Reflexões sobre modernidade, ciência, saúde mental e trabalho na universidade

Autores

DOI:

https://doi.org/10.26512/lc.v27.2021.34212

Palavras-chave:

Modernidade, Ciência, Saúde mental e trabalho, Ontologia de vida

Resumo

Este artigo traz reflexões sobre a modernidade que, como visão de mundo, influencia aspectos determinantes da sociedade atual, como são a ciência e o trabalho. São apresentados dados de afastamento do trabalho por doenças em servidores públicos de duas instituições de ensino federais, demonstrando como a organização moderna do trabalho tem interferido na saúde mental dos trabalhadores. Propõe repensarmos a ontologia dual, derivada do cartesianismo, a partir da ontologia da vida que, ampliando o olhar, faz com que os problemas vividos atualmente, como a doença mental no trabalho, possam ser interpretados segundo novos olhares.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Gabriella Suzana Lorenzzon Maffioletti, Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Brasil

Mestre em Desenvolvimento Regional pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) Pato Branco (2014). Psicóloga do trabalho na Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) Campus Francisco Beltrão. E-mail: gabriellas@utfpr.edu.br

Edival Sebastião Teixeira, Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Brasil

Doutor em Educação pela Universidade de São Paulo (USP) (2003). Professor titular da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) Campus Pato Branco. E-mail: edival@utfpr.edu.br

Hieda Maria Pagliosa Corona, Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Brasil

Doutora em Meio Ambiente e Desenvolvimento pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) (2006). Professora Permanente do Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento Regional (PPGDR) da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) Campus Pato Branco. E-mail: hiedacorona@hotmail.com

Referências

Ahsan, N., Abdullah, Z., Fie, D. Y. G., & Alam, S. S. (2009). A study of job stress on job satisfaction among university staff in Malaysia: Empirical study. European journal of social sciences, 8(1), 121-131. https://citeseerx.ist.psu.edu/viewdoc/download?doi=10.1.1.468.9996&rep=rep1&type=pdf

Antunes, R. (2019). Da educação utilitária fordista à da multifuncionalidade liofilizada. Em J. R. Silva Júnior, V. J. Chaves, C. Otranto, & J. C. Rothen. Das crises do capital à s crises da educação superior no Brasil - novos e renovados desafios em perspectiva. Navegando.

Argueta, A. (2015). Sistemas de saberes ambientales, naturaleza y construcción del Bien vivir. Desenvolvimento e Meio Ambiente, 35, 147-159. http://doi.org/10.5380/dma.v35i0.43544

Ballestrin, L. (2013). América Latina e o giro decolonial. Revista Brasileira de Ciência Política, (11), 89-117. https://doi.org/10.1590/S0103-33522013000200004

Borsoi, I. C. F. (2007). Da relação entre trabalho e saúde à relação entre trabalho e saúde mental. Psicologia & Sociedade, 19(spe), 103-111. https://doi.org/10.1590/S0102-71822007000400014

Codo, W. (2002) Um diagnóstico integrado do trabalho com ênfase em saúde mental. Em W. Codo, & M. G. Jacques. Saúde mental e trabalho: Leituras. Vozes.

Descartes, R. (2001). O discurso do método. Martins Fontes.

Dussel, E. (2005). Europa, modernidade e eurocentrismo. Em E. Lander. A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais. Perspectivas latino-americanas. Colección Sur Sur, CLACSO.

Escobar, A. (2007). El “postdesarrollo” como concepto y práctica social. Em D. Mato. Políticas de economia, ambiente y sociedad em tiempos de globalización. Universidad Central de Venezuela.

Florit, L. F. (1998). Teoria social e relação sociedade - natureza a partir da obra de Anthony Giddens. Cadernos de Sociologia, 10, 61-86.

Foster, J. B. (2005). A ecologia de Marx: materialismo e natureza. Civilização Brasileira.

Freud, S. (1996). O mal-estar na civilização e outros trabalhos. Em S. Freud. Esboço de psicanálise (Edição Standard Brasileira das Obras Completas de Sigmund Freud, vol. XXI). Imago.

Furtado, C. (1971). Formação econômica do Brasil. Companhia Editora Nacional.

Giddens, A. (1991). As consequências da modernidade. Editora da Unesp.

