Menos pode ser mais: do decrescimento e descomplexificação à complexidade
DOI:
https://doi.org/10.26512/lc.v25.2019.19699Palavras-chave:
Complexidade, Decrescimento, Crítico, Educação, AmbienteResumo
Nos últimos tempos há um discurso reducionista que vem ganhando espaço em diversas publicações, conferências e debates amplos sobre o decrescimento e colapso associado aos limites biofísicos do meio que, por sua vez, levariam ao esgotamento de recursos naturais e às mudanças climáticas. Nessas abordagens é comum a defesa de que o decrescimento supõe uma descomplexificação desejada e/ou inevitável do sistema social. Esses pressupostos podem disseminar uma ideia equivocada sobre a forma de lidar com as questões socioambientais ao mesmo tempo em que aponta para limitações estruturais do ponto de vista social. Diante dessa problemática iminente, neste ensaio discutem-se alguns aspectos da perspectiva da complexidade partindo do pressuposto de que ela nos ajuda a compreender que o decrescimento não significa inevitavelmente uma diminuição da complexidade do sistema social. E nos mostra como uma formação mais criativa e crítica demandará intervenções que levem a uma proposta menos linear, pautada em uma mudança de paradigma e na própria forma de se relacionar socialmente.
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