“Fazia uma dança que nem sabia fazer”: arte, docência e pesquisa com crianças
DOI:
https://doi.org/10.26512/lc29202350403Palavras-chave:
Crianças, Dança, InvestigaçãoResumo
A partir da investigação de processos de criação em dança com crianças da Escola Municipal de Iniciação Artística de São Paulo (EMIA), o artigo apresenta modos de participação das crianças, validando suas linguagens e assumindo a improvisação, o caos e a deriva como procedimentos investigativos, artísticos e pedagógicos. Amparadas nos Estudos Sociais da Infância, a escuta e diálogo com as crianças deixaram emergir suas perspectivas sobre seus processos investigativos e experiências estéticas, presentes em suas falas e gestualidades, contribuindo assim com a construção da docência e pesquisa em dança com crianças.
Downloads
Referências
Abramowicz, A., Lecovitz, D., & Rodrigues, T. (2009). Infâncias em Educação Infantil. Pro-Posições, 20(3), 179-197. https://doi.org/10.1590/S0103-73072009000300012
Almeida, F. de. S., & Prado, P. D. (2022). Estágio e Formação Docente em Dança na Educação Infantil. Revista Cena, 22. https://doi.org/10.22456/2236-3254.125126
Bae, B. (2015). O direito das crianças a participar – desafios nas interações do quotidiano. Da Investigação às práticas, 6(1), 7-30. https://doi.org/10.25757/invep.v6i1.107
Buss-Simão, M., Medeiros, F. E., Silva, A. M., & Silva Filho, J. J. (2010). Corpo e infância: natureza e cultura em confronto. Educação em Revista, 26(3), 151-168. https://doi.org/10.1590/S0102-46982010000300008
Colectivo Filosofarconchicxs. (2018). Pedagogías del Caos. Pensar La escuela más allá de lo (im)posible (2. ed.). Seisdedos.
Csordas, T. J. (2013). Fenomenologia cultural corporeidade: agência, diferença sexual, e doença. Educação, 36(3), 292-305. https://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/faced/article/view/15523/10187
Cunha, S. M. (2016). EMIA: escola de arte, casa de crianças. Em A. Fraga, B. Almeida, C. Rogatko, G. Ramos, L. Bonamin, M. Perez, P. Vilas Boas, & S. Cunha (Orgs.). EMIA, escola de artes, casa de crianças: uma experiência de 35 anos (pp. 16-19). Secretaria Municipal de Cultura. https://issuu.com/emia_livro_35anos/docs/livro_d50814ce01ea82
Cunha, S. M. (2017). Quebra-Cabeça sonoro: um jogo chamado criação musical. Orfeu, 2(2), 45-68. https://doi.org/10.5965/2525530402022017045
Deleuze, G., & Guattari, F. (2012). Mil Platôs (2. ed., v. 4). Editora 34.
Fernandes, F. (2016). As "trocinhas" do Bom Retiro. Pro-Posições, 15(1), 229–250. https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/proposic/article/view/8643855
Fraga, A., Almeida, B., Rogatko, C., Ramos, G., Bonamin, L., Perez, M., Vilas Boas, P., & Cunha, S. (Orgs.). (2016). EMIA, escola de artes, casa de crianças: uma experiência de 35 anos. Secretaria Municipal de Cultura. https://issuu.com/emia_livro_35anos/docs/livro_d50814ce01ea82
Gama, F. (2020). A autoetnografia como método criativo: experimentações com a esclerose múltipla. Anuário Antropológico, 45(2), 188-208. https://doi.org/10.4000/aa.5872
Gobbi, M. A. (2012). Desenhos e fotografias: marcas sociais de infâncias. Educar em Revista, 43, 135-147. https://doi.org/10.1590/S0104-40602012000100010
Godard, H. (2001). Gesto e percepção. Em S. Soter, & R. Pereira. Lições de Dança 3 (pp. 11-35). UniverCidade.
Hartmann, L. (2020). Como fazer pesquisa com crianças em tempos de pandemia? Perguntemos a elas. Revista NUPEART, 24, 30-52. https://doi.org/10.5965/23580925242020029
Ingold, T. (2016). Chega de etnografia! A educação da atenção como propósito da antropologia. Educação, 3(39), 404-411. http://doi.org/10.15448/1981-2582.2016.3.21690
James, A., Jenks, C., & Prout, A. (2000). O corpo e a infância. Em W. O. Kohan, & D. Kennedy (Orgs.). Filosofia e Infância: possibilidades de um encontro (2. ed. pp. 207-238). Vozes.
Kohan, W. O. (2007). Infância, estrangeiridade e ignorância: ensaios de filosofia e educação. Autêntica.
Larrosa, J. B. (1999). Pedagogia Profana: danças, piruetas e mascaradas. Autêntica.
Larrosa, J. B. (2011). Experiência e Alteridade em Educação. Reflexão e Ação, 19(2), 4-27. https://doi.org/10.17058/rea.v19i2.2444
Larrosa, J. B. (2014). Tremores: escritos sobre experiência. Autêntica.
