A inserção das mulheres na ciência: narrativas de mulheres cientistas sobre a escolha profissional
DOI:
https://doi.org/10.26512/lc.v18i35.3846Palavras-chave:
Ciência, Mulheres, Gênero, Escolha profissional, NarrativasResumo
O artigo discute a inserção das mulheres na ciência a partir da análise de entrevistas semiestruturadas realizadas com mulheres cientistas atuantes em universidades federais e numa instituição de pesquisa do Rio Grande do Sul. No artigo, analisamos as justificativas para a escolha profissional, enfatizando as motivações, as pessoas marcantes e os acontecimentos que possibilitaram essa decisão. Procuramos compreender como se dá a inserção das mulheres na ciência, construída sobre pilares androcêntricos e sexistas. Na análise, problematizamos os discursos e práticas sociais que estiveram/estão implicados na constituição das entrevistadas, ensinando-lhes modos de ser e de agir como mulheres e de pensar e atuar com relação à ciência.
Downloads
Referências
ARROYO, Miguel G. Ciclos de Desenvolvimento Humano e Formação de Educadores. Educação &Sociedade, Campinas, v. 20, n. 68, p. 143-169, dez. 1999. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1590/S0101-73301999000300008>. Acesso em: 10 out. 2011.
BELTRÃO, Kaizô Iwakami; ALVES, José Eustáquio Diniz. A reversão do hiato de gênero na educação brasileira no século XX. Cadernos de Pesquisa, v. 39, n. 136, p. 125-156, jan./abr. 2009.
BRASIL. Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Diretório de Grupos de Pesquisa no Brasil, Plano Tabular. Disponível em: <http://dgp.cnpq.br/planotabular/>. Acesso em:10 jan. 2012.
BRENES, Anayansi Correa. História da parturição no Brasil, século XIX. Cadernos de Saúde Pública,v. 7, n. 2, p. 135-149, abr./jun. 1991.
BUJES, Maria Isabel. Criança e brinquedo: feitos um para o outro? In: COSTA, Marisa Vorraber (Org.).Estudos Culturais em educação: mídia, arquitetura, brinquedo, biologia, literatura, cinema... PortoAlegre: Ed. Universidade/UFRGS, 2000. p. 205-228.
CONNELLY, Michael e CLANDININ, Jean. Relatos de experiencia e investigación narrativa. In:LARROSA, Jorge et al. Déjame que te cuente. Barcelona: Laertes, 1995.
CORAZZA, Sandra Mara. Por que somos tão tristes? Revista Pátio,Ano VIII, n. 30, p. 51-53, mai/jul. 2004.
FELÃCIO, José Roberto Drugowich de. Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico.Pensando gênero e ciência. Encontro Nacional de Núcleos e Grupos de Pesquisa ”“ 2009, 2010/Presidência da República. ”“ Brasília: Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, 2010, p. 45-52.
FOUCAULT, Michel. A ordem do discurso. 11. ed. São Paulo: Loyola, 2004.
_____. Microfísica do poder. 22. ed. Rio de Janeiro: Graal. 2006.
GALIAZZI, Maria do Carmo et al. Objetivos das atividades experimentais no ensino médio: a pesquisa coletiva como modo de formação de professores de ciências. Ciência & Educação, v. 7, n. 2, p. 249-263. 2001.
GUIMARÃES, Valter Soares. Formação de professores: saberes, identidade e profissão. 3. ed.Campinas/SP: Papirus, 2006.
HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. 10. ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2005.
HARAWAY, Donna. Saberes localizados: a questão da ciência para o feminismo e o privilégio da perspectiva parcial. Cadernos Pagu. Campinas, n. 5, p. 7-41. 1995.
HARDING, Sandra. A instabilidade das categorias analíticas na teoria feminista. Estudos Feministas,n. 1, p. 7-32. 1993.
HENNING, Paula Corrêa. Efeitos de sentido em discursos educacionais contemporâneos: produção de saber e moral nas Ciências Humanas. 2008. 282 f. Tese (Doutorado em Educação) ”“ Programa de Pós-Graduação em Educação, Universidade do Vale do Rio dos Sinos, São Leopoldo, 2008.
KRASILCHIK, Myriam. O professor e o currículo das ciências. 4. ed. São Paulo: EPU, 2006.
LARROSA, Jorge. Narrativa, identidad y desidentificación. In: ______. La experiencia de la lectura. Barcelona: Laertes, 1996. p. 461-482.
______. Tecnologias do eu e educação. In: SILVA, Tomaz Tadeu da. (Org.) O sujeito da educação:estudos foucaultianos. 5. ed. Petrópolis/RJ: Vozes, 2002.
______. Notas sobre narrativa e identidad. In: Abrahão, Maria Helena M. Barreto (Org.). A aventura(auto)biográfica: teoria e empiria. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2004. p. 11-22.
SCHIEBINGER, Londa. O feminismo mudou a ciência 2001?São Paulo: EDUSC, 2001.
SILVA, Tomaz Tadeu da. Currículo e identidade social: territórios contestados. In: ______. (Org.).Alienígenas na sala de aula: uma introdução aos estudos culturais em educação. 6. ed. Petrópolis/RJ:Vozes, 2005. p. 190-207.
TABAK, Fanny. O laboratório de Pandora: estudos sobre a ciência no feminino. Rio de Janeiro: Garamond, 2002.
TOSI, Lucia. Mulher e Ciência: a revolução científica, a caça à s bruxas e a ciência moderna. Cadernos Pagu. Campinas, n. 10, p. 369-397, 1998.
VELHO, Léa; LEÓN, Elena. A construção social da produção científica por mulheres. Cadernos Pagu. Campinas, v. 10, p. 309-344, 1998.
WOODWARD, Kathryn. Identidade e diferença: uma introdução teórica e conceitual. In: SILVA, Tomaz Tadeu da. (Org.). Identidade e diferença: a perspectiva dos Estudos Culturais. 4. ed. Petrópolis/RJ:Vozes, 2005. p. 7-72.
WORTMANN, Maria Lúcia Castagna; VEIGA-NETO, Alfredo. Estudos culturais da ciência & educação.Belo Horizonte: Autêntica, 2001.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2016 Linhas Críticas
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, sendo o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License, o que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.