Avaliação em larga escala e qualidade: dos enquadres regulatórios aos caminhos alternativos

Autores

  • Ivanildo Amaro de Araujo Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ

DOI:

https://doi.org/10.26512/lc.v22i48.4920

Palavras-chave:

Avaliação em larga escala, Qualidade, Regulação, Performatividade, Responsabilização

Resumo

As avaliações em larga escala consolidam-se como “coluna vertebral” da busca pela qualidade da educação básica, utilizando-se de testes aplicados nacionalmente, priorizando o desempenho cognitivo dos estudantes. O objetivo deste artigo é discutir as implicações que estas avaliações têm provocado no cotidiano escolar. A partir de uma abordagem qualitativa, apresentamos aqui alguns captados em uma escola de Duque de Caxias e outra de Nova Iguaçu, redes municipais de educação localizadas na Baixada Fluminense-RJ. Os achados indicam um contexto de ambiguidades nas escolas: redução curricular, práticas neotecnicistas, responsabilização de professores, foco em resultados.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Ivanildo Amaro de Araujo, Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ

Professor Adjunto do Departamento de Formação de Professores da FEBF/UERJ (Faculdade de Educação da Baixada Fluminense/Universidade do Estado do Rio de Janeiro). Professor do Programa de Pós-Graduação Mestrado em Educação, Comunicação e Cultura das Periferias Urbanas - FEBF/UERJ. Coordenador do Grupo de Estudos de Pesquisa em Currículo, Avaliação e Trabalho Pedagógico - GEPACT (UERJ/CNPQ)

Referências

AFONSO, Almerindo J. Para uma conceptualização alternativa de accountability em educação. Educ. Soc., Campinas, v. 33, n. 119, p. 471-484, abr.-jun. 2012

____. Um olhar sociológico em torno da accountability em educação. In: AFONSO, Amerindo J. ESTEBAN, Maria Teresa. (orgs.). Olhares e interfaces: reflexões críticas sobre a avaliação. São Paulo: Cortez, 2010.

____. Estado, políticas educacionais e obsessão avaliativa. Contrapontos, v. 7, n. 1, p. 01-22, Itajaí, Jan./Abr. 2007.

____.Avaliação educacional: regulação e emancipação. São Paulo: Cortez, 2000.

AMARO, Ivan. Avaliação externa da escola: repercussões, tensões e possibilidades. Est. Aval. Educ. São Paulo, v. 24, n. 54, p. 32-55, jan./abr. 2013.

_____. “O portfólio eletrônico na formação de professores: caleidoscópio de múltiplas vivências, práticas e possibilidades da avaliação formativa.” In: VILLAS BOAS, B. M. de F. (org.). Avaliação formativa: práticas inovadoras. Campinas: SP, Papirus, 2011.

BALL, Stephen J. “Sociologia das políticas educacionais e pesquisa crítico-social: uma revisão pessoal das políticas educacionais e da pesquisa em política educacional.” In: BALL, Stephen. J. MAINARDES, J. (Orgs.) Políticas educacionais: questões e dilemas. São Paulo: Cortez Editora, 2011.

___. Profissionalismo, gerencialismo e performatividade. Cadernos de Pesquisa, São Paulo-SP, n. 126, p. 539-564, set./dez, 2005.

____. Reformar escolas/reformar professores e os terrores da performatividade. Revista Portuguesa de Educação, año/vol. 15, número 002, Universidade do Minho, Braga, Portugal, pp. 3-23,2004.

BARROSO, João. O Estado, a educação e a regulação das políticas públicas. Educ. Soc., Campinas, vol. 26, n. 92, p. 725-751, Especial ”“ Out. 2005. Disponível em: < http://www.cedes.unicamp.br>. Acesso em 20/10/2013.

BERNARDES, D. A Baixada Fluminense nas páginas do jornal O Globo. Projetos experimentais.com, v. 1, nº 1, p. 20-42, 2007.

BONDIOLI, Ana. (org.). O projeto pedagógico da creche e a sua avaliação: a qualidade negociada. Campinas-SP: Autores Associados, 2004.

CRUZ, Frederico Alan de Oliveira. Desempenho educacional e renda domiciliar:análise do Ideb dos municípios da Baixada Fluminense. Vivências, v. 8, nº 14, p. 92-99, Mai. 2012.

