As tecnologias derivadas da matriz africana no Brasil
um estudo exploratório
DOI:
https://doi.org/10.26512/lc.v26.2020.28089Palavras-chave:
Tecnologias africanas, Cosmovisão africana, Matriz africana, Comunidades tradicionaisResumo
Apresentamos aqui uma síntese de mapeamento de tecnologias derivadas da matriz africana no Brasil, mostrando que elas compõem uma rica tradição que tem sido, contudo, invisibilizada por interpretações eurocêntricas, que desprezam formas distintas de produção de conhecimentos e artefatos que não se encaixam na narrativa dominante sobre o desenvolvimento tecnológico. A pesquisa, desenvolvida a partir dos estudos em africanidades, contrapondo os paradigmas desenvolvidos pelas teorias eurocêntricas, busca mostrar, de forma não exaustiva, a riqueza da matriz africana a partir de suas manifestações no âmbito tecnológico.
Downloads
Referências
Andrade, A. M., & Tatto, N. (2013). Inventário cultural de quilombos do Vale do Ribeira. Instituto Socioambiental. https://acervo.socioambiental.org/sites/default/files/publications/pdf-publicacao-final_inventario.pdf
Barros, J. F. (2014). A floresta Sagrada de Ossaim: o segredo das folhas. Pallas Editora.
Camargo, M. T. (2007). Amansa-senhor: a arma dos negros contra seus senhores. Revista Pós Ciências Sociais, 4(8). http://www.periodicoseletronicos.ufma.br/index.php/rpcsoc/article/view/830
Campos, G. (2006). Transferência de tecnologia para o Brasil por escravos africanos. Multirio.
Carney, J., & Marin, R. (1999). Aportes dos escravos na história do cultivo do arroz africano nas Américas. Estudos sociedade e agricultura, 12. https://revistaesa.com/ojs/index.php/esa/article/view/149/145
Cunha Júnior, H. (2010). Tecnologia africana na formação do povo brasileiro. CEAP.
Cunha Júnior, H. (2012). Quilombo Patrimônio Histórico e Cultural. Revista Espaço Acadêmico, 129. http://www.periodicos.uem.br/ojs/index.php/EspacoAcademico/article/view/14999
Cunha Júnior, H. (2015). Arte e Tecnologia africana no tempo do escravismo criminoso. Revista Espaço Acadêmico, 166. http://periodicos.uem.br/ojs/index.php/EspacoAcademico/article/view/25365
Cunha Júnior, H. (2017). Afroetnomatemática: da filosofia africana ao ensino de matemática pela arte. Revista da ABPN, 9(22). https://www.abpnrevista.org.br/index.php/site/article/view/400
D'Ambrósio, U. (1997). Transdisciplinaridade. Palas Athena.
Danieli Neto, M. (2006). Escravidão e indústria: Sorocaba (SP): 1765-1895. [Tese de doutorado, Universidade Estadual de Campinas]. Repositório da producão científica e intelectual da UNICAMP. http://repositorio.unicamp.br/jspui/handle/REPOSIP/285515
Eschwege, W. (1979). Pluto brasiliensis. EDUSP.
Faria, J. P. R. (2011). Influência africana na arquitetura de terra de Minas Gerais. [Dissertação de mestrado, Universidade Federal de Minas Gerais]. Repositório Institucional da UFMG. http://hdl.handle.net/1843/MMMD-8T7TBZ
Foé, N. (2013). África em diálogo, África em autoquestionamento, universalismo ou provincialismo? "Acomodação de Atlanta" ou iniciativa histórica. Educar em Revista, 47. http://doi.org/10.1590/S0104-40602013000100011
Funari, P. P. (1996). A arqueologia de Palmares - sua contribuição para o conhecimento da história da cultura afro-americana. In: Reis, J. J. & Gomes, F. (Orgs.) Liberdade por um fio. História dos Quilombos no Brasil. Companhia das Letras.
Gomes, A. M. S. (2009). Rotas e diálogos de saberes da etnobotânica transatlântica negro-africana: Terreiros, quilombos, quintais da grande BH. [Tese de doutorado, Universidade Federal de Minas Gerais]. Repositório Institucional da UFMG. http://hdl.handle.net/1843/MPBB-8DVGBM
Gomes, F. (1983). História da siderurgia no Brasil. EDUSP.
