Política e políticas linguísticas. Campinas: Pontes Editores, 2013. p. 43-62.
DORNYEI,Zoltán.Research methods in applied linguistics: quantitative, qualitative and mixed methodologies.Oxford: Oxford University Press, 2007.
FINARDI, Kyria R.; PREBIANCA, Gicele ; MOMM, Christine F. Tecnologia na educação: o caso da internet e do inglês como linguagens de inclusão. Cadernos do IL, v. 46, p. 193-208, 2013.
FINARDI, Kyria R.; FERRARI, Luciana. Reflecting on the English(es) taught in Brazil. Crop,v. 13, p. 205-214, 2008.
FINARDI, Kyria; ORTIZ, Ramon A. Globalization, internationalization and education: what is the connection?. In: INTERNATIONAL CONFERENCE ON EDUCATION AND SOCIAL SCIENCES, 2014, Istambul. Proceedings...Istambul: Ocerint, v. 1, p. 45-53, 2014.
GIMENEZ, Telma. A ausência de políticas para o ensino da língua inglesa nos anos iniciais de escolarização no Brasil.In: NICOLAIDES, Christine; et al. (Org.) Política e políticas linguísticas. Campinas: Pontes Editores, 2013. p. 199-218.
GRADDOL, David. English next: why global English may mean the end of “English as a foreign language”.The English Company (UK) Ltd.; British Council. 2006. Disponível em <http://www.britishcouncil.org/learning-research-english-next.pdf.>. Acesso em:4 nov. 2015.
LAGARES, Xoán. C. Ensino do espanhol no Brasil: uma (complexa) questão de política linguística. In: NICOLAIDES, Christine; et al.(Org.) Política e políticas linguísticas. Campinas: Pontes Editores, 2013. p. 181-198.
LEFFA, Vilson. Prefácio. In: NICOLAIDES, Christine; et al. (Org.) Política e políticas linguísticas. Campinas: Pontes Editores, 2013. p. 7-10.
MACIEL, Ruberval. F. Políticas linguísticas, conhecimento local e formação de professores de línguas. In: NICOLAIDES, Christine; et al.(Org.) Política e políticas linguísticas. Campinas: Pontes Editores, 2013. p. 237-262.
MONTE MÓR, Walkyria. As políticas de ensino de línguas e o projeto de letramentos. In: NICOLAIDES, Christine; et al.(Org.) Política e políticas linguísticas. Campinas: Pontes Editores, 2013. p. 219-236.
NICOLAIDES, Christine. S.; TILIO, Rogério. C.Políticas de ensino e aprendizagem de línguas adicionais no contexto brasileiro: o caminho trilhado pela Alab. In: NICOLAIDES, Christine;et al.(Org.) Política e políticas linguísticas. Campinas: Pontes Editores, 2013. p. 285-306.
NICOLAIDES, Christine; et al.(Org.) Política e políticas linguísticas. Campinas: Pontes Editores, 2013.
PERUZZO, Sabrina.Crenças sobre oensino de inglês epomerano como línguas estrangeiras no município de Santa Maria de JetibᔓES.2014. 34 p. Trabalho de Conclusão de Curso não publicado. Curso de Licenciatura em Letras Inglês. Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória, 2014.
RAJAGOPALAN, Kanavillil. Política linguística: do que é que se trata, afinal? In: NICOLAIDES, Christine; et al.(Org.) Política e políticas linguísticas. Campinas: Pontes Editores, 2013. p. 19-142.
RAJAGOPALAN, Kanavillil. O ensino de línguas estrangeiras como uma questão política. In: MOTA, K.; SCHEYERL, D. (Org.). Espaços linguísticos: resistências e expansões. Salvador: EDUFBA, 2006. p. 15-24.
ROJO, Roxane. Caminhos para a LA: política linguística, política e globalização. In: NICOLAIDES, Christine; et al.(Org.) Política e políticas linguísticas. Campinas: Pontes Editores, 2013. p. 63-78.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença

Artigos publicados pela Revista Horizontes de Linguística Aplicada são licenciados sob uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.
Ao publicar na Horizontes de Linguística Aplicada, os autores concordam com a transferência dos direitos autorais patrimoniais para a revista. Os autores mantêm seus direitos morais, incluindo o reconhecimento da autoria.
Autores e leitores têm o direito de:
Compartilhar — copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato
De acordo com os termos seguintes:
- Atribuição — Você deve dar o crédito apropriado , prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas . Você deve fazê-lo em qualquer circunstância razoável, mas de nenhuma maneira que sugira que o licenciante apoia você ou o seu uso.
- NãoComercial — Você não pode usar o material para fins comerciais .
- SemDerivações — Se você remixar, transformar ou criar a partir do material, você não pode distribuir o material modificado.
- Sem restrições adicionais — Você não pode aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo que a licença permita.