DIAS SOBRINHO, José. Avaliação: políticas educacionais e reformas da educação superior. São Paulo: Cortez, 2003.

____. “Educação e avaliação: técnica e ética”. In: DIAS SOBRINHO, J. RISTOFF, D. (orgs). Avaliação democrática: para uma universidade democrática. Florianópolis: Insular, 2002.

DÃAZ BARRIGA, Angel. A avaliação na educação mexicana: excesso de programas e ausência da dimensão pedagógica.Sísifo. Revista de Ciências da Educação, v. 9, pp. 19-30. Acesso em 20 mar. 2011] http://sisifo.fpce.ul.pt>, 2009.

____. 2008.ENNE, A. L. S. Imprensa e Baixada Fluminense: múltiplas representações. Ciberlegenda, nº 14, 2004.

ESTEBAN, Maria Teresa. (Org.) . Avaliação: uma prática em busca de novos sentidos. 5. Ed., Petrópolis: DP et Alii, 2008a .

____. Escola, currículo e avaliação. 3. Ed., Série Cultura, memória e currículo, v. 5, São Paulo: Cortez, 2008b

ESQUINSANI, Rosimar S. S. Performatividade e educação: a política das avaliações em larga escala e a apropriação da mídia. Práxis Educativa, Ponta Grossa, v.5, n.2, p. 131-137, jul.-dez. 2010. Disponível em http://www.periodicos.uepg.br. Acesso em 06 de setembro de 2013

FERNANDES, Domingos. Avaliar para aprender: fundamentos, práticas e políticas. São Paulo: Editora UNESP, 2009.

FERNANDES, Claudia. O. NAZARETH, Henrique D. G de. A retórica por uma educação de qualidade e avaliação em larga escala. Revista Impulso, Piracicaba-SP. 21(51), 63-71, jan.-jun. 2011

FREITAS, Luiz Carlos de. Os reformadores empresariais da educação: da desmoralização do magistério à destruição do sistema público de educação. Educ. Soc., Campinas, v. 33, n. 119, p. 379-404, abr.-jun. 2012.

____. SORDI, Mara Regina L. de. Responsabilização participativa. Revista Retratos da Escola, Brasília, v. 7, n. 12, p. 87-99, jan./jun. 2013.

PACHECO, José A.; PESTANA, Tânia. Globalização, aprendizagem e trabalho docente:análise das culturas de performatividade. Educação, Porto Alegre, impresso, v. 37, n. 1, p. 24-32, jan./abr.2014.

SHIROMA, Eneida. O. SCHNEIDER, Mara Cristina. Professores em exame: reflexões sobre práticas de avaliação docente. Práxis Educativa, Ponta Grossa, v.6, n.1, p. 31-44 , jan.-jun. 2011. Disponível em <http://www.periodicos.uepg.br. > Acesso em 06 de setembro de 2013.

SORDI, Mara Regina L. de. Implicações ético-epistemológicas da negociação nos processos de avaliação institucional participativa. Educ. Soc., Campinas, v. 33, n. 119, p. 485-510, abr.-jun. 2012.

VEIGA-NETTO, Alfredo. Currículo: um desvio à direita ou delírios avaliatórios. X Colóquio sobre Questões Curriculares e VI Colóquio Luso-Brasileiro de Currículo, 04/09/2012, UFMG, Belo Horizonte, MG. Disponível em: http://www.fe.unicamp.br/TEMPORARIOS/veiga-neto-curriculos-delirios-avaliatorios.pdf >. Acesso em 14 de abril de 2014.

WERLE, Flavia O. C. Políticas de avaliação em larga escala na educação básica: do controle de resultados à intervenção nos processos de operacionalização do ensino. Ensaio: aval. pol. públ. Educ., Rio de Janeiro, v. 19, n. 73, p. 769-792, out./dez. 2011.Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/ensaio/v19n73/03.pdf>. Acesso em 20/03/2014

Downloads

Publicado

14.02.2017

Como Citar

Araujo, I. A. de. (2017). Avaliação em larga escala e qualidade: dos enquadres regulatórios aos caminhos alternativos. Linhas Crí­ticas, 22(48), 462–479. https://doi.org/10.26512/lc.v22i48.4920

Artigos Semelhantes

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.