Gomes, F. (1994). Mocambos e mapas nas Minas: novas fontes para a história social dos quilombos no Brasil (Minas Gerais - séc. XVIII). T.E.X.T.O.S DE H.I.S.T.Ó.R.I.A. Revista Do Programa De Pós-graduação Em História Da UnB, 2(4), 26-57. https://periodicos.unb.br/index.php/textos/article/view/27707/23812
Gonçalves, A. L. (2004). Escravidão, herança ibérica e africana e as técnicas de mineração em Minas Gerais no Século XVIII. Anais do Seminário sobre a economia mineira. http://www.repositorio.ufop.br/handle/123456789/1303
Herbert, E. (1993). Iron, gender, and power: rituals of transformation in African societies. Indiana University Press.
Libby, D. (1988). Transformação e trabalho em uma economia escravista: Minas Gerais no século XIX. Brasiliense.
Ligiéro, Z. (2011). O conceito de “motrizes culturais” aplicado às práticas performativas Afro-Brasileiras. Revista Pós Ciências Sociais, 8(16). http://www.periodicoseletronicos.ufma.br/index.php/rpcsoc/article/view/695/433
Lopes, N. (1988). Bantos, males e identidade negra. Forense Universitária.
Martins, A. R. (2011). Requalificação urbana: a Fazenda Roseira e a comunidade Jongo Dito Ribeiro - Campinas/SP. [Dissertação de mestrado, Pontifícia Universidade Católica de Campinas]. Biblioteca Digital da PUC-Campinas. http://www.bibliotecadigital.puc-campinas.edu.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=697
Martins, A. R. (2017). Matriz africana em Campinas: territórios, memória e representação. [Tese de doutorado, Pontifícia Universidade Católica de Campinas]. Plataforma Sucupira. https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=6095461#
Mbembe, A. (2015). O tempo que se move. Cadernos De Campo (São Paulo 1991), 24(24), 369-397. https://doi.org/10.11606/issn.2316-9133.v24i24p369-397
Moura, C. (1981). Os quilombos e a rebelião negra. Editora Brasiliense.
Munanga, K. (1996). Origem e histórico do quilombo na África. Revista USP, (28), 56-63. https://doi.org/10.11606/issn.2316-9036.v0i28p56-63
Nascimento, E. (Org.). (2008). Matrizes africanas da cultura brasileira. Selo Negro.
Oliveira, E. (2009). Epistemologia da ancestralidade. Entrelugares: Revista de Sociopoética e Abordagens Afins, 1(2). https://filosofia-africana.weebly.com/uploads/1/3/2/1/13213792/eduardo_oliveira_-_epistemologia_da_ancestralidade.pdf
Paes, G. S. M. (2014). Ventura e Desventura no Rio Ribeira de Iguape. [Tese de doutorado, Universidade de São Paulo]. Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP. http://doi.org/10.11606/T.8.2014.tde-13052014-112252
Paiva, E. (2002). Bateias, carumbés, tabuleiros: mineração africana e mestiçagem no Novo Mundo. In: Paiva, E. & Anastasia, C. (Orgs.). O trabalho mestiço-maneiras de pensar e formas de viver séculos XVI e XIX. Annablume.
Pena, E. (2010). Notas sobre a historiografia da arte do ferro nas Áfricas Central e Ocidental (Séculos XVIII e XIX). Revista Tessituras, 2. http://docplayer.com.br/22605467-Notas-sobre-a-historiografia-da-arte-do-ferro-nas-africas-central-e-ocidental-seculos-xviii-e-xix-1.html
Portères, R., & Barrau, J. (2010). Origem, desenvolvimento e expansão das técnicas agrícolas. In: Ki-Zerbo, J. (Ed.). História Geral da África I: Metodologia e pré-história da África. UNESCO.
Ramose, M. (1999). African Philosophy through Ubuntu. Mond Books.
Santos, B. (2002). Introdução a uma ciência pós-moderna. Edições Afrontamento.
Silva, J. R. (2008). Homens de ferro: os ferreiros na África Central no Século XIX. [Dissertação de mestrado, Universidade de São Paulo]. Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP. http://doi.org/10.11606/D.8.2008.tde-03092009-145620
Vieira Filho, D. (2003). Construção Naval Tradicional no Brasil: Canoas. Mimeo. https://www.mao.org.br/wp-content/uploads/vieira_01.pdf
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 Lucas César Rodrigues da Silva, Rafael de Brito Dias
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, sendo o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License, o que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.