A sociolinguística no ensino fundamental: resultados de uma pesquisa-ação
DOI:
https://doi.org/10.26512/lc.v16i31.3628Palavras-chave:
Educação sociolinguística;, Dialetos sociais;, Contínuo rural-urbanoResumo
Uma investigação em turmas de 5º e 6º anos do ensino fundamental de uma escola pública municipal de Juiz de Fora (MG), orientada segundo princípios da Sociolinguística e desenvolvida como pesquisa-ação, demonstrou ser possível levar os alunos a construírem reflexão adequada sobre a heterogeneidade linguística, fator que os predispõe a se interessarem por adquirir os estilos monitorados de oralidade e escrita de sua língua materna. Tomando como referência a proposta de Bortoni-Ricardo (2004) de compreender a ecologia do português brasileiro como um contínuo rural-urbano, foi possível levá-los a reconhecer a diferença lingüística como fenômeno natural, através de análise contrastiva, fundamentada nas suas próprias experiências com amostras de fala das três variedades desse contínuo. Mirando-se no sentido do contínuo, começam a reconhecer o papel da escola e do trabalho com a linguagem como instrumento positivo na ampliação de sua competência linguística.
Downloads
Referências
BAKHTIN, Mikhail (Volochinov). Marxismo e filosofia da linguagem. 12. ed. São Paulo:Hucitec, 2006.
BORTONI-RICARDO, Stella Maris. Educação em língua materna: a sociolinguística nasala de aula. São Paulo: Parábola, 2004.
______. Nós cheguemu na escola, e agora?:sociolinguística & educação. São Paulo:Parábola, 2005.
______. O professor pesquisador: introdução à pesquisa qualitativa. São Paulo: Parábola,2008.
BOURDIEU, Pierre. A economia das trocas simbólicas. 6. ed. São Paulo: Perspectiva, 2002(a 1ª ed. é de 1930).
CONTOS E LENDAS DOS IRMÃOS GRIMM. Trad.: Ãside M. Bonini. São Paulo:Edigraf, 1963. v. 2 (Coleção completa).
KEMMIS, Stephen; MC TAGGART, Robin (Eds.). The Action Research Planner.Melbourne: Deakin University, 1988.
LABOV, William. Padrões sociolinguísticos. Trad.: Marcos Bagno, Maria Martha PereiraScher, Caroline Rodrigues Cardoso. São Paulo: Parábola, 2008.
LABOV, William. Can reading failure be reversed?: a linguistic approach to thequestion. In: GADSEN, V.; WAGNER, D. (Ed.). Literacy Among African-AmericanYouth.Cresskill, NJ: Hampton Press, 1995. p. 39-68.
LABOV, William; BAKER, Bettina. Linguistic component, African-American literacyand culture project. Retrieved June 28, 2002, from the William Labov Web site:htttp/ling.upenn. edu/~wlabov/FinalReport.html.
PERINI, Mário A. Gramática do português brasileiro. São Paulo: Parábola, 2005.
SCLIAR-CABRAL, Leonor. Definição da política linguística no Brasil. Boletim daAbralin, Florianópolis, v. 23, p. 7-17, 1999.
WHEELER. Rebecca S.; SWORDS, Rachel. Codeswitching: tolls of language and cul-tures transform the dialectally diverse classroom. Laguage Arts, [sine loco], v. 81, n. 6,p. 471-480, july 2004.
______. Teaching English in the word. English Journal, Stony Brook University, v. 94,p. 108-112, may 2005.
______. Becoming adept at code-switching. Educational Leadership, Alexandria (VA),v. 65, n. 7, p. 54-58, april 2008.
WOLFRAM, Walt. Repercussions from the Oakland Ebonics controversy. The criticalrole of dialect awareness programs. In: ADGER, Carolyn Temple; CRISTIAN, Donna;TAYLOR, Orlando (Ed.). Making the connection: language and academic achievementamong African American students. Mchenry, IL: Delta Systems, 1999. p. 61-80.
ZÉ DA LUZ. Ai! Se sesse!... In: O sertão em carne e osso. 4. ed. João Pessoa: Acauã, 1988,p. 155. (Prefácio de José Lins do Rego. Apreciação crítica de Manuel Bandeira).
ZÉ DA LUZ. Voz do coração. In: O sertão em carne e osso. 4. ed. João Pessoa: Acauã,1988, p. 135. (Prefácio de José Lins do Rego. Apreciação crítica de Manuel Bandeira).
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2016 Linhas Críticas

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Todas as publicações da revista Linhas Críticas serão licenciadas sob uma licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0). Isso significa que qualquer pessoa tem o direito de:
Compartilhar — copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato;
Adaptar — remixar, transformar, e criar a partir do material para qualquer fim, mesmo que comercial.
As pessoas autoras não podem revogar estes direitos desde que sejam respeitados os termos da licença.
Conforme os termos:
Atribuição — as pessoas leitoras devem atribuir o devido crédito, fornecer um link para a licença, e indicar se foram feitas alterações. As pessoas leitoras podem fazê-lo de qualquer forma razoável, mas não de uma forma que sugira que o licenciante o apoia ou aprova o seu uso.
Sem restrições adicionais — as pessoas autoras não pode aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo que a licença permita.
Autores/as que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Pessoas autoras mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, sendo o trabalho simultaneamente licenciado sob a licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0), o que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Pessoas autoras têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Pessoas autoras têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais, repositórios préprint ou na sua página pessoal) qualquer ponto antes do envio da versão final do artigo à revista, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