Machado, M. M. (2010). A criança é performer. Educação & Realidade, 35(2), 115-137. https://seer.ufrgs.br/educacaoerealidade/article/view/11444/9447
Machado, M. M. (2015). Só rodapés: Um glossário de trinta termos definidos na espiral de minha poética própria. Rascunhos, 2(1), 53-67. https://doi.org/10.14393/RR-v2n1a2015-05
Marchi, R. C. (2018). Pesquisa Etnográfica com crianças: participação, voz e ética. Educação & Realidade, 43(2), 727-746. https://doi.org/10.1590/2175-623668737
Martins, A. J., & Prado, P. D. (Orgs.). (2021). Das pesquisas com crianças à complexidade da infância (2. ed.). Autores Associados.
Merleau-Ponty, M. (1994). Fenomenologia da percepção (Trad. Carlos Alberto R. Moura). Martins Fontes.
Midgelow, V. L. (2018). Improvisação em dança como pesquisa: processos de saber líquidos e devir à linguagem. Em A. Teixeira, E. Santos, & R. Hercoles (Orgs.). ANDA: 10 anos de pesquisa em dança (pp. 137-157). ANDA. https://www.academia.edu/44711289/ANDA_Vida_L_Midgelow_Improvisa%C3%A7%C3%A3o_em_Dan%C3%A7a_como_Pesquisa_processos_de_saber_l%C3%ADquidos_e_devir_%C3%A0_linguagem
Nietzsche, F. W. (1991). Obras Incompletas (5. ed., v. I e II). Nova Cultural.
Nogueira, R., & Barreto, M. (2018). Infancialização, ubuntu e tekoporã: elementos gerais para educação e ética afroperspectivistas. Childhood&Philosophy, 14(31), 625-644. https://doi.org/10.12957/childphilo.2018.36200
Oliveira, A. M., & Prado, P. D. (2022). Iniciações artísticas entre crianças e educadores artistas: linguagens em movimento. Anais do VII Encontro Científico Nacional de Pesquisadores em Dança, Campinas, São Paulo, Brasil. https://proceedings.science/anda/anda-2022/trabalhos/iniciacoes-artisticas-entre-criancas-e-educadores-artistas-linguagens-em-movimen?lang=pt-br
Prado, P. D. (2015). Educação Infantil: contrariando as idades. Képos
Rocha, A. C. (2017). Memórias de Iniciação Artística e a criação de si. [Tese de Doutorado, Universidade Estadual de Campinas]. Repositório Institucional da UNICAMP. https://doi.org/10.47749/T/UNICAMP.2017.983126
Rosemberg, F. (1976). Educação para quem? Ciência e Cultura, 28(12), 66-71.
Santiago, F., & Faria, A. L. G. de. (2015). Para além do adultocentrismo: uma outra formação docente descolonizadora é preciso. Educação e Fronteiras, 5(13), 72-85. https://ojs.ufgd.edu.br/index.php/educacao/article/view/5184
Sarmento, M. J. (2003). Imaginário e Culturas da Infância. Centro de Estudos da Criança, Universidade do Minho. http://titosena.faed.udesc.br/Arquivos/Artigos_infancia/Cultura%20na%20Infancia.pdf
Schechner, R. (2003). O que é performance? O percevejo, 11(12), 25-50.
Scribano, A., & De Sena, A. (2009). Construcción de conocimiento en Latinoamérica: algunas reflexiones desde la auto-etnografia como estratégia de investigación. Cinta Moebio, 34. http://doi.org/10.4067/S0717-554X2009000100001
Silva, A. F. (2023). Entre processos e performances de crianças criando dança: arte, corporalidade e experiência na EMIA. [Tese de Doutorado, Universidade de São Paulo]. Repositório Institucional da USP. https://doi.org/10.11606/T.48.2023.tde-06042023-110556
Silva, A. F., & Prado, P. D. (2020). Que danças criam as crianças?: arte e corporalidade na educação das infâncias. Em I. C. Souza (Org.). Educação Infantil: comprometimento com a educação global da criança (pp. 96-105). Atena. https://www.atenaeditora.com.br/catalogo/ebook/educacao-infantil-comprometimento-com-a-formacao-global-da-crianca
Simondon, G. (2005). L'individuation à la lumière dês notions de forme et d'information (Trad. Pedro P. Ferreira e Francisco A. Caminati, pp. 23-36). Édition Jérôme Millon.
Spinoza, B. (1974). Ética III (Trad. Joaquim de Carvalho). Abril Cultural.
Szulc, A. (2019). Más allá de la agencia y las culturas infantiles: reflexiones a partir de una investigación etnográfica con niños y niñas mapuche. Runa, 40(1), 53-63. https://doi.org/10.34096/runa.v40i1.5360
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Andréa Fraga da Silva, Patrícia Dias Prado

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, sendo o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License, o que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.