Masculino, feminino ou neutro? A prática tradutória e as questões de gênero
DOI:
https://doi.org/10.26512/rhla.v18i1.25016Palavras-chave:
Tradução, Gênero, Estrutura das Línguas, Inglês, PortuguêsResumo
A atividade tradutória existe desde os primórdios das civilizações e, nessa prática, os tradutores sempre enfrentaram situações adversas no campo da tomada de decisão. As escolhas feitas por esses profissionais, seja no momento da tradução de simples textos, seja durante a produção de versões de documentos oficiais, são fundamentais nos processos de comunicação humana. Com a ascensão de movimentos sociais que emergiram a partir da década de 1960 e que, grosso modo, questionam a perspectiva binária da sexualidade humana, o tradutor enfrenta percalços no tocante à tradução de denominações relativas a gênero nas línguas. Este artigo parte do pressuposto que, em muitas línguas (como no português), o sexo biológico não fundamenta o escopo do gênero como uma categoria linguística; já, em outras (como o inglês), o sexo é fator predominante na sua marcação. Nesse contexto, tem-se como objetivo levantar pontos de vista sobre as dificuldades existentes na tradução de textos de língua inglesa para portuguesa (ou vice-versa) no que tange a problemática de gênero. Valendo-se de uma metodologia exploratória-comparativa e de um arcabouço teórico fundamentado em teorias sobre tradução e relativas a gênero, espera-se que este texto forneça subsídios para aqueles que se lançam aos desafios da prática tradutória.
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