Grosfoguel, R. (2008). Para descolonizar os estudos de economia política e os estudos pós-coloniais: transmodernidade, pensamento de fronteira e colonialidade global. Revista Crítica de Ciências Sociais, n. 80, p. 115-147. https://doi.org/10.4000/rccs.697

Grosfoguel, R. (2016). A estrutura do conhecimento nas universidades ocidentalizadas: racismo/sexismo epistêmico e os quatro genocídios/epistemicídios do longo século XVI. Sociedade e Estado, 31(1), 25-49. https://doi.org/10.1590/S0102-69922016000100003

Haraway, D. (1995). Saberes localizados: a questão da ciência para o feminismo e o privilégio da perspectiva parcial. Cadernos Pagu, 5, 7-41. https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/cadpagu/article/view/1773

Heidemann, F. G. (2009) Do sonho do progresso à s políticas de desenvolvimento. Em F. G. Heidemann, & J. F. Salm. Públicas e Desenvolvimento ”“ Bases Epistemológicas e modelos de análise. Editora Universidade de Brasília.

Lang, M. (2016). Descolonizar o imaginário. Debates sobre pós-extrativismo ealternativas ao desenvolvimento. Elefante.

Mancebo, D., Maués, O., & Chaves, V. L. J. (2006). Crise e reforma do Estado e da Universidade Brasileira: implicações para o trabalho docente. Educar em Revista, (28), 37-53. https://doi.org/10.1590/S0104-40602006000200004

Mignolo, W. (2017). Desafios decoloniais hoje. Epistemologias do Sul, 1(1), 12-32. https://revistas.unila.edu.br/epistemologiasdosul/article/view/772/645

Niedhammer, I., David, S., & Degioanni, S. (2006). Association between workplace bullying and depressive symptoms in the French working population. Journal of Psychosomatic Research, 61(2), 251-259. https://doi.org/10.1016/j.jpsychores.2006.03.051

Organização Mundial da Saúde (OMS). (2019). Mental health in the workplace. https://www.who.int/mental_health/in_the_workplace/en/?utm_source=blog

Porto-Gonçalves, C. W. (2006). De saberes e de territórios: diversidade e emancipação a partir da experiência Latino-americana. GEOgraphia, 8(16), 41-55. https://doi.org/10.22409/GEOgraphia2006.v8i16.a13521

Rojas-Solís, J. L., García-Ramírez, B. E. B., & Hernández-Corona, M. E. (2019). Mobbing on University Staff: A Systematic Review. Journal of Educational Psychology-Propositos y Representaciones, 7(3), 369-383. http://doi.org/10.20511/pyr2019.v7n3.369

Santos, A. P. L., & Galery, A. D. (2011). Controle sobre o trabalho e saúde mental: resgatando conceitos, pesquisas e possíveis relações. Cadernos de Psicologia Social do Trabalho, 14(1), 31-41. http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-37172011000100004&lng=pt&tlng=pt

Santos, B. de S. (2005). A universidade no século XXI: para uma reforma democrática e emancipatória da universidade. Educação, Sociedade & Culturas, (23), 137-202. https://www.fpce.up.pt/ciie/revistaesc/ESC23/23-Boaventura.pdf

Santos, B. de S. (2006). A Gramática do Tempo: para uma nova cultura política. Cortez.

Sargent, L. D., & Terry, D. J. (1998). The effects of work control and job demands on employee adjustment and work performance. Journal of occupational and organizational psychology, 71(3), 219-236. https://doi.org/10.1111/j.2044-8325.1998.tb00674.x

Sguissardi, V., & Silva Júnior, J. R. (2009). Trabalho intensificado nas federais: pós-graduação e produtivismo acadêmico. Xamã Editora.

Shannon, C. A., Rospenda, K. M., Richman, J. A., & Minich, L. M. (2009). Race, racial discrimination, and the risk of work-related illness, injury or assault: findings from a national study. Journal of occupational and environmental medicine, 51(4), 441. https://doi.org/10.1097/jom.0b013e3181990c17

Shiva, V. (2003). Monoculturas da Mente: perspectivas da biodiversidade e da biotecnologia. Gaia.

Stengers, I. (2015). No tempo das catástrofes: resistir à barbárie que se aproxima. Cosac Naify.

Winefield, A. H., & Jarrett, R. (2001). Occupational stress in university staff. International journal of stress management, 8(4), 285-298. https://psycnet.apa.org/record/2001-05088-002

Winefield, A. H., Gillespie, N., Stough, C., Dua, J., Hapuarachchi, J., & Boyd, C. (2003). Occupational stress in Australian university staff: Results from a national survey. International Journal of Stress Management, 10(1), 51. https://doi.org/10.1037/1072-5245.10.1.51

Arquivos adicionais

Publicado

19.01.2021

Como Citar

Lorenzzon Maffioletti, G. S., Teixeira, E. S., & Pagliosa Corona, H. M. (2021). Reflexões sobre modernidade, ciência, saúde mental e trabalho na universidade. Linhas Crí­ticas, 27, e34212. https://doi.org/10.26512/lc.v27.2021.34212

Artigos Semelhantes

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.